Habitação unifamiliar pátio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Andreia Filipa Lobato Monteiro, 1984-
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11067/3613
Resumo: Em quase todas as culturas e épocas é notória a presença de pátios. Algumas dessas culturas (romanos e árabes) influenciaram o aparecimento e desenvolvimento da casa-pátio em Portugal. O pátio na casa-pátio assume-se como elemento unificador e ordenador do espaço. A morfologia deste edifício apenas adquire a sua essência com a sua presença, não sendo possível dissociar a casa do pátio e vice-versa. Ao contrário da maioria das situações, o pátio não surge como um espaço sobrante da construção, mas sim como um elemento estruturador da forma. Ã? o vazio que juntamente com o cheio faz o todo. A estrutura e funcionalismo da casa-pátio são naturalmente uma sequência de respostas a condicionalismos postos ao ser humano, quer por via de motivos religiosos, culturais ou do próprio meio ambiente. A sua forma em planta não é fixa nem se define com um tamanho determinado, recebendo ao longo da sua evolução, vários nomes consoante os diferentes tipos de uso. Assim, a casa-pátio surge como uma tipologia única, ou seja, um tipo de edifício que possui características próprias e o distingue dos outros edifícios. Projectar significa sempre definir limites de um vazio espacial, limites esses que trazem consigo todo um conjunto de relações e de conceitos dualistas: aberto|fechado, dentro|fora, luz|sombra, público|privado, que quando concretizados vão caracterizar a obra construída. Para que possa coexistir estes dois conceitos de interior e exterior, tem que existir um elemento de separação - elemento parede - que se torna um elemento importante neste jogo de relações. Este elemento é um ponto de mudança, de transição entre o interior e o exterior. Ã? a fronteira que se assume como limite do espaço, protagonizando a concepção do mesmo, sendo o mecanismo mais utilizado pelo arquitecto para delimitar o espaço. Falar da relação entre interior e exterior é, portanto, falar de toda a... arquitectura. Assim, surge a habitação, tema esse que está presente no dia-a-dia e que está intimamente relacionado com a qualidade de vida. A casa-pátio é uma solução urbana conveniente, este modelo de habitação auxilia o assentamento em contextos de alta densidade, garantindo exigências de conforto ambiental. O espaço que determina o vazio das tipologias é o pátio, este não deverá ser ocupado, uma vez que garante a ventilação e iluminação. Dois dos exemplos dessas tipologias em Portugal, referenciados neste trabalho, são os projectos do Bairro da Malagueira, em Évora, de Álvaro Siza e a Quinta da Barca, em Esposende, de João Álvaro Rocha. As casas-pátio são espaços flexíveis que permitem um programa aberto a futuras ampliações com usos distintos, criando diversidade e urbanidade, concebendo ou libertando espaços. Esses espaços são áreas adicionais ao programa de habitação básico dentro das próprias unidades, áreas essas, cobertas e pré-delimitadas que permitem além da própria ampliação da moradia em si, uma acomodação de funções urbanas, tais como, serviços, comércios, entre outros. Processos como a habitação evolutiva e autoconstrução são compreendidos como processos especiais e com certas dificuldades específicas, dependentes da forma como são conduzidos. "A habitação evolutiva tem de estar ligada à evolução da família em todos os aspectos e a autoconstrução está totalmente dependente do envolvimento da família no processo financeiro e construtivo". Concluo este trabalho, com a apresentação do projecto de 5.º ano, que foi inspirado em dois projectos do europan 8, para a ideia do plano e no projecto da Casa dos Arcos em Óbidos do arquitecto Manuel Tainha, para a realização do projecto de habitação.
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