Radioterapia adaptativa no cancro de cabeça e pescoço: revisão sistemática

• Autor(a) principal: Caetano, Marco
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Feliz, Cátia, Cavaquinho, Rute
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/16393
• topic: Radioterapia; Cancro de cabeça e pescoço; Radioterapia adaptativa; Preditores para ART; Estratégias para ART; Radiotherapy; Head and neck cancer; Adaptive radiotherapy; Predictors for ART; Strategies for ART

Introdução e Objetivos – Ao longo do tratamento de cancro de cabeça e pescoço (CCP) com radioterapia externa (RTE) é possível ocorrer várias alterações anatómicas. A Adaptive Radiotherapy (ART), consiste numa técnica emergente que contraria as alterações na anatomia do doente e do volume alvo (VA) durante o decurso de tratamentos de RTE através da criação de planos dosimétricos adaptados. Porém, não existem protocolos para a sua implementação. É objetivo estudar o papel/benefício da ART, quais os doentes que podem beneficiar desta técnica e o momento ideal para a sua realização. Método – Revisão da literatura foi baseada na metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis (PRISMA). Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados MEDLINE, Scopus e na B-on, no intervalo de tempo de janeiro de 2016 a janeiro de 2021. Foram identificados 252 artigos. Após exclusão dos duplicados e a adaptação aos critérios de exclusão e inclusão, são incluídos no estudo 10 artigos. Resultados e Discussão – Através da ART, foi possível diminuir a xerostomia na maioria dos estudos. Outros efeitos secundários foram referidos, mas com conclusões mais heterogéneas. Relativamente ao controlo da doença não existiram diferenças significativas. Em geral, o protocolo quimio-radioterapia (QRT) mostrou ser um preditor para a necessidade de ART, tal como tumor primário da nasofaringe e estádio avançado. Conclusão – Apesar de não se observar diferenças no controlo da doença, alguns efeitos secundários diminuíram devido à ART. Não foi possível identificar o momento ideal para ART, devido à heterogeneidade dos resultados.