Sexualidade na terceira idade: perceções sobre a (in)satisfação sexual em mulheres idosas portuguesas e brasileiras

• Autor(a) principal: Candido, Adriana Silveira Gomes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33077
• topic: Sexualidade; Terceira idade; Mulheres idosas; Envelhecimento ativo

Introdução: As premissas do envelhecimento ativo, em consonância com o aumento da expetativa de vida da população mundial, tem evidenciado uma necessária abordagem integral e multidimensional do sujeito, englobando a componente social, mental, física e também, sexual. Objetivo: Este é um estudo empírico do tipo observacional, transversal e descritivo, com abordagem qualitativa e que teve como objetivo caracterizar as narrativas sobre a sexualidade e a (in)satisfação sexual na terceira idade de três mulheres idosas portuguesas e de três mulheres idosas brasileiras. Metodologia: Os dados foram recolhidos através de uma entrevista semiestruturada em grupo, presencial, recorrendo-se à análise de conteúdo com apoio do software webQDA. Resultados: Quanto aos dados sociodemográficos, a média de idade das participantes foi de 69 anos, 50% eram casadas, 33% viúvas e 17% divorciadas. Todas as participantes tinham uma vida ativa e autónoma. Foram identificadas 8 dimensões, com as respetivas categorias e subcategorias e verificaram-se diferenças significativas quanto à (in)satisfação sexual nas variáveis sociodemográficas ‘nacionalidade’ e ‘estado civil’. Conclusão: As referências de satisfação e de insatisfação nas participantes do presente estudo foram muito equilibradas. No que diz respeito à satisfação sexual, os relatos estavam relacionados com o bem-estar físico e emocional das participantes, com a sua relação, e com opções individuais quanto à sexualidade como a masturbação e o desejo de experimentar novas experiências. Em relação à insatisfação, esta surgiu associada a uma vida sexual não ativa, muito devida a traumas de relacionamentos passados que impedem a criação de novos laços afetivos ou ainda devido a doenças e falta de atividade sexual por parte dos parceiros. Conclui-se que é necessário aprofundar esta temática de maneira a possibilitar uma melhor promoção e intervenção quanto à sexualidade das mulheres idosas e suas vivências.