Recuperação de pradarias marinhas (Zostera noltei) na Ria de Aveiro (Portugal): avaliação de técnicas de transplante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ana Filipa Albuquerque
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/28405
Resumo: As pradarias marinhas providenciam inúmeros serviços de ecossistema, mas devido a várias perturbações encontram-se em declínio em termos globais. Desde as três últimas décadas têm sido efetuados vários trabalhos que visam a recuperação de pradarias por meio de transplantes, nomeadamente com o género Zostera, do qual na sua maioria realizados com a espécie Zostera marina. Para a espécie Zostera noltei, que em termos morfológicos é muito diferente da Zostera marina, a aplicação das mesmas técnicas de transplante poderá não ser igualmente eficaz, devendo, por isso, ser testada in situ. Até finais do século passado a Ria de Aveiro albergava populações de Zostera marina e de Zostera noltei com distribuição subtidal e intertidal. Atualmente, a par com o declínio a nível global, em áreas intertidais apenas há registos de populações de Zostera noltei e a sua distribuição é bastante inferior à registada em meados do século XX. Neste contexto, é importante conhecer os métodos, testados por outros autores, que melhor contribuíram para promover a recuperação das pradarias, nomeadamente de Zostera marina, assim como será necessário identificar e testar os métodos que se apresentam mais promissores para a recuperação das populações de Zostera noltei na Ria de Aveiro. Assim, usando cinco métodos diferentes de transplante in situ (transplantes individuais com e sem ancoragem e “sod”), o objetivo desta dissertação é identificar o melhor método para transplantar Zostera noltei a fim de recuperar as suas populações. A monitorização, com base na cobertura vegetal, efetuou-se durante nove meses (novembro de 2018 a julho de 2019). Os resultados não demonstraram diferenças significativas entre métodos, mas sim entre meses, verificando-se um pico máximo de cobertura vegetal nos meses de março e abril. As alterações na cobertura vegetal ocorridas após este período, resultaram da variação de parâmetros ambientais e de perturbações antropogénicas e biológicas. O método que se revelou mais vantajoso para implementar em futuros trabalhos de recuperação com a espécie Zostera noltei foi o método “sod”.
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