Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9248 |
Resumo: | O presente artigo tem como objectivo reflectir sobre o papel dos actores sociais num processo de planeamento estratégico territorial e as regras de participação, de deliberação e de distribuição de poder que lhe estão associadas. Analisa-se a relação e o papel fundamental da prospectiva no planeamento estratégico participativo, a nível territorial. Defende-se que a prospectiva é uma reflexão à apreensão dos fenómenos estruturantes da realidade complexa e instável, que capacita os actores para formas de intervenção mais eficazes, seja antecipando seja inflectindo algumas das principais tendências de desenvolvimento. Tendo como ponto de partida a complexidade crescente da gestão do território, as transformações sociais e o clima de incerteza, considera-se o planeamento estratégico territorial e a abordagem prospectiva como duas faces da mesma moeda. As metodologias de prospectiva têm um papel fundamental não só ao nível do planeamento estratégico e participado, como ainda na construção de uma democracia participativa. Privilegia-se a importância da motivação para a participação no contexto da democracia participativa, não por uma questão ideológica, mas como uma exigência do próprio processo de planeamento: a efectivação do plano depende da implicação e contribuição voluntária dos actores bem como da mobilização dos recursos de que dispõem para concretizar a acção. Procura-se ainda analisar e discutir os diversos papéis dos protagonistas de um jogo estratégico de actores, a forma como os actores regulam as suas relações, as regras que estabelecem para enfrentarem, segundo as suas próprias lógicas, os conflitos em que estão envolvidos e as incoerências que engendram. Tendo em conta a importância da coesão interna, mobilização e implicação colectiva, dá-se uma atenção particular ao papel de dois actores cruciais em todo o processo: o actor/cliente e o investigador/cientista/ analista. |
id |
RCAP_20845097e723f16c5ff63525f5234dbc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9248 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentosProspectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentosArticleO presente artigo tem como objectivo reflectir sobre o papel dos actores sociais num processo de planeamento estratégico territorial e as regras de participação, de deliberação e de distribuição de poder que lhe estão associadas. Analisa-se a relação e o papel fundamental da prospectiva no planeamento estratégico participativo, a nível territorial. Defende-se que a prospectiva é uma reflexão à apreensão dos fenómenos estruturantes da realidade complexa e instável, que capacita os actores para formas de intervenção mais eficazes, seja antecipando seja inflectindo algumas das principais tendências de desenvolvimento. Tendo como ponto de partida a complexidade crescente da gestão do território, as transformações sociais e o clima de incerteza, considera-se o planeamento estratégico territorial e a abordagem prospectiva como duas faces da mesma moeda. As metodologias de prospectiva têm um papel fundamental não só ao nível do planeamento estratégico e participado, como ainda na construção de uma democracia participativa. Privilegia-se a importância da motivação para a participação no contexto da democracia participativa, não por uma questão ideológica, mas como uma exigência do próprio processo de planeamento: a efectivação do plano depende da implicação e contribuição voluntária dos actores bem como da mobilização dos recursos de que dispõem para concretizar a acção. Procura-se ainda analisar e discutir os diversos papéis dos protagonistas de um jogo estratégico de actores, a forma como os actores regulam as suas relações, as regras que estabelecem para enfrentarem, segundo as suas próprias lógicas, os conflitos em que estão envolvidos e as incoerências que engendram. Tendo em conta a importância da coesão interna, mobilização e implicação colectiva, dá-se uma atenção particular ao papel de dois actores cruciais em todo o processo: o actor/cliente e o investigador/cientista/ analista.The purpose of this article is to reflect on the role of social actors in a process of strategic territorial planning and the associated rules of participation, deliberation and distribution of power. The relationship and the fundamental role of foresight in participatory strategic planning at the territorial level is analyzed. We argue that foresight is a reflection on the apprehension of structuring phenomena of complex and unstable reality, which empowers actors to more effective forms of intervention, either by anticipating or undermining some of the major development trends. Starting from the increasing complexity of land management, social transformations and the climate of uncertainty, strategic territorial planning and the prospective approach are considered two sides of the same coin. Foresight methodologies play a key role not only in strategic and participatory planning, but also in the construction of participatory democracy. The importance of motivation for participation in the context of participatory democracy is emphasized, not as an ideological issue but as a requirement of the planning process itself: the implementation of the plan depends on the involvement and voluntary contribution of the actors as well as the mobilization of resources which they have at their disposal to carry out action. We also seek to analyze and discuss the different roles of the protagonists of a strategic game of actors, how actors regulate their relationships, the rules they establish to face the conflicts, according to their own logics, in which they are involved and the inconsistencies that unravel. Given the importance of internal cohesion, mobilization and collective involvement, particular attention is paid to the role of two crucial actors in the whole process: the actor / client and the researcher / scientist / analyst.DINÂMIA'CET-Iscte2007-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9248por2182-3030Perestrelo, Margaridainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T16:02:48Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9248Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:52.131314Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
title |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
spellingShingle |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos Perestrelo, Margarida Article |
title_short |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
title_full |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
title_fullStr |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
title_full_unstemmed |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
title_sort |
Prospectiva e Democracia Participativa: Potencialidades e constrangimentos |
author |
Perestrelo, Margarida |
author_facet |
Perestrelo, Margarida |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Perestrelo, Margarida |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Article |
topic |
Article |
description |
O presente artigo tem como objectivo reflectir sobre o papel dos actores sociais num processo de planeamento estratégico territorial e as regras de participação, de deliberação e de distribuição de poder que lhe estão associadas. Analisa-se a relação e o papel fundamental da prospectiva no planeamento estratégico participativo, a nível territorial. Defende-se que a prospectiva é uma reflexão à apreensão dos fenómenos estruturantes da realidade complexa e instável, que capacita os actores para formas de intervenção mais eficazes, seja antecipando seja inflectindo algumas das principais tendências de desenvolvimento. Tendo como ponto de partida a complexidade crescente da gestão do território, as transformações sociais e o clima de incerteza, considera-se o planeamento estratégico territorial e a abordagem prospectiva como duas faces da mesma moeda. As metodologias de prospectiva têm um papel fundamental não só ao nível do planeamento estratégico e participado, como ainda na construção de uma democracia participativa. Privilegia-se a importância da motivação para a participação no contexto da democracia participativa, não por uma questão ideológica, mas como uma exigência do próprio processo de planeamento: a efectivação do plano depende da implicação e contribuição voluntária dos actores bem como da mobilização dos recursos de que dispõem para concretizar a acção. Procura-se ainda analisar e discutir os diversos papéis dos protagonistas de um jogo estratégico de actores, a forma como os actores regulam as suas relações, as regras que estabelecem para enfrentarem, segundo as suas próprias lógicas, os conflitos em que estão envolvidos e as incoerências que engendram. Tendo em conta a importância da coesão interna, mobilização e implicação colectiva, dá-se uma atenção particular ao papel de dois actores cruciais em todo o processo: o actor/cliente e o investigador/cientista/ analista. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-06-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9248 |
url |
https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9248 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2182-3030 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
DINÂMIA'CET-Iscte |
publisher.none.fl_str_mv |
DINÂMIA'CET-Iscte |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130511050801152 |