A Luta Continua em Uganda: Um Estudo sobre Autorregulação de Kuchus em Espaços On-line
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/95510 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Antropologia Social e Cultural apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia |
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A Luta Continua em Uganda: Um Estudo sobre Autorregulação de Kuchus em Espaços On-lineThe Struggle Continues in Uganda: A Study on Kuchus Self-Regulation in Online SpacesLGBT+UgandaFacebookContra-públicoResistênciaLGBT+UgandaFacebookCounterpublicResistanceDissertação de Mestrado em Antropologia Social e Cultural apresentada à Faculdade de Ciências e TecnologiaFalada e escrita na língua portuguesa, “a luta continua” é uma frase usada como lema do movimento LGBT+ de Uganda. Através da significação do termo, este estudo pretende compreender as formas de resistência de uma população que tem seu os direitos severamente restringidos pela legislação anti-gay, cujas medidas punitivas incluem penas de prisão de mais de sete anos e, em alguns casos, puníveis com prisão perpétua. Como o contra-público queer surge on-line para funcionar como espaço onde indivíduos estigmatizados se reúnem para defender seus interesses e compartilhar suas necessidades? Com base em uma etnografia on-line focada em homens gays cisgénero em Uganda, apresento três descobertas principais. Primeiro, o meio social popular e amplamente acessível Facebook cria uma oposição queer visível ao movimento anti-gay, ao mesmo tempo que permite que as realidades da comunidade LGBT+ de Uganda - conhecida localmente como kuchu - surjam na forma de autoexpressão sexual e autoconhecimento. Em segundo lugar, o surgimento de um contra-público kuchu virtual e seu notável discurso global levaram à formação de estereótipos transnacionais e uma fantasia de participação da audiência do Norte global, que encorajaram ataques vigorosos do governo de Uganda, como prisões indiscriminadas e o uso político do heterossexismo. Finalmente, apesar desses riscos e desafios, o uso do Facebook por kuchus demonstra seu valor para a criação de um contra-público resiliente com suas próprias conceções, tipologias e terminologias.Spoken and written in the Portuguese language, “a luta continua”, that is, “the struggle continues”, is a phrase used as a motto of the LGBT+ movement in Uganda. Based on the meaning of the term, this study aims to understand the forms of resistance of a population that has its rights severely restricted by anti-gay legislation, whose punitive measurements include imprisonments of over seven years and, in some cases, for life. How do queer counterpublics arise online to function as spaces where stigmatized individuals gather to advocate their interests and share their needs? Based on an online ethnography focused on gay cisgender men in Uganda, I offer three main insights. First, the popular and widely accessible social medium Facebook allows space for a visible queer opposition to the anti-LGBT+ movement and for the realities of the Ugandan LGBT+ community—locally known as kuchu—to emerge through individuals’ sexual self- expression and self-knowledge. Second, to avoid identification, arrests, and punishments through state surveillance, kuchus use Facebook to create a list of safe virtual friends. Finally, the rise of a virtual queer counterpublic and its global discourse has led to the formation of transnational stereotypes and a fantasy of participation where outsiders imagine that they can actively participate in LGBT+ organizing in developing countries. These actions encouraged vigorous attacks by the Ugandan government, including indiscriminate arrests and the political use of heterosexism. Despite these risks and challenges, kuchus’ use of Facebook demonstrates its value for creating a counterpublic with its own conceptions, typologies, and terminologies.2021-07-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/95510http://hdl.handle.net/10316/95510TID:202753050porCampos, Luiz Henrique de Amoedoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T04:31:22Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/95510Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:13:59.556734Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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