Leonardo da Vinci: um génio universal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/675 |
Resumo: | Embora maior parte da sua vida decorra no século XV, Leonardo (1452-1519) é, contudo, homem típico do Renascimento, pela genialidade dos projectos em que se empenhou, pela diversidade das suas áreas de interesse, pela sua personalidade multifacetada. Esta caracteriza-se pela inquietude e irrequietude que o levam a mudar continuamente de projectos (tantos e diversos são os seus interesses e a sua ânsia do novo), a deixá-los inacabados, e, enfim,, pela sua exigência, senão mesmo obsessão, de perfeição. Leonardo da Vinci é, sobretudo, um homem radicalmente interessado em todos os campos do saber e do conhecimento. E se fundamentalmente é conhecido como pintor - um dos maiores pintores de todos os tempos - e, por isso, tem um lugar garantido e de destaque numa história de arte - é igualmente verdade que, neste campo, também se dedicou à escultura (embora todas as suas obras de escultura se tenham perdido) e à arquitectura. Igualmente se interessou pela engenharia, designadamente pela engenharia militar, campo no qual inventa uma enorme quantidade de maquinaria, desde as famosa máquinas voadoras, cujos desenhos todos conhecemos, aos carros de assalto e aos submersíveis. A sua obra científica é espantosa e imensa. Faz estudos de matemática, de física - sobretudo nas áreas da hidráulica e da óptica - e de anatomia, cujos desenhos são famosos e revelam conhecimentos com um século de avanço. Ainda hoje, as suas notas, desenhos e ilustrações nestes domínios podem ser consultados no chamado Codex Atlanticus na Biblioteca Ambrosiana de Milão (1). O seu interesse vital parece Ter sido, portanto, a investigação científica. Por esta diversificação de áreas de interesse e pela sua genialidade em todas elas, Leonardo transcende em muito os limites de uma história da arte para poder ser considerado uma figura pertencente à história da cultura, à história do espírito humano e das suas realizações ou, pelo menos, das suas ambições. |
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