A EXPRESSÃO DRAMÁTICA EM GISÈLE BARRET: A IMPORTÂNCIA DA PESSOA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://eras.mundis.pt/index.php/eras/article/view/155 |
Resumo: | Este trabalho incide na análise do documento, “A Expressão Dramática na Educação”, apresentado no Encontro Nacional, promovido, em 1981, pela Direção Geral de Serviços do Ensino Primário, do Ministério da Educação, que encerra, em nosso entender, a essência do pensamento pedagógico de Gisèle Barret e contribuiu para a visibilidade do termo “Expressão Dramática”, de sua autoria. Escrito há mais de trinta anos, num tempo em que as modas pedagógicas privilegiavam, claramente, a "objetividade", o "produto", "os resultados", a ponto de toda a ação docente se ver atomizada em objetivos (note-se "objetivos comportamentais"), o enunciar de uma “pedagogia do processo” era, só por si, algo surpreendente e contra a corrente. Se a isso acrescentarmos outro dos pontos-chave do seu quadro teórico (a clara opção pela subjetividade - "pédagogie de la subjectivité" - nas suas palavras), então começa a delinear-se o vigor das suas opções no terreno pedagógico. Associando, em traços gerais, o produto ao teatro e a exdra ao processo, considera a oposição expressão/arte, como sendo o resultado de uma ambiguidade estratégica, enquanto o par dicotómico processo/produto é por Gisèle atribuído a uma ambiguidade ideológica. Podemos, numa tentativa de (re)conciliação, alertados para o excesso das dicotomias desmontadas, assumir processos e produtos num plano dialógico, considerando que uns e outros fazem parte indissociável de um “continuum”. Não nos parece desejável a criação de alfândegas entre os processos do produto ou entre os produtos do processo. Com efeito, é desta entidade holística que emerge a expressão e a impressão do sujeito todo e de todo o sujeito. Assim, o indivíduo, por definição infragmentável, ver-se-á desabrochar em pessoa. |
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A EXPRESSÃO DRAMÁTICA EM GISÈLE BARRET: A IMPORTÂNCIA DA PESSOAL’Expression Dramatique de Gisèle Barret – l’importance de la personnePedagogia da subjetividadeProcesso/produtoNeutralidadeAbertura MáximaPédagogie de la subjectivitéProcessus/produitLa Neutralité – L’Ouverture maximumEste trabalho incide na análise do documento, “A Expressão Dramática na Educação”, apresentado no Encontro Nacional, promovido, em 1981, pela Direção Geral de Serviços do Ensino Primário, do Ministério da Educação, que encerra, em nosso entender, a essência do pensamento pedagógico de Gisèle Barret e contribuiu para a visibilidade do termo “Expressão Dramática”, de sua autoria. Escrito há mais de trinta anos, num tempo em que as modas pedagógicas privilegiavam, claramente, a "objetividade", o "produto", "os resultados", a ponto de toda a ação docente se ver atomizada em objetivos (note-se "objetivos comportamentais"), o enunciar de uma “pedagogia do processo” era, só por si, algo surpreendente e contra a corrente. Se a isso acrescentarmos outro dos pontos-chave do seu quadro teórico (a clara opção pela subjetividade - "pédagogie de la subjectivité" - nas suas palavras), então começa a delinear-se o vigor das suas opções no terreno pedagógico. Associando, em traços gerais, o produto ao teatro e a exdra ao processo, considera a oposição expressão/arte, como sendo o resultado de uma ambiguidade estratégica, enquanto o par dicotómico processo/produto é por Gisèle atribuído a uma ambiguidade ideológica. Podemos, numa tentativa de (re)conciliação, alertados para o excesso das dicotomias desmontadas, assumir processos e produtos num plano dialógico, considerando que uns e outros fazem parte indissociável de um “continuum”. Não nos parece desejável a criação de alfândegas entre os processos do produto ou entre os produtos do processo. Com efeito, é desta entidade holística que emerge a expressão e a impressão do sujeito todo e de todo o sujeito. Assim, o indivíduo, por definição infragmentável, ver-se-á desabrochar em pessoa.Ce travail se concentre sur l'analyse du document, “A Expressão Dramática na Educação”, présenté à la Rencontre Nationale, promue en 1981 par la Direction Générale des Services de l'Enseignement Primaire du Ministère de l'Éducation qui conclut, à notre avis, l'essence de la pensée pédagogique de Gisèle Barret et a contribué à la visibilité du terme “Expression Dramatique”, dont elle est l'auteur. Ecrit, il y a trente ans, à une époque où les modes de l'enseignement favorisaient, clairement, l’ «objectivité», le «produit», les «résultats», au point de voir toute l'action pédagogique être atomisée en objectifs (note «objectifs comportementaux»), le sort d'une «pédagogie de procédure » était, en soi, quelque chose de surprenant et à contre-courant. Si nous ajoutons à cela un autre des points clés de son cadre théorique (le choix évident pour la subjectivité - «pédagogie de la subjectivité» - selon ses propres termes) commence alors à façonner le champ de force de leurs options éducatives. Associant, de manière générale, le produit au théâtre et l’exdra au processus, on considère l'opposition expression/art, à la suite de l'ambiguïté stratégique, tandis que la paire dichotomique processus/produit est attribuée par Gisèle à une ambiguïté idéologique. Nous pouvons, dans une tentative de (ré) conciliation, alerté à l'excès de dichotomies démontées, assumer les processus et les produits sur un plan de dialogue, en considérant que les uns et les autres sont indissociables d'un «continuum». Il ne serait pas souhaitable de créer des procédures douanières entre les processus du produit ou entre les produits du processus. Sur ce, c'est de cette entité holistique que se dégage l'expression et l'impression de tout le sujet et du sujet comme un tout. Ainsi, l'individu, par définition inséparable, s’épanouira en tant que personne.MUNDIS2012-12-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://eras.mundis.pt/index.php/eras/article/view/155oai:ojs2.eras.mundis.pt:article/155ERAS | Revista Europeia de Estudos Artísticos ; Vol. 3 N.º 4 (2012): 11.ª Edição | ERAS; 40-571647-35582184-2116reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://eras.mundis.pt/index.php/eras/article/view/155https://eras.mundis.pt/index.php/eras/article/view/155/137Direitos de Autor (c) 2022 ERAS | Revista Europeia de Estudos Artísticosinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva Rolla, Jorge Manuel2022-09-05T13:57:46Zoai:ojs2.eras.mundis.pt:article/155Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:10:50.401370Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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