Crenças acerca da medicação e adesão terapêutica em utentes hipertensos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, António
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Cunha, Madalena, Ribeiro, Olivério, Albuquerque, Carlos, Andrade, Ana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4575
Resumo: INTRODUÇÃO A hipertensão artérias (HTA) é o fator de risco mais prevalente na população portuguesa e como doença crónica que é, necessita da terapêutica e vigilância continuada no tempo, sendo importante não esquecer que a interrupção da terapêutica, absoluta ou intermitente, pode associar-se a um agravamento da situação clínica. O fenómeno da adesão ao tratamento é motivo de preocupação por parte da comunidade científica, sendo considerado como um problema mundial de elevada magnitude. As implicações são de grande relevância na morbilidade e mortalidade e no significativo aumento do consumo de cuidados de saúde e dos custos para o sistema de saúde. OBJETIVO Pretende-se avaliar a adesão ao tratamento e relacionar as crenças acerca dos medicamentos com a adesão ao tratamento. MÉTODOS Estudo, de carácter observacional e transversal, realizado com 119 utentes com diagnóstico médico de HTA há pelo menos um ano. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário (caracterização sociodemográfica, Medida de Adesão aos Tratamentos e Crenças acerca dos Fármacos) autoaplicado aos indivíduos que se encontravam no momento a frequentar a consulta nos cuidados de saúde primários. O protocolo de pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética. A análise estatística foi processada através do programa SPSS versão 20.0 com utilização de testes paramétricos e não paramétricos consoante as variáveis do estudo apresentavam ou não uma distribuição normal. RESULTADOS Os doentes apresentaram uma média de idade de 64,2 anos± 11,1 anos, 54,6% eram do sexo masculino, 81,50% eram “casados”, 66,4% tinham escolaridade até ao “4º ano”, 63%, residiam na “aldeia”, 50,2% eram “reformados”, 48,7% auferiam um rendimento até um “ordenado mínimo” e 10,9% referiram ter grandes dificuldades económicas. Clinicamente 23,5% dos hipertensos apresentaram TA não controlada (≥ 140/90 mmHg). A prevalecia da adesão do hipertenso foi de 51,3%. A forte crença nas necessidades específicas da medicação prescrita, revelou-se pedidora da adesão à medicação. CONCLUSÕES Os resultados são consistentes com estudos anteriores, em que os indivíduos com crenças mais elevadas nas necessidades específicas da medicação prescrita, registaram maior taxa de adesão à medicação.
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