A Prática Educativa na Ostomia de Eliminação Intestinal Contributo para a Gestão de Cuidados de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Rita Isabel Moutinho Braz
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/740
Resumo: Uma ostomia de eliminação intestinal (OEI) tem enorme impacto no indivíduo, deparando-se este com diversas alterações em todo o seu processo de vida, que vai desde a alteração da fisiologia gastrointestinal, da auto-estima, à alteração da imagem corporal. Estas transformações, por sua vez, condicionam a vida familiar, afectiva, laboral e social da pessoa ostomizada. Foi neste enquadramento, e na perspectiva de virmos a contribuir com subsídios relevantes para a gestão dos cuidados de saúde neste domínio, que pretendíamos um conhecimento mais aprofundado sobre a prática educativa dos enfermeiros no que concerne à importância atribuída ao ensino, situações, momentos e estratégias utilizadas, como também sobre a opinião dos utentes portadores de OEI sobre as actividades de ensino desenvolvidas pelos enfermeiros. O presente estudo, de carácter empírico, inscreve-se num paradigma quantitativo e qualitativo. Para o primeiro, numa população de 60 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino que desempenham a sua actividade profissional no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE, nos serviços de cirurgia geral. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário estruturado em três partes. A média de idades situa-se em 34 anos sendo a categoria profissional mais representativa, a de enfermeiro de nível 1 e no que diz respeito à formação académica todos são Licenciados, dos quais 5% são detentores do grau de Mestre. Para o segundo, numa amostra de quatro doentes, portadores de OEI, representantes de cada unidade do referido centro hospitalar. A recolha de dados foi obtida através da realização de uma entrevista semi-dirigida. Da caracterização sumária dos participantes, destaca-se que três são do sexo masculino e um do sexo feminino, com idades compreendidas entre 40 e 71 anos, e na sua maioria casados. O nível de escolaridade é para quase todos os participantes o ensino básico, com profissões ligadas à agricultura e ao trabalho doméstico, com excepção de um elemento que detém formação de nível superior, cujo exercício profissional é na área da docência. O tempo de vivência com uma ostomia de eliminação intestinal varia entre 2 meses e 2 anos. Quanto à importância atribuída pelos enfermeiros ao ensino efectuado ao doente com OEI, verificamos que a maioria (93,3%) dos enfermeiros atribui muita importância ao ensino, ocorrendo de modo mais frequente aquando da solicitação dos doentes e familiares e em todos os momentos do internamento. No que concerne às estratégias utilizadas durante as actividades de ensino predomina para a maioria (90%) a abordagem oral dos aspectos mais importantes, destacando-se a limpeza e higiene da ostomia/aspectos técnicos (90%). Os temas sono e sexualidade são raramente abordados, assumindo relevância a falta de tempo, o embaraço dos temas e a falta de formação. Quanto aos contributos para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde disponibilizados aos utentes sujeitos a OEI, emergem a importância de instituir uma consulta de estomaterapia em períodos estruturantes, numa perspectiva integrada do utente e família, a utilização de diferentes estratégias de ensino e a necessidade de formação que permita o desenvolvimento de competências num campo particular da intervenção em enfermagem. Do discurso dos utentes com OEI constatamos que a informação sobre a realização da ostomia não ocorre num momento formal e que o tipo de informação é circunscrito ao tipo de saco colector. Consideram também que os ensinos efectuados pelos profissionais de enfermagem são insuficientes e ineficazes, reflectindo-se no quotidiano com implicações psicológicas no autocuidado e na continuidade de cuidados. Da realização do estudo fica bem patente a necessidade de um maior investimento em processos formativos para a aquisição de competências específicas com reflexo nas estratégias de ensino implementadas, potenciando, deste modo, uma maior eficácia dos cuidados e minimizando o sentimento de insuficiência percepcionado pelos utentes.
