Quadro anatomo-histopatológico e diagnóstico molecular da doença hemorrágica viral em coelho-bravo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/15206 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária |
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Quadro anatomo-histopatológico e diagnóstico molecular da doença hemorrágica viral em coelho-bravoRHDV2coelho-bravoOryctolagus cuniculuswild rabbitDissertação de Mestrado Integrado em Medicina VeterináriaO vírus da doença hemorrágica dos coelhos de tipo 2 (RHDV2) foi detetado em Portugal pela primeira vez, em 2012, e encontra-se atualmente disseminado em todo o território nacional incluindo Madeira, Açores e Berlengas. O papel ecológico e económico do coelho-bravo, aliado à sua importância para os níveis tróficos superiores, levou a que o Governo Português ativasse em 2017 um plano para controlo desta doença (Despacho 4757/2017 de 31 de Maio). Este trabalho teve como objetivo estabelecer padrões de lesão histopatológica nos principais órgãos afetados (fígado, pulmão, baço, duodeno, coração, entre outros) durante a infeção por RHDV2 e relacioná-los com os padrões de distribuição de cargas virais (medidos através dos valores de Cq obtidos por RT-qPCR) em sete matrizes (fígado, baço, duodeno, fezes, rim, pulmão e ventrículo esquerdo). Todos os coelhos-bravos investigados (n=49), foram obtidos no âmbito deste estudo, durante suspeitas de surtos de DHV, sendo oriundos de vários locais. No grupo dos animais não vacinados, o diagnóstico virológico e histopatológico raramente suscitou dúvidas e não foram encontradas lesões macro e microscópicas diferentes entre os coelhos jovens e os animais adultos. No entanto foi observada uma diminuição significativa das cargas virais nos órgãos dos animais vacinados para RHDV2 quando comparados com os animais não vacinados, tal como já descrito na literatura. Em alguns animais vacinados, foi difícil detetar o vírus por métodos moleculares apesar da presença de graves lesões histopatológicas compatíveis com DHV. No caso dos animais vacinados, a valores de Cq tendencialmente maiores, correspondeu uma menor prevalência do padrão lesional hepático mais grave. Contrariamente, nos animais não vacinados, foram encontrados valores de Cq tendencialmente mais baixos no fígado (maiores cargas virais), correspondendo a um padrão lesional mais grave. Os dados obtidos indicam também que o fígado não é o órgão de eleição para diagnóstico de RHDV2 em animais vacinados, já que o pulmão foi a matriz onde o vírus foi mais detetado. Curiosamente, o ventrículo esquerdo apresentou-se como a matriz com maior percentagem de positividade em todos os grupos pelo que a pertinência da sua utilização sistemática no diagnóstico molecular, deve ser investigada. Foi ainda realizada a pesquisa de RHDV2 em outras espécies simpátricas: lebre ibérica (n=2), toirão (n=1), texugo (n=1), sacarrabos (n=1), roedores (n=18), pardalcomum (n=1), insetos (n> 2568) e ixodídeos (n=28)). Foi detetado RNA viral no pulmão de um toirão, no fígado e ventrículo esquerdo de uma lebre, nas fezes do pardal comum, e em 3 famílias de insetos (Ceratopogonidae, Staphylinidae e Simuliidae). Este trabalho trouxe novos dados para a compreensão da interface patogenia-diagnóstico e para a compreensão da eco-epidemiologia da DHVABSTRACT - Anatomo-histopathological analysis and molecular diagnosis of Viral Haemorrhagic Disease in wild rabbit - Rabbit haemorrhagic disease virus 2 (RHDV2) was detected in Portugal for the first time in 2012. It is currently widespread in the continent and islands (Azores, Madeira and Berlengas). The ecological and economic role of the wild rabbit and its crucial importance for the higher trophic levels, led the Portuguese Government to activate, in 2017, an action plan to control this disease (Dispatch 4757/2017 of 31 May). This work aimed to establish patterns of histopathological lesions in the organs affected during infection (liver, lung, spleen, thymus, duodenum, heart among others) and to relate them to the viral load distribution patterns, measured by the Cq values obtained with a RHDV2-specific RT-qPCR, in seven biological matrices (liver, spleen, duodenum, faeces, kidney, lung and left ventricle). All the wild rabbits investigated (n = 49) were obtained within the scope of this study and originated from several locations (mainly two wild-rabbit farms with management conditions and different purposes) during suspected outbreaks of haemorrhagic viral disease. In the group of unvaccinated animals, the virological and histopathological diagnosis rarely raised doubts and no different macro and microscopic lesions were found between young rabbits and adult animals No differences in the macro and microscopic lesions were found between young and adult rabbits but a significant decrease in the viral loads of organs was observed in RHDV2 vaccinated rabbits, when compared to non-vaccinated rabbits, as described before in the literature. In some animals that had been vaccinated, it was difficult to detect the virus by molecular methods, although severe histopathological lesions were identified. For the vaccinated group, the increase in the Cq values tended to be accompanied by a more variable lesional pattern, with the more severe ones being less prevalent. In the liver of nonvaccinated rabbits, for example, as Cq values decreased (corresponding to higher viral charges), more severe lesional patterns were observed. Our data indicate that the liver is not the organ of choice for RHDV2 molecular diagnosis in vaccinated animals, since the virus was more often detected in the lungs. Interestingly, the left ventricle showed the highest percentage of positivity in all groups, so the relevance of its systematic use for diagnosis should be considered and investigated. RHDV2 was also investigated in other sympatric species, such as Iberian hare (n=2), toad (n=1), badger (n=1), rodents (n=18), common sparrow (n=1), insects (n>2568) and ixodids (n=38). Viral RNA was detected in the lung of a toad, in the liver and heart of a hare in the faeces of the common sparrow, and in 3 families of insects (Ceratopogonidae, Staphylinidae and Simuliidae). This work brought new insights to the pathogeny-diagnosis interface and to the comprehension of the disease eco-epidemiology.Financiado por: Fundo Florestal PermanenteUniversidade de Lisboa, Faculdade de Medicina VeterináriaPeleteiro, Maria da Conceição da Cunha e VasconcelosDuarte, Maria Margarida Nunes da Rosa DiasRepositório da Universidade de LisboaSantos, Fábio Alexandre Abade dos2019-03-20T01:30:14Z2018-03-232018-03-23T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/15206TID:202099741porSantos, F.A.A. (2018). Quadro anatomo-histopatológico e diagnóstico molecular da doença hemorrágica viral em coelho-bravo. Dissertação de mestrado. Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária, Lisboa.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:45:11Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/15206Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:00:55.331426Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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