CIRURGIA METABÓLICA EM DOENTES COM DIABETES TIPO 2. FICÇÃO OU OPÇÃO TERAPÊUTICA?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eickhoff, Hans
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Matafome, Paulo, Seiça, Raquel, Castro e Sousa, Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/453
Resumo: A diabetes tipo 2 tem uma elevada prevalência a nível mundial e está associada à inatividade física e ao excesso de peso. Em doentes obesos, a redução de peso através de cirurgia bariátrica tem-se revelado mais eficaz no controlo do metabolismo glicídico que abordagens conservadoras. Por outro lado, o reconhecimento do papel das hormonas digestivas no controlo glicémico e na homeostase energética conduziu a uma nova visão dos mecanismos subjacentes à cirurgia bariátrica que, no contexto da sua eficácia no controlo de comorbilidades, também tem sido apelidada de cirurgia metabólica. Após a cirurgia, observa-se um aumento pós-prandial das hormonas com efeitos anorético e incretina, bem como a supressão de hormonas orexigénicas. Estudos experimentais em modelos não-obesos de diabetes tipo 2 demonstraram efeitos pós-cirúrgicos semelhantes, aparentemente independentes da perda de peso. Pequenas séries iniciais, utilizando técnicas estandardizadas em doentes portadores de diabetes tipo 2 com um índice de massa corporal <35 kg/m2, demonstraram resultados favoráveis. Novas técnicas cirúrgicas derivadas da experimentação animal que incluem a transposição de um segmento ileal para o tubo digestivo próxima,l demonstraram resultados promissores em estudos que incluíam doentes diabéticos tipo 2 anteriormente considerados sem indicação cirúrgica. Sociedades científicas da área médica e da área cirúrgica têm vindo a modificar as suas orientações terapêuticas no sentido de considerar a opção cirúrgica num grupo cada vez mais alargado de doentes.
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