Estratégias de prevenção primária e secundária da doença de Alzheimer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/19319 |
Resumo: | A Doença de Alzheimer constitui a sétima principal causa de morte a nível mundial, representando cerca de 60 a 80% dos casos de demência. Esta doença afeta a memória, o pensamento, a capacidade de aprendizagem e de executar tarefas quotidianas, e distingue-se patologicamente pela presença de agregados extracelulares de placas amiloides beta e emaranhados neurofibrilares intracelulares de proteína Tau hiperfosforilada no cérebro humano. A causa subjacente a estas alterações patológicas permanece desconhecida, no entanto, várias hipóteses fisiopatológicas têm sido desenvolvidas na tentativa de explicar o aparecimento da doença, nomeadamente a hipótese da cascata amiloide, a hiperfosforilação da proteína Tau, a neurotransmissão glutaminérgica, colinérgica e adrenérgica, bem como a neuroinflamação, disfunção mitocondrial, stress oxidativo e hipótese vascular. A Doença de Alzheimer é considerada uma doença multifatorial, que se encontra associada a vários fatores de risco, tais como, idade, fatores genéticos e patologias como a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial e a diabetes tipo 2. Assim, a intervenção ao nível de fatores de risco modificáveis pode eventualmente prevenir complicações que contribuam para o comprometimento cognitivo, ou até melhorar a qualidade de vida de doentes que vivam com a Doença de Alzheimer. Apesar da demência constituir uma ameaça à saúde global, as atuais opções de tratamento apenas aliviam os sintomas e ainda não existe uma cura efetiva para a Doença de Alzheimer. Neste sentido, assume particular importância o desenvolvimento de estratégias de prevenção primária e secundária que permitam, respetivamente, prevenir a incidência ou progressão da doença. Neste âmbito, a presente dissertação tem como principal objetivo fazer uma abordagem acerca da utilização de fármacos anti-hipertensores, estatinas e anti-inflamatórios não esteroides enquanto potenciais estratégias de prevenção da doença. Os resultados obtidos em vários estudos pré-clínicos e clínicos não são consensuais, contudo, existe alguma evidência relativa ao potencial efeito benéfico destes fármacos na Doença de Alzheimer. |
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Estratégias de prevenção primária e secundária da doença de AlzheimerAnti-inflamatórios não esteroidesDoença de alzheimerEstatinasFármacos anti-hipertensoresFatores de riscoPrevençãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Outras Ciências MédicasA Doença de Alzheimer constitui a sétima principal causa de morte a nível mundial, representando cerca de 60 a 80% dos casos de demência. Esta doença afeta a memória, o pensamento, a capacidade de aprendizagem e de executar tarefas quotidianas, e distingue-se patologicamente pela presença de agregados extracelulares de placas amiloides beta e emaranhados neurofibrilares intracelulares de proteína Tau hiperfosforilada no cérebro humano. A causa subjacente a estas alterações patológicas permanece desconhecida, no entanto, várias hipóteses fisiopatológicas têm sido desenvolvidas na tentativa de explicar o aparecimento da doença, nomeadamente a hipótese da cascata amiloide, a hiperfosforilação da proteína Tau, a neurotransmissão glutaminérgica, colinérgica e adrenérgica, bem como a neuroinflamação, disfunção mitocondrial, stress oxidativo e hipótese vascular. A Doença de Alzheimer é considerada uma doença multifatorial, que se encontra associada a vários fatores de risco, tais como, idade, fatores genéticos e patologias como a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial e a diabetes tipo 2. Assim, a intervenção ao nível de fatores de risco modificáveis pode eventualmente prevenir complicações que contribuam para o comprometimento cognitivo, ou até melhorar a qualidade de vida de doentes que vivam com a Doença de Alzheimer. Apesar da demência constituir uma ameaça à saúde global, as atuais opções de tratamento apenas aliviam os sintomas e ainda não existe uma cura efetiva para a Doença de Alzheimer. Neste sentido, assume particular importância o desenvolvimento de estratégias de prevenção primária e secundária que permitam, respetivamente, prevenir a incidência ou progressão da doença. Neste âmbito, a presente dissertação tem como principal objetivo fazer uma abordagem acerca da utilização de fármacos anti-hipertensores, estatinas e anti-inflamatórios não esteroides enquanto potenciais estratégias de prevenção da doença. Os resultados obtidos em vários estudos pré-clínicos e clínicos não são consensuais, contudo, existe alguma evidência