As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316.2/38928 |
Resumo: | A tirania de Híeron, ocorrida num contexto mais estabilizado do que a do seu irmão Gélon e a de Hipócrates, é uma ocasião para colocar em questão a existência de regras de sucessão dinástica. É também um momento em que é posta à prova a celebração de alianças entre casas tirânicas através de casamentos em que a parte mais fraca dá uma filha como sinal de submissão ou de inferioridade. Híeron, por outro lado, reafirma o seu poder revelando pretensões monárquicas e socorrendo-se das soluções já antes experimentadas pelo seu irmão, nomeadamente recrutando mercenários, deslocando populações, refundando cidades. Recorre também ao canto do poeta epinício, procurando para isso as vitórias hípicas, que obtém com alguma frequência nos jogos pan-helénicos. Não obstante, o respeito pelas instituições cívicas é uma constante, afirmado em particular nas dedicatórias aos santuários pan-helénicos, em que as fórmulas utilizadas referem como dedicadores os próprios cidadãos. |
id |
RCAP_248b5744fedfda32e236ee1c5d4e2972 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/38463 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – HíeronAlianças entre TiranosSucessão DinásticaCentralização do PoderJogos pan-helénicosA tirania de Híeron, ocorrida num contexto mais estabilizado do que a do seu irmão Gélon e a de Hipócrates, é uma ocasião para colocar em questão a existência de regras de sucessão dinástica. É também um momento em que é posta à prova a celebração de alianças entre casas tirânicas através de casamentos em que a parte mais fraca dá uma filha como sinal de submissão ou de inferioridade. Híeron, por outro lado, reafirma o seu poder revelando pretensões monárquicas e socorrendo-se das soluções já antes experimentadas pelo seu irmão, nomeadamente recrutando mercenários, deslocando populações, refundando cidades. Recorre também ao canto do poeta epinício, procurando para isso as vitórias hípicas, que obtém com alguma frequência nos jogos pan-helénicos. Não obstante, o respeito pelas instituições cívicas é uma constante, afirmado em particular nas dedicatórias aos santuários pan-helénicos, em que as fórmulas utilizadas referem como dedicadores os próprios cidadãos.The tyranny of Hieron, which occurred in a more stabilized context than those of his brother Gelon and Hippocrates, is an occasion to look at the existence of rules of dynastic succession. It is also a moment of test for the celebration of alliances between tyrannical houses through marriages in which the weaker one gives a daughter as a sign of submission or inferiority. Hieron, on the other hand, reaffirms his power by displaying monarchical pretensions and reiterating solutions tried before by his brother, including recruiting mercenaries, displacing populations and refounding city-states. He also resorts to the praise of the epinician poet, seeking horse-race victories which he gets with some frequency in the pan-Hellenic games. Nevertheless, respect for civic institutions is a constant, revealed in particular in the dedications in pan-Hellenic sanctuaries, where the formulas used refer the citizens themselves as dedicators.Centro de História da Universidade de LisboaRepositório da Universidade de LisboaCarmo, Filipe2019-06-04T09:33:39Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10316.2/38928porCarmo, Filipe (2015), "Relações externas do Egipto no período saíta". Cadmo. Revista de História Antiga, vol. 24: 69-85.10.14195/0871-9527_24_4info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:35:56Zoai:repositorio.ul.pt:10451/38463Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:52:08.747814Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
title |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
spellingShingle |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron Carmo, Filipe Alianças entre Tiranos Sucessão Dinástica Centralização do Poder Jogos pan-helénicos |
title_short |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
title_full |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
title_fullStr |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
title_full_unstemmed |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
title_sort |
As Tiranias Sicilianas do Início do Século V a.C.: Aspetos Ideológicos do Poder: Parte III – Híeron |
author |
Carmo, Filipe |
author_facet |
Carmo, Filipe |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carmo, Filipe |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Alianças entre Tiranos Sucessão Dinástica Centralização do Poder Jogos pan-helénicos |
topic |
Alianças entre Tiranos Sucessão Dinástica Centralização do Poder Jogos pan-helénicos |
description |
A tirania de Híeron, ocorrida num contexto mais estabilizado do que a do seu irmão Gélon e a de Hipócrates, é uma ocasião para colocar em questão a existência de regras de sucessão dinástica. É também um momento em que é posta à prova a celebração de alianças entre casas tirânicas através de casamentos em que a parte mais fraca dá uma filha como sinal de submissão ou de inferioridade. Híeron, por outro lado, reafirma o seu poder revelando pretensões monárquicas e socorrendo-se das soluções já antes experimentadas pelo seu irmão, nomeadamente recrutando mercenários, deslocando populações, refundando cidades. Recorre também ao canto do poeta epinício, procurando para isso as vitórias hípicas, que obtém com alguma frequência nos jogos pan-helénicos. Não obstante, o respeito pelas instituições cívicas é uma constante, afirmado em particular nas dedicatórias aos santuários pan-helénicos, em que as fórmulas utilizadas referem como dedicadores os próprios cidadãos. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015 2015-01-01T00:00:00Z 2019-06-04T09:33:39Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10316.2/38928 |
url |
http://hdl.handle.net/10316.2/38928 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Carmo, Filipe (2015), "Relações externas do Egipto no período saíta". Cadmo. Revista de História Antiga, vol. 24: 69-85. 10.14195/0871-9527_24_4 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de História da Universidade de Lisboa |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de História da Universidade de Lisboa |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134458201243648 |