Quando a multidão e o amor se encontram na literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65292008000300008 |
Resumo: | No âmbito da sociologia da literatura, este ensaio percorre textos literários em que se encontra uma conjugação da multidão com o amor erótico. Começamos pela Madame Bovary e por textos de Baudelaire e de De Quincey para chegarmos a dois contos portugueses, A Ruiva, de Fialho de Almeida, e Amor de Outrora, de Florbela Espanca. Todos os textos narram amores socialmente reprováveis e neles os protagonistas beneficiam do anonimato da multidão, de que recebem uma carga erótica, para iniciarem uma relação amorosa como se ela fosse aceite pela sociedade. Em todos os textos, porém, está directa ou indirectamente presente a impossibilidade de os amores proibidos serem aceites pela multidão enquanto símbolo da sociedade. Todos os textos terminam com separações ou morte. Desta forma, a multidão erotizada é ambivalente: ela proporciona a relação erótica, mas não a sua aceitação. Ela dá ou representa quer o que há de bom na vida em sociedade - a sociabilidade, o amor - quer a coacção dos valores colectivos sobre os indivíduos. |
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