Follow-up da dor pós-operatória em utentes submetidos a cirurgia de ambulatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lobão, Vânia Teresa Lima Fernandes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2553
Resumo: A dor é o sintoma pós-operatório mais frequentemente referido, sendo a primeira causa de admissão e de readmissão após cirurgia de ambulatório (Sarmento [et al.], 2013). O controlo e a avaliação deste fenómeno são um dever dos profissionais de saúde e, concomitantemente, um direito dos utentes. Esta investigaçãovisou realizar o follow-up da dor pós-operatória em utentes submetidos a cirurgia de ambulatório e procurou responder à questão: Qual a intensidade de dor pós-operatória, nas primeiras 24 horas, em utentes submetidos a cirurgia geral, cujo objetivo geral é monitorizar o nível de dor pós-operatória, nas primeiras 24 horas, em utentes submetidos a cirurgia geral. Seguindo-se uma abordagem quantitativa, realizou-se um estudo correlacional e retrospetivo, no qual participaram 257 utentes submetidos a cirurgia geral, no serviço de cirurgia de ambulatório de um hospital do norte de Portugal. O instrumento de recolha de dados foi o questionário de follow-up realizado no SCA e no qual é utilizada a EN – Escala Numérica– como instrumento de avaliação da dor, recorrendo-se ao SPSS para o tratamento e análise estatística dos dados. Os resultados indicaram que cirurgias como hernioplastias da parede abdominal, cirurgia da mama, hemorroidectomia e colecistectomia laparoscópica são as mais prevalecentes, ao contrário da exérese de quisto sacrococcígeo e lipomas, colocação de cateter peritoneal e de fistulotomia anal. Verificou-se que quase 60% revelou ausência de dor e 22% indicou um nível 2 de dor. Não se encontrou uma relação linear entre a idade e o nível de dor, assim como em relação ao tipo de anestesia. Quanto ao género, os resultados indicaram que o nível de dor é significativamente superior nas mulheres e relativamente à adesão terapêutica constatou-se que o nível de dor é maior nos participantes que aderiram às medidas terapêuticas prescritas nomeadamente à respetiva toma de medicação. Assim, concluiu-se que a idade não interfere no nível de dor, contrariamente ao género; a adesão às medidas terapêuticas interfere no nível de dor, considerando que o nível de dor de quem aderiu às medidas terapêuticas prescritas é significativamente superior, e o tipo de anestesia não interfere no nível de dor. Concluiu-se, também, que é necessário identificar os preditores associados à dor no pós-operatório, pois permitirá uma intervenção mais eficaz e uma melhor gestão da mesma em função do tipo de cirurgia.
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Seguindo-se uma abordagem quantitativa, realizou-se um estudo correlacional e retrospetivo, no qual participaram 257 utentes submetidos a cirurgia geral, no serviço de cirurgia de ambulatório de um hospital do norte de Portugal. O instrumento de recolha de dados foi o questionário de follow-up realizado no SCA e no qual é utilizada a EN – Escala Numérica– como instrumento de avaliação da dor, recorrendo-se ao SPSS para o tratamento e análise estatística dos dados. Os resultados indicaram que cirurgias como hernioplastias da parede abdominal, cirurgia da mama, hemorroidectomia e colecistectomia laparoscópica são as mais prevalecentes, ao contrário da exérese de quisto sacrococcígeo e lipomas, colocação de cateter peritoneal e de fistulotomia anal. Verificou-se que quase 60% revelou ausência de dor e 22% indicou um nível 2 de dor. Não se encontrou uma relação linear entre a idade e o nível de dor, assim como em relação ao tipo de anestesia. Quanto ao género, os resultados indicaram que o nível de dor é significativamente superior nas mulheres e relativamente à adesão terapêutica constatou-se que o nível de dor é maior nos participantes que aderiram às medidas terapêuticas prescritas nomeadamente à respetiva toma de medicação. Assim, concluiu-se que a idade não interfere no nível de dor, contrariamente ao género; a adesão às medidas terapêuticas interfere no nível de dor, considerando que o nível de dor de quem aderiu às medidas terapêuticas prescritas é significativamente superior, e o tipo de anestesia não interfere no nível de dor. Concluiu-se, também, que é necessário identificar os preditores associados à dor no pós-operatório, pois permitirá uma intervenção mais eficaz e uma melhor gestão da mesma em função do tipo de cirurgia.Pain is the most frequently reported postoperative symptom, being the first cause of admission and readmission after outpatient surgery (Sarmento [et al.], 2013). The control and evaluation of this phenomenon are a duty of health professionals and, at the same time, a right of users. This investigation aimedto follow-up post-operative pain in users undergoing outpatient surgery and sought to answer the question: What is the intensity of postoperative pain, in the first 24 hours, in users undergoing general surgery, whose general objective is to monitor the level of post-operative pain in the first 24 hours, in users undergoing general surgery.Following a quantitative approach, a correlational and retrospective study was conducted, in which 257 users submitted to general surgery from the outpatient surgery service of a hospital in northern Portugal participated. The data collection instrument was the follow-up questionnaire carried out at the SCA and in which the NS - Numerical Scale –is used as a pain assessment tool, using the SPSS for the treatment and statistical analysis of the data. The results indicated that surgeries such as abdominal wall hernioplasties, breastsurgery, hemorrhoidectomy and laparoscopic cholecystectomy are the most prevalent, unlike sacrococcygeal cyst exeresis and lipomas, peritoneal catheter placement and anal fistulotomy. It was found that almost 60% revealed no pain and 22% indicated a level 2 of pain. There was no linear relationship between age and pain level, as well as in relation to the type of anesthesia. Regarding gender, the results indicated that the level of pain is significantly higher in women and in relation to therapeutic adherence it was found that the level of pain is higher in the participants who adhered to the therapeutic measures prescribed, in particulartheirmedication. Thus, it was concluded that age does not interfere in the level of pain, unlike gender; the prescribed therapeuticmeasures interferes with the level of pain, considering that the pain level of those who adhered to the prescribed therapeuticmeasures is significantly higher, and the type of anesthesia does not interfere with the level of pain. It was also concluded that it is necessary to identify the predictors associated with pain in the postoperative period, as it will allow a more effective intervention and better managementof it depending on the type of surgery.2021-07-05T09:45:01Z2021-06-04T00:00:00Z2021-06-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2553TID:202736458porLobão, Vânia Teresa Lima Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:35:15Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2553Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:20.564351Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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