Biótopos de foraminíferos bentónicos da plataforma continental portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/14206 |
Resumo: | Este trabalho enquadra-se no Projeto ACOSHELF (Coastal Shelf Studies Ecosystems Studies Using Acoustics). O programa de amostragem ocorreu em Abril/Maio de 2008. As amostras de sedimentos superficiais foram recolhidas com uma draga Smith-McIntyre (com 0,1m2). Para este trabalho foram selecionadas 46 amostras, recolhidas ao longo de transeptos perpendiculares à linha de costa, entre profundidades de 15 m a 190 m. Os sedimentos foram caracterizados em termos de granulometria e conteúdo em matéria orgânica. Foi encontrada uma abundância reduzida de foraminíferos vivos, tendo por isso sido efetuada a análise sobretudo da associação morta. Elevadas densidades de foraminíferos foram encontradas em sedimentos com teores de finos e de matéria orgânica elevados. A análise estatística permitiu distinguir cinco grupos de estações. O grupo 1, que inclui as mais costeiras, constituídas por areia média com teores baixos de matéria orgânica contém uma associação composta por C. ungerianus, L. lobatula e G. praegeri . O grupo 2, que inclui estações da plataforma externa com o substrato composto por areia média/fina, contém uma associação composta por Cassidulina/Globocassidulina spp., G. praegeri, G. minuta, B. difformis, C. ungerianus, G. subglobosa e G. rossensis. O grupo 3, composto por estações da plataforma média com o substrato constituído por areia grosseira cascalhenta com teores de matéria orgânica baixos, inclui espécies como L. lobatula, P. mediterranensis e Q. seminula. O grupo 4, que inclui estações da plataforma externa, próximas dos estuários dos rios Lis, Tejo e Sado com o substrato constituído por areia muito fina/lodo com os teores de matéria orgânica mais elevados, apresenta maior abundância em Bolivina/Brizalina spp. e Bulimina/Globobulimina spp. e na espécie B. ordinaria. O grupo 5, que contém as estações mais profundas da plataforma externa/bordo da plataforma, com o substrato constituído por areia fina, apresenta maior abundância em espécies dos géneros Cassidulina/Globocassidulina spp. e nas espécies B. spathulata e C. laevigata/C.carinata, espécies associadas a pulsos de matéria orgânica de origem marinha relacionada com fenómenos de upwelling. A análise não permitiu verificar diferenças significativas na distribuição das espécies a nível latitudinal. A distribuição dos foraminíferos é claramente influenciada pelos processos oceanográficos da região e pela proximidade dos rios. |
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Biótopos de foraminíferos bentónicos da plataforma continental portuguesaCiências do marForaminíferos bentónicosPlataforma continental - PortugalEste trabalho enquadra-se no Projeto ACOSHELF (Coastal Shelf Studies Ecosystems Studies Using Acoustics). O programa de amostragem ocorreu em Abril/Maio de 2008. As amostras de sedimentos superficiais foram recolhidas com uma draga Smith-McIntyre (com 0,1m2). Para este trabalho foram selecionadas 46 amostras, recolhidas ao longo de transeptos perpendiculares à linha de costa, entre profundidades de 15 m a 190 m. Os sedimentos foram caracterizados em termos de granulometria e conteúdo em matéria orgânica. Foi encontrada uma abundância reduzida de foraminíferos vivos, tendo por isso sido efetuada a análise sobretudo da associação morta. Elevadas densidades de foraminíferos foram encontradas em sedimentos com teores de finos e de matéria orgânica elevados. A análise estatística permitiu distinguir cinco grupos de estações. O grupo 1, que inclui as mais costeiras, constituídas por areia média com teores baixos de matéria orgânica contém uma associação composta por C. ungerianus, L. lobatula e G. praegeri . O grupo 2, que inclui estações da plataforma externa com o substrato composto por areia média/fina, contém uma associação composta por Cassidulina/Globocassidulina spp., G. praegeri, G. minuta, B. difformis, C. ungerianus, G. subglobosa e G. rossensis. O grupo 3, composto por estações da plataforma média com o substrato constituído por areia grosseira cascalhenta com teores de matéria orgânica baixos, inclui espécies como L. lobatula, P. mediterranensis e Q. seminula. O grupo 4, que inclui estações da plataforma externa, próximas dos estuários dos rios Lis, Tejo e Sado com o substrato constituído por areia muito fina/lodo com os teores de matéria orgânica mais elevados, apresenta maior abundância em Bolivina/Brizalina spp. e Bulimina/Globobulimina spp. e na espécie B. ordinaria. O grupo 5, que contém as estações mais profundas da plataforma externa/bordo da plataforma, com o substrato constituído por areia fina, apresenta maior abundância em espécies dos géneros Cassidulina/Globocassidulina spp. e nas espécies B. spathulata e C. laevigata/C.carinata, espécies associadas a pulsos de matéria orgânica de origem