La Pintura Dicta el Camino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machargo Camblor, Diego, 1990-
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: spa
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/29380
Resumo: En la primera parte de esta disertación se propone un estudio sobre la concepción de una nueva imagen en pintura, resultado de las continuas decisiones tomadas en el proceso creativo que marcan significativamente el resultado final de la misma. La pintura se construye por medio de las sucesivas superposiciones de las capas que van marcando su apariencia. Presentamos un estudio de los diferentes cambios que la pintura adopta a lo largo de su evolución, otorgándole una autonomía que le pertenece en exclusivo por la que es capaz de desenvolver una direccionalidad dentro de este proceso. Pensar en la pintura como algo dúctil y maleable que le permite ser adaptada y modificada a nuestra voluntad siempre que queramos, adquiriendo un inagotable número de formas posibles. Este planteamiento conlleva, por un lado, una abertura en la obra que pone en cuestión su fin y, por otro, nos hace considerar a las capas como partes decisivas a la hora de configurar la última imagen. La mano del artista actúa como mediador entre la obra y su interior. Es necesario que éste se entregue y entre por completo en su trabajo, así se producirá un profundo diálogo entre ambos. El acto de crear reúne una serie de acontecimentos espontáneos que nacen de esta conexión. La pintura dicta el camino y el artista entra en el juego de seducción a partir del cual crearán la obra. La segunda parte se compone un análisis de una pintura. Mostrando las diferentes transformaciones que adopta hasta llegar a su última metamorfosis, acompañada de una reflexión del proceso. Por último se presentan una serie de pinturas que fueron realizadas a lo largo de esta disertación
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Este planteamiento conlleva, por un lado, una abertura en la obra que pone en cuestión su fin y, por otro, nos hace considerar a las capas como partes decisivas a la hora de configurar la última imagen. La mano del artista actúa como mediador entre la obra y su interior. Es necesario que éste se entregue y entre por completo en su trabajo, así se producirá un profundo diálogo entre ambos. El acto de crear reúne una serie de acontecimentos espontáneos que nacen de esta conexión. La pintura dicta el camino y el artista entra en el juego de seducción a partir del cual crearán la obra. La segunda parte se compone un análisis de una pintura. Mostrando las diferentes transformaciones que adopta hasta llegar a su última metamorfosis, acompañada de una reflexión del proceso. Por último se presentan una serie de pinturas que fueron realizadas a lo largo de esta disertaciónEsta dissertação de Mestrado em Pintura centra o seu interesse no processo de construção da imagem pictórica. Pretende-se reflectir sobre como determinadas estratégias compositivas e conceptuais estabelecem a direccionalidade da obra, e determinam o seu resultado final. A pintura será entendida como um processo moldável e alterável, como campo de ensaio no qual, à priori, não existe qualquer condicionante nem ideia preestabelecida de um resultado final. Analisar-se-á a autonomia inerente à pintura através de obras e textos de vários artistas, examinando os papéis que desempenham a obra, o artista e o processo na busca de uma criação nova. A primeira parte da investigação compõe-se de quatro capítulos: No primeiro capítulo - Camadas -, introduz-se o tema das camadas na pintura, realçando as suas implicações no desenvolvimento da obra. No segundo capítulo - Metamorfoses da imagem pictórica -, analisam-se casos práticos da obras de três autores: Robert Gober, Manuél Eirís e Ignasi Aballí, revelando diversas formas de trabalhar e entender a pintura. No terceiro capítulo - A linguagem pictórica: dar forma ao eu interior -, expõe-se a experiência de três autores: Robert Motherwell, Álvaro Lapa e Júlio Pomar, a partir de textos escritos pelos próprios. No último capítulo - Criação -, expõe-se e aprofunda-se uma série de conceitos, tais como: o momento da criação, a função do pintor e outros factores que no conjunto estabelecem o princípio e o fim da obra. Para uma melhor compreensão de cada um destes capítulos, opta-se por uma descrição mais detalhada: PARTE I 1. Camadas O acto de apagar é considerado como uma retificação, eliminar algo que não é correto. Na História da Pintura encontram-se numerosos exemplos da utilização 3 desta ‘técnica de apagar’ como forma de (re)criar, desde os antigos palimpsestos até ao famoso Erased the De Kooning Drawing (1953) de Robert Rauschenberg. O trabalho em pintura pressupõe constantes processos de adição, pintando por cima, sobrepondo camada sobre camada. O artista pode ir cobrindo, modificando, removendo ou adicionando informação. Como tal, a pintura possui um carácter aberto, decidindo o artista quando esta está terminada, podendo inclusive ser sujeita a constantes mudanças radicais ou subtis; desta forma o conceito de pintura infinita entra em jogo. Poderá uma pintura não ter fim? Uma das primeiras questões a considerar é olhar a base sobre a qual intervimos como o espaço que permite experimentar, mudar, retocar, modificar ou eliminar quantas vezes nos seja possível e o desejo assim o entenda. Deste modo, a base converte-se na memória de tudo o que ocorreu e do que não voltará a ser visível. 