I am a Jew

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fioravanti, Vitória Ávila
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://ojs.letras.up.pt/index.php/VP/article/view/11711
Resumo: O presente artigo tem como intuito analisar criticamente a representação literária do povo judeu e da cultura judaica e a presença do anti-semitismo na literatura e sociedade britânica britânicas ao longo dos séculos, tendo em conta a influência de obras como The Merchant of Venice, de William Shakespeare, The Jew of Malta, de Christopher Marlowe, Ivanhoe, de SirWalter Scott, e Oliver Twist, de Charles Dickens, o primeiro tendo sido crucial no processo de definição da imagem do “judeu” no imaginário sócio-literário britânico. Escrita e publicada alguns anos após The Jew of Malta e claramente influenciada pelo retrato negativo feito da personagem principal da obra de Marlowe, Barabas, a obra The Merchant of Venice e a representação multifacetada do agiota judeu Shylock, que é ora retratado como vilão, ora como vítima, seria responsável por orientar as representações posteriores de personagens da religião e etnia judaicas na literatura britânica. A maneira altamente estereotipada e anti-semítica de retratar os judeus como pessoas avarentas, vingativas e cruéis que isolam-se propositadamente e desconfiam constantemente daqueles que estão a sua volta foi empregada insistentemente em romances do século XIX como Ivanhoe, de Sir Walter Scott, e Oliver Twist, de Charles Dickens. Dickens, em particular, era conhecido por nutrir opiniões de caráter anti-semita e por estar em desacordo com membros importantes da comunidade judaica de Londres da sua época. Tais estereótipos, que teriam sido popularizados nos finais do século XIV, perdurariam até o século XX e permeariam as obras de autores modernistas como James Joyce e Ezra Pound.
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