Energia e Ambiente: perspetivas atuais: Energy and Environment: current perspectives

• Autor(a) principal: Oliveira, Gisela
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Lemos de Sousa, M. J.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/7815
• topic: Energia; Sustentabilidade; Recursos energéticos; Ambiente; Combustíveis fósseis; Produção e consumo

O mundo está em constante mudança: é algo natural e expectável. Com a recente crise económica e financeira mundial, de evolução e dimensões sem precedentes, as mudanças verificadas tomaram nova importância em várias vertentes da sociedade e até da vida pessoal, tornam-se urgentes adaptações, novos comportamentos e mudanças de mentalidade. A atual crise deu maior ênfase à importância da energia como motor de desenvolvimento e como pilar de sustentação do mundo industrializado. A variação do preço dos combustíveis e os seus efeitos sobre o preço de outros bens e sobre a economia em geral, é notícia de destaque frequente nos meios de comunicação social. Por agora, os problemas relacionados com a energia, pelo menos ao nível de Portugal e da União Europeia, estão ainda longe de serem afetados por escassez de meios, de recursos ou até de matéria-prima, no entanto, tarda a consciencialização que existem limites para o crescimento e que terminou a época de disponibilidade de energia barata a que nos habituámos durante o século XX. Assim, urge também mudar mentalidades e comportamentos no que se refere ao modo como se fornece, distribui e, principalmente, se utiliza a energia, não apenas ao nível dos que atuam como gestores e decisores técnicos, políticos ou económicos, mas também ao nível individual. Apesar do impacto mediático de algumas crises energéticas mundiais verificadas no século passado e que causaram fortes restrições ao consumo, a convicção generalizada da existência de abundância de recursos e meios energéticos, criou oportunidades para o uso displicente e até para o desperdício, do bem precioso que constitui a energia. A utilização da energia, em nome do bem-estar pessoal, do progresso tecnológico e do desenvolvimento económico, não pode ser feita a todo o custo: tem que ser racional, sustentada e equilibrada com o meio ambiente.