Pictogramas: uma ferramenta na terapêutica do idoso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/3178 |
Resumo: | Introdução: O crescimento da população de idosos é um fenómeno mundial e segundo dados da Organização Mundial de saúde (OMS, 2010), Portugal é o 8º País com maior percentagem de pessoas com mais de 60 anos. Com o envelhecimento surgem várias doenças crónicas e a necessidade de tomar medicamentos, o que, para alguns idosos é uma tarefa difícil dada a grande prevalência de analfabetismo e a dificuldade de interpretação das recomendações para uma correcta utilização dos medicamentos. De entre os vários instrumentos disponíveis para facilitar a interpretação e aplicação da informação surgem os pictogramas como sendo instrumentos com ilustrações de fácil compreensão e que parecem ter boa aplicabilidade na clínica. Objectivo: Neste estudo pretendemos avaliar as dificuldades associadas à toma de medicamentos por parte dos idosos utentes de farmácias comunitárias e identificar soluções através da utilização de diferentes tipos de pictogramas. Métodos: Estudo observacional transversal e descritivo, cuja metodologia consistiu na aplicação de um questionário através de entrevista estruturada a indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, durante o período de Novembro de 2011 a Janeiro de 2012, recrutados de forma aleatória de entre os clientes de farmácias pertencentes aos concelhos da Guarda, Ovar e Viseu. Resultados: Foram inquiridos 182 idosos, dos quais 52 % são do género feminino e 48 % do género masculino, a maioria sabia ler e escrever e frequentou a escola apenas durante 4 anos. Cerca de 36 % dos idosos refere identificar os seus medicamentos pelo aspeto, tamanho e cor da embalagem. Aproximadamente 23% dizem que só às vezes se lembram do aconselhamento feito na farmácia relativamente à toma dos seus medicamentos, sendo que 3,2% dizem nunca se lembrarem. Dos diferentes pictogramas apresentados para identificação, verificou-se que uma percentagem elevada de idosos não conseguiu identificar, ou, identificou mal. Conclusão: Verifica-se que, na população em estudo há dificuldades em memorizar a informação relativamente à toma de medicamentos. Os pictogramas são instrumentos curtos e simples que entendíamos poder ser aplicados na assistência a idosos. Ainda, por conter ilustrações, o seu uso pode ser vantajoso em indivíduos com baixa escolaridade. No entanto, os resultados do presente estudo demonstraram que nem sempre a simbologia utilizada através de pictogramas é interpretada de forma adequada pelos idosos, sugerindo a importância de elaboração de símbolos tendo em conta os conhecimentos e percepções do idoso. |
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