Qualidade de vida e saúde mental em portadores de esclerose múltipla

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Maria Natália Ferreira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2742
Resumo: Vários estudos têm demonstrado a importância entre a Qualidade de Vida (QV) e as diferentes dimensões de Saúde Mental em portadores de Esclerose Múltipla (EM). A QV está relacionada com o impacto da doença na vida a nível emocional, social e ocupacional (Pedro & Ribeiro, 2010). A progressão da doença, torna-se a consequente degradação do estado físico e mental dos indivíduos, conduzindo, inevitavelmente à redução da sua autonomia (Mitchell, Léon, Gonzalez & Navarro (2004, 2005). Isto, leva a alterações, muitas vezes, ao nível do desemprego, restrições de actividades sociais e alterações na participação activa no agregado familiar. Desta forma, torna-se importante que estes sujeitos continuem activos ao nível físico, social e emocional, protegendo os estados de depressão, ansiedade e euforia e, consequentemente, mantendo os valores elevados de QV e Saúde mental (Pedro & Ribeiro, 2010). Para o efeito, foi recolhida uma amostra de 84 indivíduos, (42 - grupo clínico e 42 - grupo normativo). Em ambos os grupos 45,2% eram do sexo Masculino e 54,8% eram do sexo feminino. A faixa etária da amostra global reuniu sujeitos entre os 24 e os 76 anos, sendo que 50% dos sujeitos apresentaram idade superior ou igual a 45 anos. No que concerne às habilitações Literárias, tanto no grupo normativo (42,9%) como no clínico (40,5%) verificou-se uma maior percentagem de sujeitos com o ensino superior. Os instrumentos utilizados foram o questionário sócio-demográfico; o questionário ―World Health Organization Quality of Life” (WHOQOL-Bref) e o questionário de avaliação de 90 sintomas - Symptom Check-List (SCL-90-R). Os resultados indicaram que, em média, os sujeitos do grupo clínico apresentaram valores mais elevados de psicopatologia nos diferentes indicadores de Saúde Mental e apresentaram valores médios mais baixos, nos diferentes domínios de QV, comparativamente com os sujeitos do grupo normativo. Deste modo, foi evidente que os sujeitos com EM evidenciaram uma maior severidade ao nível da saúde mental e uma pior percepção de QV. Relativamente ao género, foi possível constatar que os homens apresentaram em média valores mais elevados de psicopatologia comparativamente com as mulheres. Todavia, apresentaram uma percepção de QV nos domínios geral, psicológico e social, em média, mais elevada do que as mulheres. Por sua vez, na faixa etária, verificou-se que os valores mais elevados nos indicadores de saúde mental e os valores mais baixos de percepção de QV foram típicos dos sujeitos com idade superior a 45 anos. Relativamente às habilitações literárias, concluiu-se que os sujeitos do grupo clínico, no domínio físico, com escolarização ao nível do Ensino Básico apresentaram, em média, uma percepção pior de QV. Por fim, no que concerne à relação entre QV e saúde mental no grupo clínico, foi possível constatar que estes apresentaram uma pior percepção da QV quando os valores dos indicadores psicopatológicos de saúde mental foram mais elevados. De uma forma geral, importa referir que, devido à natureza e incidência desta doença, investigações neste âmbito são uma mais-valia por permitirem compreender aspectos relevantes numa população tão específica como é a EM.
