A aliança entre a ciência e a teatro no 1º Ciclo do Ensino Básico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/9007 |
Resumo: | Com este estudo que se apresenta pretende-se potenciar a emergência de práticas inter e multidisciplinares no interior do 1º Ciclo do Ensino Básico, num processo que será suportado pela estruturação de projectos e de práticas que, tendo a ciência como temática central, utilizam o teatro como instrumento de descoberta e apropriação de uma forma de pensar complexa e global. E porquê? Num tempo em que o saber é cada vez mais compartimentado e especializado, o que nos impede de ter uma visão global e complexa da realidade, é urgente que a escola se assuma como o espaço privilegiado da emergência de práticas e projectos que contribuam para combater essa especialização e compartimentação dominantes. Neste combate, o 1º Ciclo do Ensino Básico pode e deve assumir um papel determinante pois é o nível de ensino que tem condições de trabalho ideais para que esses projectos possam emergir, professor único, trabalho de equipa, áreas interdisciplinares, ligação à comunidade, etc. E como propomos fazê-lo? Partindo do acompanhamento e análise de um projecto multidisciplinar que aliou a ciência com o teatro e que estava integrado no trabalho de seminário do plano Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da Universidade de Aveiro. Queríamos com este projecto perceber o modo como os formandos estavam capacitados para a concretização de projectos multidisciplinares, e, ao mesmo tempo, saber se os constrangimentos e as dificuldades surgidas eram resultantes de falhas ou ausências na sua formação inicial ou são resultantes da complexidade do próprio projecto e/ou da sua aplicação na escola onde intervinham. Para a construção de um objecto teatral com uma forte temática científica, partiu-se da peça “O Homem que via passar as estrelas” da autoria de Luís Mourão, tendo-se construído o espectáculo “RPIP – Reunião de Professores que interpretam planetas”, espectáculo que actualmente está a ser apresentado na Fábrica da Ciência Viva da Universidade de Aveiro, estrutura com quem nos viemos a relacionar na fase final do projecto e cuja participação veio alargar o âmbito deste trabalho para a dimensão das estruturas de formação exteriores à escola. Neste estudo, que decorreu em duas fases, uma durante o ano lectivo de 2003/2004 e a outra no ano lectivo seguinte, optou-se pela utilização de uma metodologia de recolha de dados capaz de descrever e interpretar todo o processo de construção do grupo, da participação de outros intervenientes, de implementação do projecto, tendo-se recorrido a diversos instrumentos, nomeadamente: o dossier de grupo, reflexões individuais, notas de campo, entrevistas criativas, fotografias descritivas. Com esta investigação pretendeuse conhecer uma área com escassos estudos desta natureza, onde se procura compreender e projectar as potencialidades de um trabalho que ligue a Ciência e o Teatro no ensino, especificamente no contexto do 1º ciclo do CEB. |
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A aliança entre a ciência e a teatro no 1º Ciclo do Ensino BásicoEnsino das ciências - Ensino básico 1º cicloInterdisciplinaridade - Ensino básico 1º cicloFormação de professores - Ensino básico 1º cicloEducação não formalCom este estudo que se apresenta pretende-se potenciar a emergência de práticas inter e multidisciplinares no interior do 1º Ciclo do Ensino Básico, num processo que será suportado pela estruturação de projectos e de práticas que, tendo a ciência como temática central, utilizam o teatro como instrumento de descoberta e apropriação de uma forma de pensar complexa e global. E porquê? Num tempo em que o saber é cada vez mais compartimentado e especializado, o que nos impede de ter uma visão global e complexa da realidade, é urgente que a escola se assuma como o espaço privilegiado da emergência de práticas e projectos que contribuam para combater essa especialização e compartimentação dominantes. Neste combate, o 1º Ciclo do Ensino Básico pode e deve assumir um papel determinante pois é o nível de ensino que tem condições de trabalho ideais para que esses projectos possam emergir, professor único, trabalho de equipa, áreas interdisciplinares, ligação à comunidade, etc. E como propomos fazê-lo? Partindo do acompanhamento e análise de um projecto multidisciplinar que aliou a ciência com o teatro e que estava integrado no trabalho de seminário do plano Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da Universidade de Aveiro. Queríamos com este projecto perceber o modo como os formandos estavam capacitados para a concretização de projectos multidisciplinares, e, ao mesmo tempo, saber se os constrangimentos e as dificuldades surgidas eram resultantes de falhas ou ausências na sua formação inicial ou são resultantes da complexidade do próprio projecto e/ou da sua aplicação na escola onde intervinham. Para a construção de um objecto teatral com uma forte temática científica, partiu-se da peça “O Homem que via passar as estrelas” da autoria de Luís Mourão, tendo-se construído o espectáculo “RPIP – Reunião de Professores que interpretam planetas”, espectáculo que actualmente está a ser apresentado na Fábrica da Ciência Viva da Universidade de Aveiro, estrutura com quem nos viemos a relacionar na fase final do projecto e cuja participação veio alargar o âmbito deste trabalho para a dimensão das estruturas de formação exteriores à escola. Neste estudo, que decorreu em duas fases, uma durante o ano lectivo de 2003/2004 e a outra no ano lectivo seguinte, optou-se pela utilização de uma metodologia de recolha de dados capaz de descrever e interpretar todo o processo de construção do grupo, da participação de outros intervenientes, de implementação do projecto, tendo-se recorrido a diversos instrumentos, nomeadamente: o dossier de grupo, reflexões individuais, notas de campo, entrevistas criativas, fotografias descritivas. Com esta investigação pretendeuse conhecer uma área com escassos estudos desta natureza, onde se procura compreender