Pharmaceutical valorization of tomato processing industry by-products
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/52505 |
Resumo: | O potencial para a valorização dos desperdicíos decorrentes da indústria de produção e processamento do tomate é incontestável. A indústria do tomate debate-se com grandes perdas de matéria-prima. Decorridas da sobreprodução e/ou durante o processamento, estas perdas resultam em prejuízo enconómico e eventualmente em risco ambiental, caso não sejam descartadas corretamente. Atualmente, muitos destes resíduos são destruídos, em alguns casos utilizados para fortificar rações animais ou descartados no meio ambiente. Embora estes resíduos não sejam ainda considerados como uma matéria-prima, inúmeras pesquisas ilustram aplicações inovadoras e lucrativas em relação aos mesmos. Estes resíduos comummente denominados por “bagaço de tomate” (sementes, casca e tecido vascular residual) são abundantes numa variedade de compostos bioativos. O licopeno, a vitamina C, o β-caroteno, os compostos fenólicos, o tocoferol, o zinco, entre outros, são alguns dos bioativos aqui discutidos. Muitos destes compostos são antioxidantes potentes capazes de modular o sistema imunitário. Além disso, estes compostos exibem excelentes propriedades anti-inflamatórias e de eliminação de radicais livres, tendo esta temática vindo a destacar-se ao longo dos anos uma vez que o stress oxidativo parece estar no cerne do desenvolvimento da maioria das doenças e no processo de envelhecimento. Consequentemente, tem-se verificado a convergência entre a indústria alimentar e farmacêutica e, mais recentemente, com a indústria cosmética explorando-se possíveis aplicações de ingredientes naturais extraídos de produtos alimentares tal como os seus efeitos fisiológicos e farmacológicos. A aplicação dos resíduos alimentares do tomate na indústria cosmética surge assim como um conceito inovador. No passado, os cuidados/tratamentos dermatológicos estavam exclusivamente associados a formulações de aplicação tópica e só mais recentemente, vários estudos têm defendido a importância de tratar a pele de “dentro para fora”. Os efeitos do processamento na qualidade dos resíduos e eventuais aplicações foram cuidadosamente analisados e descritos ao longo da presente monografia. A possível aplicação destes compostos bioactivos na suplementação e em formulações tópicas, bem como aplicações inovadoras dos resíduos do tomate foram também exploradas. Em conclusão, as indústrias do tomate dispõem de uma grande oportunidade uma vez que produzem resíduos abundantes em princípios ativos com interesse para o desenvolvimento de formulações tópicas e orais. Assim, ao atuar em ambos os sentidos (via tópica e oral), é esperado um efeito sinérgico com resultados mais positivos para a pele e a saúde em geral. |
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Pharmaceutical valorization of tomato processing industry by-productsTomatoTomato processing industryTomato waste/ pomace valorizationBioactive compoundsHealth and skin careMestrado integrado - 2020Ciências da SaúdeO potencial para a valorização dos desperdicíos decorrentes da indústria de produção e processamento do tomate é incontestável. A indústria do tomate debate-se com grandes perdas de matéria-prima. Decorridas da sobreprodução e/ou durante o processamento, estas perdas resultam em prejuízo enconómico e eventualmente em risco ambiental, caso não sejam descartadas corretamente. Atualmente, muitos destes resíduos são destruídos, em alguns casos utilizados para fortificar rações animais ou descartados no meio ambiente. Embora estes resíduos não sejam ainda considerados como uma matéria-prima, inúmeras pesquisas ilustram aplicações inovadoras e lucrativas em relação aos mesmos. Estes resíduos comummente denominados por “bagaço de tomate” (sementes, casca e tecido vascular residual) são abundantes numa variedade de compostos bioativos. O licopeno, a vitamina C, o β-caroteno, os compostos fenólicos, o tocoferol, o zinco, entre outros, são alguns dos bioativos aqui discutidos. Muitos destes compostos são antioxidantes potentes capazes de modular o sistema imunitário. Além disso, estes compostos exibem excelentes propriedades anti-inflamatórias e de eliminação de radicais livres, tendo esta temática vindo a destacar-se ao longo dos anos uma vez que o stress oxidativo parece estar no cerne do desenvolvimento da maioria das doenças e no processo de envelhecimento. Consequentemente, tem-se verificado a convergência entre a indústria alimentar e farmacêutica e, mais recentemente, com a indústria cosmética explorando-se possíveis aplicações de ingredientes naturais extraídos de produtos alimentares tal como os seus efeitos fisiológicos e farmacológicos. A aplicação dos resíduos alimentares do tomate na indústria cosmética surge assim como um conceito inovador. No passado, os cuidados/tratamentos dermatológicos estavam exclusivamente associados a formulações de aplicação tópica e só mais recentemente, vários estudos têm defendido a importância de tratar a pele de “dentro para fora”. Os efeitos do processamento na qualidade dos resíduos e eventuais aplicações foram cuidadosamente analisados e descritos ao longo da presente monografia. A possível aplicação destes compostos bioactivos na suplementação e em formulações tópicas, bem como aplicações inovadoras dos resíduos do tomate foram também exploradas. Em conclusão, as indústrias do tomate dispõem de uma grande oportunidade uma vez que produzem resíduos abundantes em princípios ativos com interesse para o desenvolvimento de formulações tópicas e orais. Assim, ao atuar em ambos os sentidos (via tópica e oral), é esperado um efeito sinérgico com resultados mais positivos para a pele e a saúde em geral.Tomato producing and processing industries present an undoubted potential for industrial waste valorization whether due to the overproduction of fresh tomatoes or to the loss during processing. These product losses may result in economic causalities and eventually constitute an environmental hazard. Most of the industrial waste is destroyed, used in animal rations, or released to the environment. Although tomato waste is not yet considered as a raw material, several studies have suggested innovative and profitable applications. It is often referred as “tomato pomace” (seeds, peel, and residual tomato tissue) quite rich in a variety of bioactive compounds. Lycopene, vitamin C, β-carotene, phenolic compounds, tocopherol, zinc, among others, are some of the bioactives here discussed. Many of these compounds are powerful antioxidants with great scavenging and anti-inflammatory properties besides modulating the immune system. In fact, the oxidative stress appears to be at the core of most illnesses and the aging process. Over the years, the tendency has been the convergence between the food and pharmaceutical industries, and more recently, the cosmetic industry. Several researchers have focused the possible application of natural ingredients, especially those extracted from foods, and their physiological and pharmacological effects. The application of tomato pomace in the cosmetic industry is a novel concept. In the past, skin care was exclusively associated with the application of topical formulations whereas recent reports have claimed the importance of skin care from an inside - out point of view. Herein, the effects of processing and further applications of the bioactive compounds present in tomato waste were carefully reviewed. Topical and oral supplementation of these active ingredients and possible innovative usage of tomato waste were explored as well. In conclusion, there is a huge opportunity for industries to create profitable and innovative applications for tomato waste which is plentiful in active ingredients for both topical and oral formulations. A synergistic and positive outcome will certainly be obtained on health and skin care context.Com o patrocínio da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.Ascenso, Andreia Patrícia HenriquesRepositório da Universidade de LisboaLaranjeira, Tânia Pereira2022-04-21T13:14:28Z2020-11-242020-11-022020-11-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/52505TID:202681530enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:57:45Zoai:repositorio.ul.pt:10451/52505Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:36.223170Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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