Usos e funções da fotografia impressa na Exposição Documentária do I Congresso da União Nacional (1934)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://journals.openedition.org/cp/1962 |
Resumo: | Este artigo discute os usos e funções da fotografia impressa de massas no contexto do espaço discursivo público da Exposição Documentária de 1934, inaugurada no Palácio de Exposições do Parque Eduardo VII, durante o I Congresso da União Nacional, na Sociedade de Geografia. Apresentam-se os antecedentes e o contexto histórico do regime autoritário português em que a exposição ocorreu, discutindo-se as práticas expositivas nela desenvolvidas, tendo em conta o modelo propagandístico invocado que a inspirou, a Mostra della Rivoluzione Fascista, de Roma, em 1932. No final do artigo, discute-se e analisa-se a exposição como ‘documentário’, propaganda e ‘factografia’, problematizando-se a impossibilidade de aplicar à mostra portuguesa este último conceito. A primeira secção, sob a responsabilidade de António Ferro apresentava os antecedentes do movimento militar do 28 de Maio de 1926, enquanto a segunda exibia a obra da ditadura e do seu chefe depois do golpe militar. O êxito da exposição deveu-se em grande parte ao modo como António Ferro e a sua equipa reutilizaram e recontextualizaram a fotografia do período republicano anterior a 1926, recorrendo para isso ao arquivo da revista Ilustração Portuguesa. Igualmente importante foi a decoração das salas e dos andares do pavilhão, onde se apresentava em contraponto a obra da ditadura e do seu chefe, entre o passado e o presente, o caos e a ordem. |
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Este artigo discute os usos e funções da fotografia impressa de massas no contexto do espaço discursivo público da Exposição Documentária de 1934, inaugurada no Palácio de Exposições do Parque Eduardo VII, durante o I Congresso da União Nacional, na Sociedade de Geografia. Apresentam-se os antecedentes e o contexto histórico do regime autoritário português em que a exposição ocorreu, discutindo-se as práticas expositivas nela desenvolvidas, tendo em conta o modelo propagandístico invocado que a inspirou, a Mostra della Rivoluzione Fascista, de Roma, em 1932. No final do artigo, discute-se e analisa-se a exposição como ‘documentário’, propaganda e ‘factografia’, problematizando-se a impossibilidade de aplicar à mostra portuguesa este último conceito. A primeira secção, sob a responsabilidade de António Ferro apresentava os antecedentes do movimento militar do 28 de Maio de 1926, enquanto a segunda exibia a obra da ditadura e do seu chefe depois do golpe militar. O êxito da exposição deveu-se em grande parte ao modo como António Ferro e a sua equipa reutilizaram e recontextualizaram a fotografia do período republicano anterior a 1926, recorrendo para isso ao arquivo da revista Ilustração Portuguesa. Igualmente importante foi a decoração das salas e dos andares do pavilhão, onde se apresentava em contraponto a obra da ditadura e do seu chefe, entre o passado e o presente, o caos e a ordem. |
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