Viabilidade econômica do uso de biogás de aterro sanitário para abastecimento de veículos pesados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/133350 |
Resumo: | O biogás proveniente de aterros sanitários constitui uma fonte de energia alternativa. Após sua purificação e deumidificação, o biometano obtido pode ser usado tanto para a geração de energia elétrica quanto para alimentação de veículos, como biocombustível. O presente estudo teve como objetivo propor o aproveitamento energético do biogás gerado no aterro sanitário do ASMOC (Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia), situado na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Ceará, Brasil, como combustível veicular para caminhões compactadores que fazem a coleta dos grandes geradores de resíduos da Região Metropolitana de Fortaleza e analisar a viabilidade econômica desta solução. Para avaliar a viabilidade econômica do biogás foi escolhida a empresa Urbi Ambiental, uma das 22 empresas privadas que recolhem diariamente resíduos orgânicos de supermercados na RMF. Foram avaliados cinco cenários – o atual e quatro cenários alternativos – com a alteração das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) (ambas bastantes prováveis) e oscilação do dólar (que depende do contexto externo e interno). Observou-se que em todos os cenários há uma economia substancial com o uso do biogás. Os gastos bem menores com biogás como combustível compensam o investimento inicial (com a conversão do motor) e o pequeno aumento nos custos anuais de manutenção. A curto prazo, o investimento inicial é pago antes do fim do segundo ano. Tem destaque especial o cenário no qual há a aprovação do Projeto de Lei 2193/2020 (que institui a Política Federal do Biogás e do Biometano no Brasil), com a redução em 50% do IPI praticado atualmente, passando de 30% para 15%. Considerando-se um horizonte de tempo maior (dez anos), observa-se que o cenário mais favorável à utilização do biogás na frota da empresa analisada é aquele no qual há a redução do ICMS, passando de 30% para 15%, nos moldes de outros estados brasileiros. Analisou-se ainda a receita gerada pela venda de créditos de carbono. Considerando que 1 tonelada de crédito de CO2 seja comercializada no mercado europeu a 23 Euros, a Urbi Ambiental arrecadaria com esta receita adicional, em 10 anos, R$ 42.808,00. |
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Para avaliar a viabilidade econômica do biogás foi escolhida a empresa Urbi Ambiental, uma das 22 empresas privadas que recolhem diariamente resíduos orgânicos de supermercados na RMF. Foram avaliados cinco cenários – o atual e quatro cenários alternativos – com a alteração das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) (ambas bastantes prováveis) e oscilação do dólar (que depende do contexto externo e interno). Observou-se que em todos os cenários há uma economia substancial com o uso do biogás. Os gastos bem menores com biogás como combustível compensam o investimento inicial (com a conversão do motor) e o pequeno aumento nos custos anuais de manutenção. A curto prazo, o investimento inicial é pago antes do fim do segundo ano. Tem destaque especial o cenário no qual há a aprovação do Projeto de Lei 2193/2020 (que institui a Política Federal do Biogás e do Biometano no Brasil), com a redução em 50% do IPI praticado atualmente, passando de 30% para 15%. Considerando-se um horizonte de tempo maior (dez anos), observa-se que o cenário mais favorável à utilização do biogás na frota da empresa analisada é aquele no qual há a redução do ICMS, passando de 30% para 15%, nos moldes de outros estados brasileiros. Analisou-se ainda a receita gerada pela venda de créditos de carbono. Considerando que 1 tonelada de crédito de CO2 seja comercializada no mercado europeu a 23 Euros, a Urbi Ambiental arrecadaria com esta receita adicional, em 10 anos, R$ 42.808,00.Biogas from anaerobic digestion of solid waste in landfills is an alternative energy source. After its purification and dehumidification, it is transformed into biomethane and can be used to generate electric energy and as vehicle biofuel. The present study aimed to propose the utilization of biogas generated in the ASMOC landfill, located in the Metropolitan Region of Fortaleza (RMF), as a vehicle fuel for trucks that collect the solid waste in MRF and to analyze the economic viability of this solution. To assess the economic viability of biogas, Urbi Ambiental was chosen among 22 private companies that collect organic waste from supermarkets daily in the RMF. Five scenarios were evaluated - the current one and four alternative scenarios - with the change in the ICMS and IPI rates (both very likely) and the dollar fluctuation (which depends on the external and internal context). It was observed in all scenarios that there are substantial savings using biogas as fuel. The much lower expenses with biogas compensate for the initial investment and the small increase in annual maintenance costs. The initial investment is already paid off in the short-term horizon, at the end of the second year. Special attention must be given to the scenario in which Project of Law 2193/2020 is approved, with a 50% reduction in the current IPI (from 30% to 15%). At a longer time horizon (ten years), the most favorable scenario is the one in which there is a reduction of the ICMS in the molds of other Brazilian states. The revenue generated by the sale of carbon credits was also analyzed. Considering that 1 ton of CO2 credit is sold on the European market at 23 Euros, Urbi Ambiental would collect with this additional revenue, in 10 years, R$ 42,808.00.Fernando, AnaMota, FranciscoRUNFilho, Rogério Soliani Studart2022-02-22T10:26:51Z2021-022021-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/133350porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:11:58Zoai:run.unl.pt:10362/133350Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:47:46.044751Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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