Aproximações e Distanciamentos. Vítimas de Catástrofes em Brumadinho: A Engenharia de um Crime e Tragédia em Mariana
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-04582022000100211 |
Resumo: | Resumo Neste artigo, abordamos dois livros-reportagem que tratam de catástrofes ocorridas no Brasil, recentemente: Tragédia em Mariana, de Cristina Serra (Record, 2018) e Brumadinho: A Engenharia de um Crime, de Lucas Ragazzi e Murilo Rocha (Letramento, 2021). Embora estes trabalhos compartilhem similaridades tais como aspectos formais e temáticos, entendemos que indiciam diferentes modos de apreensão jornalística do mundo, com distintas implicações éticas particularmente no que concerne ao modo como as personagens vítimas dessas catástrofes emergem nas reportagens. Consideramos que os personagens jornalísticos têm dupla existência: no texto e fora dele, e é uma responsabilidade ética refletir sobre as formas como são constituídos tendo em vista possíveis passagens entre um e outro. Propomos então discutir, valendo-nos das duas obras, os modos de aproximação jornalística com tais acontecimentos a partir de três dimensões analíticas articuladas. No tópico “Marcas de Escuta e Presença Autoral”, damos atenção a indícios de como os autores e autora apuraram as informações que constam em seus livros, colocando sua escuta junto às vítimas ou apurando outros registros das catástrofes. Em “Personagens (S)em Enredo”, discutimos quem são aqueles cujas histórias são contadas nesses livros, como isso se faz e com que possíveis efeitos. Em “Projeto e Paratextos”, abordamos as intenções declaradas por cada autor-repórter, bem como o quanto exploram ou não as potencialidades de um livro-reportagem no aspecto específico do desenvolvimento de personagens. Por fim, cotejamos abordagens de outros repórteres sobre as representações de seus personagens para pensar como cada autor-repórter das obras que analisamos aqui se posiciona diante da catástrofe e que tipo de registro jornalístico sua postura reflete. |
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