É o último sistema de avaliacão moral de Kohlberg realmente estrutural?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço, Orlando
Data de Publicação: 1990
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/2697
Resumo: A tese Kohlbergiana de que os estádios morais formam um todo estruturado levou Kohlberg a sucessivas reformulações da definição dos estádios de juízo moral e da metodologia para os avaliar. Com efeito, Kohlberg sustentou que os sistemas de avaliação iniciais não distinguiam claramente ((estrutura)) e «conteúdo», mas que tal distinção estava presente no seu último sistema de avaliação. A finalidade principal deste estudo é examinar em que grau a estrutura de estádio moral é realmente independente do seu conteúdo na Última e definitiva versão da metodologia Kohlbergiana (i.e., no «Standard Issue Scoring Manual», Colby & Kohlberg, 1987, 1987a). Partimos da hipótese de que se a estrutura do estádio moral pode ser realmente dissociada do seu conteúdo, então cada um dos 9 estádios estruturais pode ser definido independentemente das diversas categorias de conteúdo moral (i.e., valores, normas e elementos morais) e, acima de tudo, independentemente da categoria de conteúdo moral que Kohlberg considerou como a mais importante (i.e., elementos morais). Os 708 Juízos-Critério contidos no «Standard Issue Scoring Manual)) foram distribuídos pelos 9 est&dios estruturais, pelos 2 valores que podem ser escolhidos em qualquer dilema moral de Kohlberg, pelas 8 normas morais que os sujeitos podem invocar para a escolha de determinado valor, e pelos 4 tipos de elementos morais que os indivíduos podem referir como justificação final para a escolha de determinado valor e norma. Os dados deste estudo mostram que o último sistema de avaliação moral de Kohlberg não é verdadeiramente estrutural e, portanto, não confirmam a tese Kohlbergiana da completa independência entre estrutura e conteúdo. São finalmente discutidas as implicações teóricas e metodológicas destes dados.
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