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Desta forma, torna-se importante que estes sujeitos continuem activos ao nível físico, social e emocional, protegendo os estados de depressão, ansiedade e euforia e, consequentemente, mantendo os valores elevados de QV e Saúde mental (Pedro & Ribeiro, 2010). Para o efeito, foi recolhida uma amostra de 84 indivíduos, (42 - grupo clínico e 42 - grupo normativo). Em ambos os grupos 45,2% eram do sexo Masculino e 54,8% eram do sexo feminino. A faixa etária da amostra global reuniu sujeitos entre os 24 e os 76 anos, sendo que 50% dos sujeitos apresentaram idade superior ou igual a 45 anos. No que concerne às habilitações Literárias, tanto no grupo normativo (42,9%) como no clínico (40,5%) verificou-se uma maior percentagem de sujeitos com o ensino superior. Os instrumentos utilizados foram o questionário sócio-demográfico; o questionário ―World Health Organization Quality of Life” (WHOQOL-Bref) e o questionário de avaliação de 90 sintomas - Symptom Check-List (SCL-90-R). Os resultados indicaram que, em média, os sujeitos do grupo clínico apresentaram valores mais elevados de psicopatologia nos diferentes indicadores de Saúde Mental e apresentaram valores médios mais baixos, nos diferentes domínios de QV, comparativamente com os sujeitos do grupo normativo. Deste modo, foi evidente que os sujeitos com EM evidenciaram uma maior severidade ao nível da saúde mental e uma pior percepção de QV. Relativamente ao género, foi possível constatar que os homens apresentaram em média valores mais elevados de psicopatologia comparativamente com as mulheres. Todavia, apresentaram uma percepção de QV nos domínios geral, psicológico e social, em média, mais elevada do que as mulheres. Por sua vez, na faixa etária, verificou-se que os valores mais elevados nos indicadores de saúde mental e os valores mais baixos de percepção de QV foram típicos dos sujeitos com idade superior a 45 anos. Relativamente às habilitações literárias, concluiu-se que os sujeitos do grupo clínico, no domínio físico, com escolarização ao nível do Ensino Básico apresentaram, em média, uma percepção pior de QV. Por fim, no que concerne à relação entre QV e saúde mental no grupo clínico, foi possível constatar que estes apresentaram uma pior percepção da QV quando os valores dos indicadores psicopatológicos de saúde mental foram mais elevados. De uma forma geral, importa referir que, devido à natureza e incidência desta doença, investigações neste âmbito são uma mais-valia por permitirem compreender aspectos relevantes numa população tão específica como é a EM.Several studies have demonstrated the importance of Quality of Life (QOL) and the different dimensions of mental health in patients with multiple sclerosis (MS). QOL is related to the impact of illness on life at emotional, social and occupational dimensions (Pedro & Ribeiro, 2010). The progression of the disease, becomes the consequent degradation of the physical and mental health of individuals, leading inevitably to the reduction of their autonomy (Mitchell, Leon, Navarro & Gonzalez (2004, 2005). This leads to changes, often the level of unemployment, restriction of social activities and changes in active participation in the household. Thus, it is important that these individuals remain active on the physical, social and emotional development, protecting the states of depression, anxiety and euphoria, and consequently while maintaining the high levels of QoL and mental Health (Pedro & Ribeiro, 2010). For this purpose it was collected a sample of 84 individuals (42 - and 42 clinical group - normative group). In both groups, 45.2% were male and 54.8% were female. The age range of the bulk sample met subjects between 24 and 76 years, and 50% of subjects were older than or equal to 45 years. With regard to qualifications, both in the normative group (42.9%) and in clinical (40.5%) showed a higher percentage of subjects with higher education. The instruments used were the socio-demographic questionnaire, the questionnaire "World Health Organization Quality of Life" (WHOQOL-Bref) and the evaluation questionnaire of 90 symptoms - Symptom Check List (SCL-90-R). The results indicated that, on average, the subjects of the medical group had higher rates of psychopathology in different indicators of mental health and had lower mean values in different domains of QoL compared with the subjects of the normative group. Thus, it was evident that the subjects with MS showed a more severe level of mental health and a worse perception of QOL. With regard to gender, we determined that the men had an average higher levels of psychopathology compared with women. However, had a perception of QOL domains in general, psychological and social, on average, higher than women. In turn, the age, it was found that the highest values in the indicators of mental health and lower rates of perceived QOL were typical of subjects older than 45 years. With regard to qualifications, it was concluded that the subjects of the medical group in the physical domain, with the schooling level of basic education had, on average, poorer perception of QOL. Finally, regarding the relationship between QOL and mental health in the medical group, it was visible that they had a worse perception of QOL when the values of psychopathological indicators of mental health were higher. In general, it should be noted that due to the nature and incidence of this disease, research in this area are an asset because it allows to understand relevant aspects of a specific population such as MS.Maia, Luís Alberto Coelho RebelouBibliorumBraga, Maria Natália Ferreira2014-12-02T16:51:37Z201120112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2742porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:38:53Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2742Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:22.160401Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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