relativa ao potencial efeito benéfico destes fármacos na Doença de Alzheimer.Alzheimer's disease is the seventh leading cause of death worldwide, accounting for 60 to 80% of dementia cases. This disease affects memory, thinking, learning capacity and ability to perform daily tasks, and is pathologically distinguished by the presence of extracellular aggregates of beta amyloid plaques and intracellular neurofibrillary tangles of hyperphosphorylated Tau protein in the human brain. The underlying cause of these pathological changes remains unknown, however, several pathophysiological hypotheses have been developed in attempt to explain the onset of the disease, namely the amyloid cascade hypothesis, hyperphosphorylation of Tau protein, glutaminergic, cholinergic and adrenergic neurotransmission, as well as neuroinflammation, mitochondrial dysfunction, oxidative stress and vascular hypothesis. Alzheimer's disease is considered a multifactorial disease, which is associated with several risk factors, such as age, genetic factors, and pathologies such as hypercholesterolemia, hypertension and type 2 diabetes. Thus, intervention at the level of modifiable risk factors may eventually prevent complications that contribute to cognitive impairment, or even improve the quality of life of patients living with Alzheimer's disease. Despite of dementia being a threat to global health, current treatment options only relieve the symptoms and there is still no effective cure for Alzheimer's disease. In this way, it is particularly important to develop primary and secondary prevention strategies that allow, respectively, to prevent the incidence or progression of the disease. In this context, the main purpose of this dissertation is to make an approach about the use of antihypertensive drugs, statins, and non-steroidal anti-inflammatory drugs as potential disease prevention strategies. The results obtained in several pre-clinical and clinical studies are not consensual, however, there is some evidence on the potential positive effect of these drugs in Alzheimer's disease.Serralheiro, Ana Isabel AzevedoSapientiaSilva, Liliana Sofia da2023-03-27T09:50:05Z2022-12-062022-12-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/19319TID:203196090porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:31:46Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/19319Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:08:58.831786Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Doença de Alzheimer constitui a sétima principal causa de morte a nível mundial, representando cerca de 60 a 80% dos casos de demência. Esta doença afeta a memória, o pensamento, a capacidade de aprendizagem e de executar tarefas quotidianas, e distingue-se patologicamente pela presença de agregados extracelulares de placas amiloides beta e emaranhados neurofibrilares intracelulares de proteína Tau hiperfosforilada no cérebro humano. A causa subjacente a estas alterações patológicas permanece desconhecida, no entanto, várias hipóteses fisiopatológicas têm sido desenvolvidas na tentativa de explicar o aparecimento da doença, nomeadamente a hipótese da cascata amiloide, a hiperfosforilação da proteína Tau, a neurotransmissão glutaminérgica, colinérgica e adrenérgica, bem como a neuroinflamação, disfunção mitocondrial, stress oxidativo e hipótese vascular. A Doença de Alzheimer é considerada uma doença multifatorial, que se encontra associada a vários fatores de risco, tais como, idade, fatores genéticos e patologias como a hipercolesterolemia, a hipertensão arterial e a diabetes tipo 2. Assim, a intervenção ao nível de fatores de risco modificáveis pode eventualmente prevenir complicações que contribuam para o comprometimento cognitivo, ou até melhorar a qualidade de vida de doentes que vivam com a Doença de Alzheimer. Apesar da demência constituir uma ameaça à saúde global, as atuais opções de tratamento apenas aliviam os sintomas e ainda não existe uma cura efetiva para a Doença de Alzheimer. Neste sentido, assume particular importância o desenvolvimento de estratégias de prevenção primária e secundária que permitam, respetivamente, prevenir a incidência ou progressão da doença. Neste âmbito, a presente dissertação tem como principal objetivo fazer uma abordagem acerca da utilização de fármacos anti-hipertensores, estatinas e anti-inflamatórios não esteroides enquanto potenciais estratégias de prevenção da doença. Os resultados obtidos em vários estudos pré-clínicos e clínicos não são consensuais, contudo, existe alguma evidência relativa ao potencial efeito benéfico destes fármacos na Doença de Alzheimer. |
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