O magnetismo terrestre no roteiro de Lisboa a Goa: as experiências de D. João de Castro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rangel, Artur José Ruando
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/499
Resumo: Tese de mestrado, História dos Descobrimentos e da Expansão, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2009
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spelling O magnetismo terrestre no roteiro de Lisboa a Goa: as experiências de D. João de CastroCastro, João de, 1500-1548Descobrimentos portugueses - séc.16Instrumentos náuticos - séc.16MagnetismoNavegação astronómica - séc.16Viagens - Índia - séc.16Tese de mestrado, História dos Descobrimentos e da Expansão, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2009Os gregos fizeram descoberta surpreendente: uma pedra metálica escura, que podia repelir ou atrair objectos de ferro - era a origem do estudo do magnetismo. Na época das grandes navegações, não se conseguia localizar um navio no mar pelas duas coordenadas, a latitude e a longitude; a determinação desta exigia um relógio a bordo que indicasse a hora exacta no meridiano de referência, e a determinação astronómica da longitude dava erros inaceitáveis. Durante a viagem até à Índia, D. João de Castro levou a cabo um conjunto de experiências que conseguiu detectar fenómenos, nomeadamente relacionados com o magnetismo e com as agulhas magnéticas a bordo. É de supor que devia esses conhecimentos a Pedro Nunes, naturalmente o directo inspirador de todas as observações que realizou nas suas viagens. Quando em 5 de Agosto de 1538, D. João de Castro decidiu determinar a latitude de Moçambique, encontrou a causa que ditava o «espantoso desconcerto» das agulhas: notou o desvio da agulha, descobrindo-o 128 anos antes de Guillaume Dennis (1666), de Nieppe, o qual é registado na História da Navegação como se fosse o primeiro a conhecer esse fenómeno. A sua observação nas proximidades de Baçaim, em 22 de Dezembro de 1538, de um fenómeno magnético, pelo qual se verificavam variações da agulha devido à proximidade de certos rochedos, confirmadas quatro séculos mais tarde, foi denominado atracção local. D. João de Castro refutou a teoria de que a variação da declinação magnética não se fazia por meridianos geográficos. As suas observações são o mais importante registo de valores da declinação magnética no Atlântico e no Índico, no século XVI, e úteis para o estudo do magnetismo terrestre. Foi uma das personalidades da ciência experimental europeia desse século, relacionando a importância desse estudo com as navegações. O seu nome ficou ligado à ciência pelas suas obras que evidenciavam uma tendência para o moderno espírito científico.The Greeks have made surprising discovery: a dark stone metal, which could attract or repel objects of iron was the origin of the study of magnetism. At the time of the great sailing, could not find a ship at sea by the two coordinates, latitude and longitude, the determination of this required a clock on board to indicate the exact time at the meridian of reference, and the astronomical determination of longitude gave unacceptable errors. During the trip to India, D. João de Castro has carried out a series of experiments that succeeded in detecting phenomena, in particular related to magnetism and the magnetic needle on board. It should be assumed that such knowledge to Pedro Nunes, of course the direct inspiration of all the observations he has done in his travels. When on August 5, 1538, D. João de Castro decided to determine the latitude of Mozambique, found the cause that dictated the astonishing uneasiness of needles; noted the deviation of the needle, discovering it 128 years before Dennis Guillaume (1666) of Nieppe, which is recorded in History of Sailing as if he were the first to know about this phenomenon. His point near Baçaim, on December 22, 1538, a magnetic phenomenon, for which there were variations of the needle because of the proximity of certain rocks, confirmed four centuries later, was called local attraction. D. João de Castro refuted the theory that the variation of magnetic declination is not formed by geographic meridians. His comments are the most important record of values of magnetic declination in the Atlantic and Indian oceans, in the sixteenth century, and useful for the study of terrestrial magnetism. It was one of the personalities of this century European experimental science, linking the importance of this study with the sailing. His name was linked to science for his works which showed a trend for modern scientific spirit.Domingues, Francisco Contente,1959-Repositório da Universidade de LisboaRangel, Artur José Ruando2010-06-22T09:22:06Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttp://hdl.handle.net/10451/499porhttp://catalogo.ul.pt/F/?func=item-global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000558534info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:39:15Zoai:repositorio.ul.pt:10451/499Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:27:19.650916Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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