e projectar as potencialidades de um trabalho que ligue a Ciência e o Teatro no ensino, especificamente no contexto do 1º ciclo do CEB.This study, situated within the first cycle of compulsory Portuguese education, hopes to outline the appearance of inter and multi disciplinary practices in a process which is supported by the structuring of projects and practices using theatre as the instrument and science as a central theme. Why? At a time when knowledge is becoming compartmentalised and specialized, stopping us from holding a global and more complex vision of reality, it is urgent that schools become a privileged space, allowing for the emergence of practices which contest the domination of specialization and compartmentalization. The first cycle of Portuguese compulsory education can, and should, take on a determining role: it is after all this level of education that provides the conditions and the ideas for projects of this type to emerge – a single generalist teacher, team work, interdisciplinary and community work etc. And how do we propose to do this? This study arose from working with and analysing a multidisciplinary project uniting science and theatre, which was, integrated in seminary task within preservice training of first cycle teachers at the University of Aveiro. With this project it was hoped that a better understanding would develop towards the way in which trainees were able to substantiate multidisciplinary projects. At the same time there was a need to understand the constraints and clarify whether subsequent difficulties encountered were due to lacunas in initial training, were a direct result of the complexity of the project and / or were due to their application in the school they were training in. To provide a theatrical support with a strong scientific theme the project used the play “O Homem que via passar as estrelas” by Luís Mourão. An adapted version was constructed called “RPIP – Reunião de Professores que interpretam planetas”, a performance which at this moment is being presented at the Fábrica da Ciência Viva da Universidade de Aveiro, an institution which we began working with towards the final phase of the project. The study ran in two phases; phase one during the academic year 2003 / 2004 and phase two during 2004 / 2005. A data collecting methodology, which enabled the researchers to describe and interpret the complete process, was chosen focussing on the group make up, the participation of other mediators and the implementation of the project. Diverse instruments were used, including a group dossier, individual reflexions, field notes, creative interviews and descriptive photographs. It is hoped that this study will bring to light an area, which until now has been sparsely researched.Universidade de Aveiro2012-09-10T14:01:29Z2005-01-01T00:00:00Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/9007porMarques, Maria Augusta Pereirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:15:23Zoai:ria.ua.pt:10773/9007Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:58.510321Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Com este estudo que se apresenta pretende-se potenciar a emergência de práticas inter e multidisciplinares no interior do 1º Ciclo do Ensino Básico, num processo que será suportado pela estruturação de projectos e de práticas que, tendo a ciência como temática central, utilizam o teatro como instrumento de descoberta e apropriação de uma forma de pensar complexa e global. E porquê? Num tempo em que o saber é cada vez mais compartimentado e especializado, o que nos impede de ter uma visão global e complexa da realidade, é urgente que a escola se assuma como o espaço privilegiado da emergência de práticas e projectos que contribuam para combater essa especialização e compartimentação dominantes. Neste combate, o 1º Ciclo do Ensino Básico pode e deve assumir um papel determinante pois é o nível de ensino que tem condições de trabalho ideais para que esses projectos possam emergir, professor único, trabalho de equipa, áreas interdisciplinares, ligação à comunidade, etc. E como propomos fazê-lo? Partindo do acompanhamento e análise de um projecto multidisciplinar que aliou a ciência com o teatro e que estava integrado no trabalho de seminário do plano Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da Universidade de Aveiro. Queríamos com este projecto perceber o modo como os formandos estavam capacitados para a concretização de projectos multidisciplinares, e, ao mesmo tempo, saber se os constrangimentos e as dificuldades surgidas eram resultantes de falhas ou ausências na sua formação inicial ou são resultantes da complexidade do próprio projecto e/ou da sua aplicação na escola onde intervinham. Para a construção de um objecto teatral com uma forte temática científica, partiu-se da peça “O Homem que via passar as estrelas” da autoria de Luís Mourão, tendo-se construído o espectáculo “RPIP – Reunião de Professores que interpretam planetas”, espectáculo que actualmente está a ser apresentado na Fábrica da Ciência Viva da Universidade de Aveiro, estrutura com quem nos viemos a relacionar na fase final do projecto e cuja participação veio alargar o âmbito deste trabalho para a dimensão das estruturas de formação exteriores à escola. Neste estudo, que decorreu em duas fases, uma durante o ano lectivo de 2003/2004 e a outra no ano lectivo seguinte, optou-se pela utilização de uma metodologia de recolha de dados capaz de descrever e interpretar todo o processo de construção do grupo, da participação de outros intervenientes, de implementação do projecto, tendo-se recorrido a diversos instrumentos, nomeadamente: o dossier de grupo, reflexões individuais, notas de campo, entrevistas criativas, fotografias descritivas. Com esta investigação pretendeuse conhecer uma área com escassos estudos desta natureza, onde se procura compreender e projectar as potencialidades de um trabalho que ligue a Ciência e o Teatro no ensino, especificamente no contexto do 1º ciclo do CEB. |
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