2. Metamorfoses da imagem pictórica Robert Gober pintou ao longo de todo um ano Slides of a changing painting (1982-1983) numa pequena base de madeira, sobre a qual tinha instalado uma câmara fotográfica. O resultado foi uma obra documental: uma coleção de diapositivos agrupados em séries. Centenas de imagens registadas, documentando as mudanças, as metamorfoses às quais submeteu a sua pintura. Assim, relata-nos de um modo surrealista os momentos essenciais da vida da sua pintura, onde o processo se torna mais importante que o resultado final. As novas pinturas apagam as anteriores, trabalha-se a partir delas e pouco a pouco vão deixando de partilhar semelhanças na composição, afastando-se da sua referência e voltam a nascer. A pintura de algum modo dita o caminho de tudo o que vai acontecer desde a primeira pincelada. Gradualmente articula-se uma ‘seleção natural’ de formas, cores, luzes ou composições que espontaneamente determinam o que interessa abandonar ou conservar. O caminho realizado pelo artista descobre um infinito de espaços possíveis, cada vez que este pára, observa e decide intervir. 4 O carácter aberto da obra toma especial interesse e emoção, quando se volta a cobrir por completo para começar de novo. Uma acumulação de intenções e propostas permanece na memória da pintura, uma vez que não existe o medo do erro. Tudo acontece para adiante, já que nesta procura, o conjunto pode ser transformado uma e outra vez. Construir mediante a sobreposição implica ocultar, negar e aprender à base de destruir. 3. A linguagem pictórica: dar forma ao eu interior Que procura ou busca o artista na criação? Neste capítulo pretende-se analizar desde um ponto de vista pessoal, a forma de entender a pintura ligada à atitude existencial-vital do artista frente à tela e também a linguagem pictórica própria de acordo com a sua forma de pensar e sentir a criação artística. 3.1.Robert Motherwell - Motherwell começa as suas pinturas e a forma de analisar o subconsciente mediante o automatismo psíquico no início da obra, o que marcará a conceção de tudo o que acontecerá posteriormente. A partir daí começa a trabalhar a imagem: pára de pintar, reflete, ‘ordena’ a composição…, uma dualidade entre o sentir mais primitivo, instintivo e a parte mais cognitiva, racional do pensamento artístico. A pintura para ele, não pode existir sem a conjugação destas partes, surgindo da correção dos erros por meio do sentimento. Este ‘deixar-se levar’ na conceção de novas imagens requer uma posteior análise depois de serem lançadas ao mundo. O pensamento hierarquiza, aclara e analisa todos os resultados, de forma a buscar a sensualidade e o impacto da imagem junto com o acto físico da criação. Isto provoca que por vezes seja necessário agrupá-las e observar como decorreu a evolução nesse incessante processo de autodescobrimento. Essência e sentimentos existentes abaixo do nível da consciência. O artista possui o seu próprio vocabulário e o que faz é tentar projetá-lo na tela mediante a pintura, sem nenhum condicionante do mundo visível. O importante é o existe dentro de si, a necessidade do pintor é dar forma a esse eu interior. 5 4. Criação No último capítulo é tratado o tema da criação: o tempo e o sujeito criativo. É feito essencialmente a partir dos seguintes textos: O olho e o espírito (1964) de Maurice Merleau-Ponty e O mistério da criação artística (1940) de Stefan Zweig. Na primeira parte é discutido o papel do pintor segundo Merleau-Ponty que é visto como um intermediário, como um participante alheio à sua vontade . Em que medida o artista participa da obra se for visto como um simples mediador? Será a função principal do pintor materializar os desejos da obra? O facto de materializar, é o que lhe atribui a função de criador e como tal de ser ele quem decide criar algo novo, traze-lo ao mundo A parte final do capítulo trata da criação, não tanto do ponto de vista da obra, mas sim do que leva o artista a criar, do momento ou circustâncias que ativam este processo. Para isso é usado como referência O mistério da criação artística de Stefan Zweig. PARTE II A segunda parte da dissertação compõe-se de uma análise do processo pictórico pessoal e da apresentação das pinturas realizadas que foram criadas simultaneamente com este estudo. O objectivo final será o de estabelecer uma conexão entre a prática e a teoria, num exercício de auto-análise, com a intenção de consolidar o meu processo criativo através de uma reflexão crítica do mesmoSerra, Rui Alexandre Rosa Grincho, 1970-Repositório da Universidade de LisboaMachargo Camblor, Diego, 1990-2017-10-23T12:36:19Z2017-04-192017-10-232017-04-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisimage/jpegapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/29380TID:201683407spainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:21:41Zoai:repositorio.ul.pt:10451/29380Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:45:24.844429Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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