Avaliação genética da raça equina garrana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/2741 |
Resumo: | A presente dissertação, pretende dar ênfase à avaliação genética de uma raça equina autóctone portuguesa que se encontra em risco de extinção, a Raça Garrana. Estando, na atualidade, a raça nesta situação preocupante, torna-se essencial a implementação de um plano de gestão que vise o seu melhoramento genético e salvaguarda a longo prazo. O Garrano é um equino autóctone português, de pequena estatura, de cor exclusivamente castanha e com perfil reto ou côncavo, possuindo atualmente, cerca de 1500 fêmeas reprodutoras inscritas no Registo Zootécnico/Livro Genealógico (RZ/LG). Apesar do estado semi-selvagem em que ainda são atualmente criados e mantidos em diversas áreas do Noroeste de Portugal, estão bem caracterizados e padronizados. Andrade, 1938; Ooom, 1992; Portas et al., 2001). A avaliação genética torna-se, desta forma, uma ferramenta de grande importância para a promoção de programas de melhoramento, assegurando a continuidade da conservação da raça. Neste contexto, a consanguinidade resulta comko fator preponderante nna avaliação da variabilidade de uma raça que se encontra em vias de extinção. O coeficiente de consanguinidade individual (FX) é a probabilidade de dois alelos num determinado locus desse indivíduo serem iguais por descendência, isto é, serem cópias de um gene do mesmo ascendente comum. Em termos práticos, será a probabilidade de um indivíduo receber o mesmo gene de um ascendente através dos seus pais (através do pai e da mãe). Pretendeu-se com este trabalho contribuir para o aumento da eficácia das medidas de conservação e gestão genética que se revelam essenciais para a preservação desta raça equina tão peculiar através do conhecimento e estudo aprofundado do funcionamento do Livro Genealógico (LG) e Registo Zootécnicos da Raça Equina Garrana e da avaliação genética da Raça Garrana para as principais características de interesse neste caso concreto do estudo sobre a consanguinidade. Para lograr os objetivos propostos, recorremos à análise dos dados genealógicos disponíveis e recorrendo ao programa Ruralbit - Genpro, estimamos o cálculo do coeficiente de consanguinidade individual, utilizando para o efeito, dois núcleos de animais distintos (núcleo de animais estabulados (n=128) e núcleo de animais em liberdade (n=22)). Os resultados obtidos permitiram evidenciar elevados valores de consanguinidade existentes no núcleo de animais em liberdade (Fx =25% obtidos em 10 indivíduos e Fx= 12,5%, obtidos em 2 indivíduos) que ainda dão mais ênfase à ideia de que ainda há um longo caminho a percorrer nesta área de melhoramento genético. Pelo exposto e tendo conhecimento que as raças autóctones portuguesas, nas quais incluímos a raça equina Garrana, fazem parte integrante do património histórico e cultural do nosso País, um património único e inestimável, que devemos preservar, torna-se imperativo a continuidade destes estudos na raça Garrana. Em suma, dado que estas populações têm vindo a desempenhar um importante papel no equilíbrio ecológico, bem como nas evidências dos valorizados potenciais de carácter gastronómico, social, cultural, entre outros, é fundamental no futuro próximo o estudo do desenvolvimento e da evolução do património genético. |
id |
RCAP_264bf7331c52c3e4ee524def1c36810b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2741 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Avaliação genética da raça equina garranaGarranoConsanguinidadeLivro GenealógicoPatrimónio GenéticoConservaçãoA presente dissertação, pretende dar ênfase à avaliação genética de uma raça equina autóctone portuguesa que se encontra em risco de extinção, a Raça Garrana. Estando, na atualidade, a raça nesta situação preocupante, torna-se essencial a implementação de um plano de gestão que vise o seu melhoramento genético e salvaguarda a longo prazo. O Garrano é um equino autóctone português, de pequena estatura, de cor exclusivamente castanha e com perfil reto ou côncavo, possuindo atualmente, cerca de 1500 fêmeas reprodutoras inscritas no Registo Zootécnico/Livro Genealógico (RZ/LG). Apesar do estado semi-selvagem em que ainda são atualmente criados e mantidos em diversas áreas do Noroeste de Portugal, estão bem caracterizados e padronizados. Andrade, 1938; Ooom, 1992; Portas et al., 2001). A avaliação genética torna-se, desta forma, uma ferramenta de grande importância para a promoção de programas de melhoramento, assegurando a continuidade da conservação da raça. Neste contexto, a consanguinidade resulta comko fator preponderante nna avaliação da variabilidade de uma raça que se encontra em vias de extinção. O coeficiente de consanguinidade individual (FX) é a probabilidade de dois alelos num determinado locus desse indivíduo serem iguais por descendência, isto é, serem cópias de um gene do mesmo ascendente comum. Em termos práticos, será a probabilidade de um indivíduo receber o mesmo gene de um ascendente através dos seus pais (através do pai e da mãe). Pretendeu-se com este trabalho contribuir para o aumento da eficácia das medidas de conservação e gestão genética que se revelam essenciais para a preservação desta raça equina tão peculiar através do conhecimento e estudo aprofundado do funcionamento do Livro Genealógico (LG) e Registo Zootécnicos da Raça Equina Garrana e da avaliação genética da Raça Garrana para as principais características de interesse neste caso concreto do estudo sobre a consanguinidade. Para lograr os objetivos propostos, recorremos à análise dos dados genealógicos disponíveis e recorrendo ao programa Ruralbit - Genpro, estimamos o cálculo do coeficiente de consanguinidade individual, utilizando para o efeito, dois núcleos de animais distintos (núcleo de animais estabulados (n=128) e