«Tombaram combatendo um inimigo invisível» - Perda e localização do caça-minas Roberto Ivens (1917)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/123382 |
Resumo: | A presente dissertação tem como eixo temático a perda do caça-minas Roberto Ivens; as circunstâncias do seu afundamento a 26 de Julho de 1917, em plena Grande Guerra, e a sua posterior localização e identificação, numa posição distinta daquela onde se acreditava que o navio tinha naufragado. O caça-minas Roberto Ivens foi um de onze navios de pesca de arrasto requisitados pela Divisão Naval com o objectivo de criar um serviço de rocega de minas. A criação deste serviço de rocega, em Abril de 1916, esteve dependente de equipamento fornecido pela Inglaterra, bem como da formação para o operar, o que se traduziu numa transferência de tecnologia e conhecimentos de que a Marinha Portuguesa veio a beneficiar, o que é abordado numa perspectiva historiográfica. Apesar da consternação que a perda do caça-minas Roberto Ivens causou a nível nacional, as circunstâncias do seu afundamento nunca terão suscitado qualquer tipo de dúvidas ou questões. Eventualmente relegado para segundo plano pelo combate do patrulha-de-alto-mar Augusto de Castilho com o submarino alemão U139, o episódio nunca mereceu a atenção de historiadores navais ou outros investigadores, dentro e fora da Academia. O presente estudo demonstra que o caça-minas Roberto Ivens não se perdeu ao largo da barra do rio Tejo, na área mencionada pela imprensa da época supostamente sustentada numa nota oficiosa difundida pelo Ministério da Marinha, mas sim numa posição distinta, junto à entrada do porto de Lisboa, reveladora da proximidade das acções de guerra levadas a cabo pelos submarinos alemães. Apresentando à discussão a improbabilidade de a Marinha Portuguesa cometer um erro tão grosseiro no posicionamento do naufrágio, propomos também uma breve reflexão sobre este episódio à luz da conjuntura política e social do momento. Antes de apresentar as nossas conclusões, abordamos também a relevância do destroço enquanto Património Cultural Subaquático da Grande Guerra relacionando-o com as recomendações da UNESCO e propondo acções para o futuro. |
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«Tombaram combatendo um inimigo invisível» - Perda e localização do caça-minas Roberto Ivens (1917)Caça-minas Roberto IvensHistória militarPrimeira RepúblicaGrande GuerraMarinha PortuguesaGuerra submarinaPatrimónio Cultural SubaquáticoDomínio/Área Científica::Humanidades::História e ArqueologiaA presente dissertação tem como eixo temático a perda do caça-minas Roberto Ivens; as circunstâncias do seu afundamento a 26 de Julho de 1917, em plena Grande Guerra, e a sua posterior localização e identificação, numa posição distinta daquela onde se acreditava que o navio tinha naufragado. O caça-minas Roberto Ivens foi um de onze navios de pesca de arrasto requisitados pela Divisão Naval com o objectivo de criar um serviço de rocega de minas. A criação deste serviço de rocega, em Abril de 1916, esteve dependente de equipamento fornecido pela Inglaterra, bem como da formação para o operar, o que se traduziu numa transferência de tecnologia e conhecimentos de que a Marinha Portuguesa veio a beneficiar, o que é abordado numa perspectiva historiográfica. Apesar da consternação que a perda do caça-minas Roberto Ivens causou a nível nacional, as circunstâncias do seu afundamento nunca terão suscitado qualquer tipo de dúvidas ou questões. Eventualmente relegado para segundo plano pelo combate do patrulha-de-alto-mar Augusto de Castilho com o submarino alemão U139, o episódio nunca mereceu a atenção de historiadores navais ou outros investigadores, dentro e fora da Academia. O presente estudo demonstra que o caça-minas Roberto Ivens não se perdeu ao largo da barra do rio Tejo, na área mencionada pela imprensa da época supostamente sustentada numa nota oficiosa difundida pelo Ministério da Marinha, mas sim numa posição distinta, junto à entrada do porto de Lisboa, reveladora da proximidade das acções de guerra levadas a cabo pelos submarinos alemães. Apresentando à discussão a improbabilidade de a Marinha Portuguesa cometer um erro tão grosseiro no posicionamento do naufrágio, propomos também uma breve reflexão sobre este episódio à luz da conjuntura política e social do momento. Antes de apresentar as nossas conclusões, abordamos também a relevância do destroço enquanto Património Cultural Subaquático da Grande Guerra relacionando-o com as recomendações da UNESCO e propondo acções para o futuro.Rollo, Maria FernandaRUNCosta, Paulo Nuno Borges De Carvalho2023-07-13T00:30:46Z2021-07-132021-05-252021-07-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/123382TID:202755150porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:04:42Zoai:run.unl.pt:10362/123382Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:45:01.314159Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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