Efeito agudo do exercício físico na rigidez arterial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Joana
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/1940
Resumo: Este estudo pretendeu reproduzir uma tarefa da vida diária (marcha com transporte de peso nos membros superiores) realizada de forma rotineira e até aconselhada no contexto da prevenção e reabilitação de patologia cardiovascular, desta forma, teve como objectivo avaliar o efeito agudo de uma sessão de exercício aeróbio associado a exercício isométrico na rigidez arterial em indivíduos jovens. Foram recrutados 14 indivíduos do sexo masculino com média de idade de 30,3±3,6 anos. Foram realizadas duas sessões de exercício com uma semana de intervalo. Em ambas as sessões de exercício, os sujeitos caminharam num tapete rolante a uma velocidade de 5,0 km/h por um período de dez minutos, sendo que, numa das sessões, determinada aleatoriamente, carregaram o equivalente a 10% do seu peso corporal distribuído igualmente pelos dois membros superiores em dois garrafões de água. Avaliou-se em repouso e imediatamente após o exercício, a pressão arterial periférica, a frequência cardíaca e a rigidez arterial. A análise da rigidez arterial foi efectuada na artéria radial do membro superior direito com um sistema transdutor automático de pressão. Os parâmetros reportados neste estudo são a frequência cardíaca, a pressão arterial sistólica e diastólica, a pressão arterial média, a pressão central (aórtica) sistólica, a pressão de pulso central, a pressão de aumentação e o índice de aumentação a 75 bmp (Aix@75). Em repouso, não se verificaram diferenças significativas entre as duas sessões de exercício nos parâmetros avaliados. O principal resultado do presente estudo indica que a rigidez arterial aumenta de forma aguda com a realização de caminhada (exercício aeróbio) apenas quando esta é acompanhada do transporte nos membros superiores de uma carga externa (exercício isométrico) [Aix@75: -5.5(8.4) para -1.36(8.17)%, p<0.05]. Relativamente ao protocolo exclusivamente aeróbio não se verificaram diferenças significativas na rigidez arterial [Aix@75: -4.2(9.1) para -4.69(7.93)%, p>0.05]. Em conclusão, os resultados do presente estudo indicam que a rigidez arterial, em indivíduos jovens e aparentemente saudáveis, aumenta de forma significativa apenas quando o exercício aeróbio é acompanhado de exercício isométrico de membros superiores com transporte de carga adicional.
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Em ambas as sessões de exercício, os sujeitos caminharam num tapete rolante a uma velocidade de 5,0 km/h por um período de dez minutos, sendo que, numa das sessões, determinada aleatoriamente, carregaram o equivalente a 10% do seu peso corporal distribuído igualmente pelos dois membros superiores em dois garrafões de água. Avaliou-se em repouso e imediatamente após o exercício, a pressão arterial periférica, a frequência cardíaca e a rigidez arterial. A análise da rigidez arterial foi efectuada na artéria radial do membro superior direito com um sistema transdutor automático de pressão. Os parâmetros reportados neste estudo são a frequência cardíaca, a pressão arterial sistólica e diastólica, a pressão arterial média, a pressão central (aórtica) sistólica, a pressão de pulso central, a pressão de aumentação e o índice de aumentação a 75 bmp (Aix@75). Em repouso, não se verificaram diferenças significativas entre as duas sessões de exercício nos parâmetros avaliados. O principal resultado do presente estudo indica que a rigidez arterial aumenta de forma aguda com a realização de caminhada (exercício aeróbio) apenas quando esta é acompanhada do transporte nos membros superiores de uma carga externa (exercício isométrico) [Aix@75: -5.5(8.4) para -1.36(8.17)%, p<0.05]. Relativamente ao protocolo exclusivamente aeróbio não se verificaram diferenças significativas na rigidez arterial [Aix@75: -4.2(9.1) para -4.69(7.93)%, p>0.05]. Em conclusão, os resultados do presente estudo indicam que a rigidez arterial, em indivíduos jovens e aparentemente saudáveis, aumenta de forma significativa apenas quando o exercício aeróbio é acompanhado de exercício isométrico de membros superiores com transporte de carga adicional.This study sought to replicate a daily living task (walking while carrying weights on the upper limbs) performed routinely and even advised in the context of prevention and rehabilitation of cardiovascular disease. Thus, the present study aimed to evaluate the acute effect of an aerobic exercise session associated with isometric exercise on arterial stiffness in young individuals. Fourteen male subjects with average age of 30.3 ± 3.6 years old were recruited. There were two exercise sessions a week apart. In both exercise sessions, subjects walked for a period of ten minutes on a treadmill at a speed of 5.0 km / h, and in one of the sessions, randomly determined, they carried the equivalent of 10% of their body weight evenly distributed in two water carboys, on both upper limbs. The peripheral blood pressure, heart rate and arterial stiffness were evaluated at rest and immediately after exercise. The analysis of the arterial stiffness was made in the radial artery of the right upper limb with an automatic pressure transducer. The parameters reported in this study are the heart rate, systolic and diastolic peripheral blood pressure, mean arterial pressure, central systolic pressure (aortic), central pulse pressure, augmentation pressure and augmentation index at 75 bmp (Aix @ 75). At rest, there were no significant differences between the evaluations of the two exercise sessions. The main result of this study indicates that arterial stiffness increases sharply with the practice of walking (aerobic exercise) only when it is accompanied by the transport of an external load in the upper limbs (isometric exercise) [Aix @ 75: -5.5 (8.4) to -1.36 (8.17)%, p<0.05]. As for the exclusively aerobic protocol there were no significant differences in arterial stiffness [Aix @ 75: -4.2 (9.1) to -4.69 (7.93)%, p>0.05]. In conclusion, the results of this study indicate that arterial stiffness in apparently healthy young individuals increases significantly only when aerobic exercise is accompanied by upper limb isometric exercise with extra load.Instituto Politécnico do Porto. Escola Superior de Tecnologia da Saúde do PortoRibeiro, FernandoRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoPires, Joana2013-09-19T10:13:02Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/1940porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:41:29Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/1940Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:23:04.624305Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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