marinha relacionada com fenómenos de upwelling. A análise não permitiu verificar diferenças significativas na distribuição das espécies a nível latitudinal. A distribuição dos foraminíferos é claramente influenciada pelos processos oceanográficos da região e pela proximidade dos rios.This work is done in the context of project ACOSHELF (Coastal Shelf Studies Ecosystems Studies Using Acoustics). The sampling program was in April / May 2008. Samples of surface sediments were collected with a 0.12 Smith-McIntyre grab,at depths ranging from 15 to 190 m. Sediment grain-size and total organic matter were characterized. The quantity of live foraminifera was reduced and therefore the analysis was based primarily on dead assemblages. High densities of foraminifera were associated with fine-grained sediments and organic matter. Cluster analyses identified five groups. Group 1 which includes more coastal stations composed by sand with low levels of organic matter is represented by C. ungerianus, L. lobatula and G. praegeri. Group 2, which includes outer shelf stations composed by sand and fine sand sediments is represented by Cassidulina/Globocassidulina spp., G. praegeri, G. minuta, B. difformis, C. ungerianus, G. subglobosa and G. rossensis. Group 3, which includes stations composed by coarse sand/gravel with low levels of organic matter is represented by L. lobatula, P .mediterranensis and Q. seminula. Group 4, which includes outer shelf stations, near the Liz, Sado and Tagus River, composed by fine sand/mud sediments with high levels of organic matter is represented by Bolivina/Brizalina spp., Bulimina/Globobulimina spp. and B.ordinaria. Group 5 which includes deeper outer shelf stations composed by fine sand sediments is represented by Cassidulina/Globocassidulina spp., B.spathulata and C. laevigata/C. carinata, species associated with marine organic matter and the upwelling phenomena. The analysis has shown no significant differences in latitudinal level. The distribution of foraminifera is influenced mostly by oceanographic processes in the region and the proximity of rivers.Universidade de Aveiro2015-06-11T12:50:57Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/14206porTentúgal, Rita Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:25:57Zoai:ria.ua.pt:10773/14206Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:50.300994Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este trabalho enquadra-se no Projeto ACOSHELF (Coastal Shelf Studies Ecosystems Studies Using Acoustics). O programa de amostragem ocorreu em Abril/Maio de 2008. As amostras de sedimentos superficiais foram recolhidas com uma draga Smith-McIntyre (com 0,1m2). Para este trabalho foram selecionadas 46 amostras, recolhidas ao longo de transeptos perpendiculares à linha de costa, entre profundidades de 15 m a 190 m. Os sedimentos foram caracterizados em termos de granulometria e conteúdo em matéria orgânica. Foi encontrada uma abundância reduzida de foraminíferos vivos, tendo por isso sido efetuada a análise sobretudo da associação morta. Elevadas densidades de foraminíferos foram encontradas em sedimentos com teores de finos e de matéria orgânica elevados. A análise estatística permitiu distinguir cinco grupos de estações. O grupo 1, que inclui as mais costeiras, constituídas por areia média com teores baixos de matéria orgânica contém uma associação composta por C. ungerianus, L. lobatula e G. praegeri . O grupo 2, que inclui estações da plataforma externa com o substrato composto por areia média/fina, contém uma associação composta por Cassidulina/Globocassidulina spp., G. praegeri, G. minuta, B. difformis, C. ungerianus, G. subglobosa e G. rossensis. O grupo 3, composto por estações da plataforma média com o substrato constituído por areia grosseira cascalhenta com teores de matéria orgânica baixos, inclui espécies como L. lobatula, P. mediterranensis e Q. seminula. O grupo 4, que inclui estações da plataforma externa, próximas dos estuários dos rios Lis, Tejo e Sado com o substrato constituído por areia muito fina/lodo com os teores de matéria orgânica mais elevados, apresenta maior abundância em Bolivina/Brizalina spp. e Bulimina/Globobulimina spp. e na espécie B. ordinaria. O grupo 5, que contém as estações mais profundas da plataforma externa/bordo da plataforma, com o substrato constituído por areia fina, apresenta maior abundância em espécies dos géneros Cassidulina/Globocassidulina spp. e nas espécies B. spathulata e C. laevigata/C.carinata, espécies associadas a pulsos de matéria orgânica de origem marinha relacionada com fenómenos de upwelling. A análise não permitiu verificar diferenças significativas na distribuição das espécies a nível latitudinal. A distribuição dos foraminíferos é claramente influenciada pelos processos oceanográficos da região e pela proximidade dos rios. |
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