O prolongamento da transição para a idade adulta e o conceito de adultez emergente : Especificidades do contexto português e brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/3336 |
Resumo: | A diminuição da regulação normativa das trajectórias de transição para a vida adulta, nas sociedades da modernidade tardia, favoreceu o prolongamento da condição juvenil até ao final da terceira década de vida e a progressiva privatização e flexibilização dos percursos biográficos. As novas características das sociedades pós-industriais levaram à definição de novos conceitos e perspectivas no âmbito da Psicologia do Desenvolvimento, das quais se destaca a teoria da adultez emergente. Neste artigo discute-se a pertinência e a utilidade do conceito de idade adulta emergente enquanto período de desenvolvimento, interpretando-o à luz das dinâmicas de interacção entre agência individual e as condições que configuram a estrutura de oportunidades, para uma melhor compreensão do estatuto dos jovens na sociedade contemporânea. Procura-se, ainda, analisar a aplicabilidade das novas perspectivas de transição para a vida adulta ao contexto português, considerando que este período de exploração e experimentação é vivido pela maioria dos jovens no seio da família de origem, principal fonte de apoio num clima de crescente precariedade. Finalmente, estabelece-se uma comparação com a realidade brasileira, explorando semelhanças e diferenças entre os dois países. |
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O prolongamento da transição para a idade adulta e o conceito de adultez emergente : Especificidades do contexto português e brasileiroBrasilIdade adulta emergentePortugalTransição para a vida adultaEmerging adulthoodTransition to adulthoodA diminuição da regulação normativa das trajectórias de transição para a vida adulta, nas sociedades da modernidade tardia, favoreceu o prolongamento da condição juvenil até ao final da terceira década de vida e a progressiva privatização e flexibilização dos percursos biográficos. As novas características das sociedades pós-industriais levaram à definição de novos conceitos e perspectivas no âmbito da Psicologia do Desenvolvimento, das quais se destaca a teoria da adultez emergente. Neste artigo discute-se a pertinência e a utilidade do conceito de idade adulta emergente enquanto período de desenvolvimento, interpretando-o à luz das dinâmicas de interacção entre agência individual e as condições que configuram a estrutura de oportunidades, para uma melhor compreensão do estatuto dos jovens na sociedade contemporânea. Procura-se, ainda, analisar a aplicabilidade das novas perspectivas de transição para a vida adulta ao contexto português, considerando que este período de exploração e experimentação é vivido pela maioria dos jovens no seio da família de origem, principal fonte de apoio num clima de crescente precariedade. Finalmente, estabelece-se uma comparação com a realidade brasileira, explorando semelhanças e diferenças entre os dois países.ABSTRACT: In late modern societies, the normative regulation of life courses in the transition to adulthood has become more lenient, delaying the fulfillment of adult roles up to the end of the third decade of life, and thus creating the conditions for more flexible and private life trajectories. The transformations occurred in post-industrial societies lead to the emergence of new concepts and theories in the realm of Developmental Psychology, from which we selected the theory of emerging adulthood for further exploration and discussion. In this article, the importance and utility of emerging adulthood as a new developmental period is discussed, considering the dynamic interactions between personal agency and the macro-structures that allow a better understanding of young people’s status in post-modern societies. The characteristics of this theory are also explored in the light of Portuguese society, since emerging adulthood is mainly experienced inside the parental home, as family is the main source of support in an increasingly precarious environment. Finally, a comparison between the Portuguese and Brazilian reality is established, discussing the similarities and differences between both countries.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPABrandão, TâniaSaraiva, LuísaMatos, Paula Mena2015-01-24T10:23:14Z2012-01-01T00:00:00Z2012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/3336porAnálise Psicológica, 30, 301-3130870-8231info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:39:12Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/3336Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:21:15.759237Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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