Efeito do teor em água do solo na interacção solo-geossintético

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalhosa, Fábio José Rodrigues
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/7602
Resumo: A utilização de geossintéticos em Engenharia Civil tem vindo a aumentar significativamente. Sendo, no entanto, materiais relativamente recentes em Portugal, carecem de investigação e estudo, nomeadamente no âmbito da interacção com o solo envolvente. Este é um factor importante que domina o comportamento de estruturas reforçadas com geossintéticos. Grande parte dos estudos desenvolvidos sobre este tema, apenas fazem referência a aplicações de solos granulares, mas como nem sempre é possível encontrar o solo ideal, muitas vezes é necessário recorrer a solos finos. Estes solos possuem uma reduzida capacidade de drenagem e uma retardada transferência de tenções entre reforço e solo, o que leva a que exista uma dificuldade de dissipação do excesso de pressão intersticial gerado no interior do maciço. Por isso, neste trabalho foi analisado o efeito do teor em água do solo na interacção solo-geossintético. Estes mecanismos podem ser muito complexos, dependendo do tipo e propriedades do solo e do geossintético. Assim, foi efectuada a caracterização do solo e de um geossintético. Para caracterizar a interacção entre o solo e o geossintético seleccionados foram realizados ensaios de arranque (de acordo com a NP EN 13738:2007) e ensaios de corte em plano inclinado (NP EN ISO 12957-2:2007) com três diferentes teores em água (0%, metade do teor em água óptimo e o teor em água óptimo). O solo utilizado neste estudo após a sua caracterização demonstrou ter uma pequena quantidade de partículas finas. Os valores da resistência à tracção e extensão da geogrelha estudada, obtidos através de ensaios de tracção, demonstraram diferenças em relação aos parâmetros nominais. Nos ensaios de arranque todos os resultados foram bastante semelhantes, apenas se notou uma maior rigidez da geogrelha quando inserida no solo seco. O ângulo de atrito da interface solo geossintético em corte em plano inclinado não foi possível de determinar, pois o equipamento atingiu a sua capacidade de inclinação máxima e em nenhuma das diferentes condições de ensaio ocorreu deslizamento.
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