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O presente estudo, de carácter empírico, inscreve-se num paradigma quantitativo e qualitativo. Para o primeiro, numa população de 60 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino que desempenham a sua actividade profissional no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE, nos serviços de cirurgia geral. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário estruturado em três partes. A média de idades situa-se em 34 anos sendo a categoria profissional mais representativa, a de enfermeiro de nível 1 e no que diz respeito à formação académica todos são Licenciados, dos quais 5% são detentores do grau de Mestre. Para o segundo, numa amostra de quatro doentes, portadores de OEI, representantes de cada unidade do referido centro hospitalar. A recolha de dados foi obtida através da realização de uma entrevista semi-dirigida. Da caracterização sumária dos participantes, destaca-se que três são do sexo masculino e um do sexo feminino, com idades compreendidas entre 40 e 71 anos, e na sua maioria casados. O nível de escolaridade é para quase todos os participantes o ensino básico, com profissões ligadas à agricultura e ao trabalho doméstico, com excepção de um elemento que detém formação de nível superior, cujo exercício profissional é na área da docência. O tempo de vivência com uma ostomia de eliminação intestinal varia entre 2 meses e 2 anos. Quanto à importância atribuída pelos enfermeiros ao ensino efectuado ao doente com OEI, verificamos que a maioria (93,3%) dos enfermeiros atribui muita importância ao ensino, ocorrendo de modo mais frequente aquando da solicitação dos doentes e familiares e em todos os momentos do internamento. No que concerne às estratégias utilizadas durante as actividades de ensino predomina para a maioria (90%) a abordagem oral dos aspectos mais importantes, destacando-se a limpeza e higiene da ostomia/aspectos técnicos (90%). Os temas sono e sexualidade são raramente abordados, assumindo relevância a falta de tempo, o embaraço dos temas e a falta de formação. Quanto aos contributos para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde disponibilizados aos utentes sujeitos a OEI, emergem a importância de instituir uma consulta de estomaterapia em períodos estruturantes, numa perspectiva integrada do utente e família, a utilização de diferentes estratégias de ensino e a necessidade de formação que permita o desenvolvimento de competências num campo particular da intervenção em enfermagem. Do discurso dos utentes com OEI constatamos que a informação sobre a realização da ostomia não ocorre num momento formal e que o tipo de informação é circunscrito ao tipo de saco colector. Consideram também que os ensinos efectuados pelos profissionais de enfermagem são insuficientes e ineficazes, reflectindo-se no quotidiano com implicações psicológicas no autocuidado e na continuidade de cuidados. Da realização do estudo fica bem patente a necessidade de um maior investimento em processos formativos para a aquisição de competências específicas com reflexo nas estratégias de ensino implementadas, potenciando, deste modo, uma maior eficácia dos cuidados e minimizando o sentimento de insuficiência percepcionado pelos utentes.An intestinal elimination ostomy (IEO) has a huge impact on the individual, for he has to face several changes in his living process, from a change in the gastrointestinal physiology, in the self esteem, to a change in the body image. This transformations condition family life, emotional life, work and social life of the ostomate. It was in this framing, and with the perspective of contributing with relevant subsidies for the management of health care in this field, that we aimed for a deeper knowledge about the educational practice of nurses in what concerns the importance given to teaching, situations moments and used strategies, as well as the opinion of patients with IEO on the teaching activities developed by nurses. The present study, of empirical nature, registers in a quantitative and qualitative paradigm. For the first, we used a population of 60 nurses, mainly of the feminine gender that carry out their professional activities at the Hospital Centre of Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE, in the general surgery services. The gathering of data was made through the application of a questionnaire structured in two parts. The age average was off 34 years old being that the most representative professional status is of 1st position nurse and, in what concerns academic qualifications, they all are graduates and 5% have masters degrees. For the second, a sample of 4 patients with IEO, representatives of each unit of the cited Hospital Centre was used. Data gathering was obtained through the execution of a semi-directed interview. From a brief characterization of the participants stands out that three of them are male and one is a woman, with ages between 40 to 71 years old and most of them are married. Almost all participants have the basic compulsory education and work in agriculture and in housework, with the exception of one element that holds higher education and works as a teacher. Life expectancy for an IEO situation goes from 2 months to two years. As for the importance attributed by nurses to the teaching of the patient with IEO, we find that most of them (93%) think that teaching is of high importance occurring more frequently when patients and family request it and in every moment of the hospitalization. In what concerns the strategies used during the teaching activities, the oral approach of the main aspects prevails for the majority (90%), standing out the cleaning and hygiene of the ostomy/technical aspects (90%). Sleep and sexuality are rarely mentioned, mainly for the lack of time, the embarrassment of the subjects and lack of formation. As for the contribution to improve the quality of health care provided to patients with IEO, emerges the importance of establishing a stoma therapy appointment in structured moments in an integrated perspective of the patient and family, the using of different teaching strategies and the need for formation that allows the development of skills on a particular field of nursing intervention. When speaking to patients with IEO we realize that the formation regarding the ostomy does not occur in a formal moment and that the type of information is restricted to the kind of collector bag used. They also consider that the teaching nurses provide are insufficient and ineffective, reflecting in everyday’s life with psychological implications in self-care and in care continuity. From this study it is obvious the need of a bigger investment in formative processes for the acquisition of specific skills with reflection in teaching strategies implemented, thus raising the efficiency of care and minimizing the feeling of ineffectiveness percept by patients.2011-10-19T10:22:52Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/740porAlves, Rita Isabel Moutinho Brazinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:28:41Zoai:repositorio.utad.pt:10348/740Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:17.218772Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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