Sibilância em crianças de idade pré-escolar em Portugal: Prevalência, caracterização e associação com rinite

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira,Ana Margarida
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Morais‑Almeida,Mário, Santos,Natacha, Nunes,Carlos, Fonseca,João Almeida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212014000300005
Resumo: Introdução: Os objectivos deste estudo foram (i) estimar a prevalência de sibilância actual (SA) em crianças de idade pre‑escolar; (ii) descrever as características sociodemográficas e pessoais associadas à SA; e (iii) estudar a associação entre SA e o tipo e a gravidade da rinite. Métodos: Estudo transversal, de âmbito nacional e de base populacional, incluindo uma amostra representativa de crianças portuguesas com idades entre 3 e 5 anos. Os dados foram recolhidos por meio de entrevistas, face a face, com os prestadores de cuidados das crianças, utilizando um questionário adaptado do ISAAC. SA foi definida como a presença de ≥ 1 episódio de sibilância nos últimos 12 meses. Resultados: Foram incluídas um total de 5003 crianças. A prevalência de SA foi de 24,5% [IC 95% (23,3‑25,7)], 9,4% dos participantes tinham ≥ 4 episódios de sibilância no ano anterior e menos de 5% declararam ter diagnóstico médico de asma. A prevalência de SA foi significativamente maior em crianças com rinite actual (RA, 38,6%), alergia alimentar (32,0%) ou história familiar de alergia (31,2%); aquelas que vivem em regiões rurais tiveram uma prevalência inferior de SA (19,1%). Crianças com rinite persistente moderada a grave apresentaram maior prevalência de SA (64,7% vs. 34,0% na ligeira intermitente, 41,7% na ligeira persistente e 46,2% na rinite intermitente moderada a grave). Crianças com RA e SA, quando comparadas com a ocorrência isolada de SA, tiveram mais episódios de sibilância (43,9% vs. 26,9% tinham ≥ 4 episódios, respectivamente, p<0,001) e necessidade de tratamento (44,8% vs. 37,9% receberam tratamento, respectivamente, p=0,024). Conclusões: Quase 25% das crianças pre ‑ escolares apresentou SA. Nas crianças com rinite encontrou‑se uma prevalência mais elevada de sibilância, especialmente na doença persistente moderada a grave, em que cerca de 65% relataram SA. As crianças de idade pre‑escolar que referem simultaneamente sibilância e rinite actuais parecem ter um fenótipo mais grave
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