núcleo de animais em liberdade (n=22)). Os resultados obtidos permitiram evidenciar elevados valores de consanguinidade existentes no núcleo de animais em liberdade (Fx =25% obtidos em 10 indivíduos e Fx= 12,5%, obtidos em 2 indivíduos) que ainda dão mais ênfase à ideia de que ainda há um longo caminho a percorrer nesta área de melhoramento genético. Pelo exposto e tendo conhecimento que as raças autóctones portuguesas, nas quais incluímos a raça equina Garrana, fazem parte integrante do património histórico e cultural do nosso País, um património único e inestimável, que devemos preservar, torna-se imperativo a continuidade destes estudos na raça Garrana. Em suma, dado que estas populações têm vindo a desempenhar um importante papel no equilíbrio ecológico, bem como nas evidências dos valorizados potenciais de carácter gastronómico, social, cultural, entre outros, é fundamental no futuro próximo o estudo do desenvolvimento e da evolução do património genético.2022-05-12T15:27:02Z2015-01-29T00:00:00Z2015-01-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2741TID:201700441porCouto, Ana Sofia Barrosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:38:30Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2741Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:52.403911Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação genética da raça equina garrana |
title |
Avaliação genética da raça equina garrana |
spellingShingle |
Avaliação genética da raça equina garrana Couto, Ana Sofia Barros Garrano Consanguinidade Livro Genealógico Património Genético Conservação |
title_short |
Avaliação genética da raça equina garrana |
title_full |
Avaliação genética da raça equina garrana |
title_fullStr |
Avaliação genética da raça equina garrana |
title_full_unstemmed |
Avaliação genética da raça equina garrana |
title_sort |
Avaliação genética da raça equina garrana |
author |
Couto, Ana Sofia Barros |
author_facet |
Couto, Ana Sofia Barros |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Couto, Ana Sofia Barros |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Garrano Consanguinidade Livro Genealógico Património Genético Conservação |
topic |
Garrano Consanguinidade Livro Genealógico Património Genético Conservação |
description |
A presente dissertação, pretende dar ênfase à avaliação genética de uma raça equina autóctone portuguesa que se encontra em risco de extinção, a Raça Garrana. Estando, na atualidade, a raça nesta situação preocupante, torna-se essencial a implementação de um plano de gestão que vise o seu melhoramento genético e salvaguarda a longo prazo. O Garrano é um equino autóctone português, de pequena estatura, de cor exclusivamente castanha e com perfil reto ou côncavo, possuindo atualmente, cerca de 1500 fêmeas reprodutoras inscritas no Registo Zootécnico/Livro Genealógico (RZ/LG). Apesar do estado semi-selvagem em que ainda são atualmente criados e mantidos em diversas áreas do Noroeste de Portugal, estão bem caracterizados e padronizados. Andrade, 1938; Ooom, 1992; Portas et al., 2001). A avaliação genética torna-se, desta forma, uma ferramenta de grande importância para a promoção de programas de melhoramento, assegurando a continuidade da conservação da raça. Neste contexto, a consanguinidade resulta comko fator preponderante nna avaliação da variabilidade de uma raça que se encontra em vias de extinção. O coeficiente de consanguinidade individual (FX) é a probabilidade de dois alelos num determinado locus desse indivíduo serem iguais por descendência, isto é, serem cópias de um gene do mesmo ascendente comum. Em termos práticos, será a probabilidade de um indivíduo receber o mesmo gene de um ascendente através dos seus pais (através do pai e da mãe). Pretendeu-se com este trabalho contribuir para o aumento da eficácia das medidas de conservação e gestão genética que se revelam essenciais para a preservação desta raça equina tão peculiar através do conhecimento e estudo aprofundado do funcionamento do Livro Genealógico (LG) e Registo Zootécnicos da Raça Equina Garrana e da avaliação genética da Raça Garrana para as principais características de interesse neste caso concreto do estudo sobre a consanguinidade. Para lograr os objetivos propostos, recorremos à análise dos dados genealógicos disponíveis e recorrendo ao programa Ruralbit - Genpro, estimamos o cálculo do coeficiente de consanguinidade individual, utilizando para o efeito, dois núcleos de animais distintos (núcleo de animais estabulados (n=128) e núcleo de animais em liberdade (n=22)). Os resultados obtidos permitiram evidenciar elevados valores de consanguinidade existentes no núcleo de animais em liberdade (Fx =25% obtidos em 10 indivíduos e Fx= 12,5%, obtidos em 2 indivíduos) que ainda dão mais ênfase à ideia de que ainda há um longo caminho a percorrer nesta área de melhoramento genético. Pelo exposto e tendo conhecimento que as raças autóctones portuguesas, nas quais incluímos a raça equina Garrana, fazem parte integrante do património histórico e cultural do nosso País, um património único e inestimável, que devemos preservar, torna-se imperativo a continuidade destes estudos na raça Garrana. Em suma, dado que estas populações têm vindo a desempenhar um importante papel no equilíbrio ecológico, bem como nas evidências dos valorizados potenciais de carácter gastronómico, social, cultural, entre outros, é fundamental no futuro próximo o estudo do desenvolvimento e da evolução do património genético. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-01-29T00:00:00Z 2015-01-29 2022-05-12T15:27:02Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/20.500.11960/2741 TID:201700441 |
url |
http://hdl.handle.net/20.500.11960/2741 |
identifier_str_mv |
TID:201700441 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799131524268818432 |