A literacia em saúde mental acerca da depressão numa população adulta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Célia Catarina Querido
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=KAZMchq2
Resumo: Enquadramento: A literacia em saúde mental define-se pelo conjunto de conhecimentos e crenças que o indivíduo possui sobre perturbação mental que lhe permitem o seu reconhecimento, gestão e prevenção (Jorm et al., 1997, citado por Jorm, 2014). Em Portugal, as perturbações psiquiátricas afetam mais de um quinto da população (DGS, 2014), sendo que as perturbações depressivas apresentam a maior prevalência nacional na região centro do país (DGS, 2015). A evolução da prescrição de psicofármacos tem revelado um aumento do seu consumo, sendo os antidepressivos aqueles que registaram maior aumento entre 2010 e 2012 (Infarmed, 2013). Objetivos: Os objetivos deste estudo consistem em avaliar a literacia em saúde mental acerca da depressão numa população adulta e investigar as suas atitudes em relação ao uso de psicofármacos para o seu tratamento. Metodologia: Na tentativa de responder a questões relacionadas com a literacia em saúde mental no âmbito da depressão, a relação entre as variáveis sociodemográficas e as componentes da LSM e as atitudes relativamente ao uso de psicofármacos no tratamento da depressão, foram utilizados o QuALiSMental na versão validada para a população portuguesa (Loureiro, 2014) e o ICSP (Inventário de Crenças sobre os Psicofármacos). A amostra do tipo probabilístico acidental constitui-se de 102 adultos. Resultados: O reconhecimento da depressão foi elevado (72.5%), sendo que as variáveis sociodemográficas não se mostraram estatisticamente relevantes para esse reconhecimento. Apenas a escolha do psiquiatra, como profissional adequado a procurar, e os comprimidos para dormir, como tratamento, se mostraram preditores do reconhecimento da depressão. Não se encontraram relações estatisticamente significativas entre as variáveis sociodemográficas ou o reconhecimento com as atitudes em relação ao uso dos psicofármacos no tratamento da depressão. A atitude em relação aos psicofármacos que mais se evidenciou foi a atitude de neutralidade em que se aceitam como coadjuvantes de outras intervenções. A familiaridade com os psicofármacos foi a única variável que se mostrou preditora da atitude de neutralidade.
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