Sobrecarga, resiliência e estratégias de coping do cuidador do doente com demência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Marta Cristina Ribeiro Soares
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/8747
Resumo: O aumento da longevidade humana conduz à ocorrência de limitações de índole biológica, psicológica e social. Ainda que a velhice não seja sinónimo de doença, o crescimento da população idosa contribui para o aumento do número de pessoas com doenças crónicas e incapacitantes, como é o caso da demência, que podem comprometer a capacidade funcional dos indivíduos e aumentar o risco de dependência. A demência, e as alterações funcionais que a ela se encontram associadas, conduzem inevitavelmente à perda da autonomia do doente, tornando-se imprescindível o recurso a um cuidador com vista a assegurar as necessidades humanas básicas do doente. Todavia, cuidar pode acarretar repercussões podendo despoletar a sobrecarga do cuidador. Neste sentido, são objetivos do presente estudo conhecer a sobrecarga dos cuidadores informais de doentes com demência, bem como identificar a sua resiliência e as principais estratégias de coping adotadas por estes para fazer face à doença. Para isso, realizou-se um estudo transversal, quantitativo, descritivo e correlacional. A amostra foi constituída por 75 cuidadores. Foi utilizado um Questionário Sociodemográfico e do contexto do cuidar construído pela investigadora, a versão reduzida do Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal, a Escala de Resiliência e o Brief-Cope para medir as estratégias de coping mais frequentemente utilizadas. Quanto aos principais resultados obtidos, verificou-se: (i) uma sobrecarga, em média, grave (M=51,71; DP=18,00); (ii) uma resiliência moderada (M=125,2; DP=25,8) e (iii) uma tendência para o uso de mais do que uma estratégia em simultâneo, sobretudo Coping Ativo (M=3,6; DP=1,6), Aceitação (M=4,1; DP=1,4), Reinterpretação Positiva (M=3,6; DP=1,7) e Humor (M=3,0; DP=1,8).
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