Influência do exercício físico na depressão, autoestima, qualidade de vida, imagem corporal e sexualidade em mulheres sobreviventes do cancro da mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Helena Isabel Azevedo
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9955
Resumo: O cancro da mama é o tipo de cancro mais frequente na mulher em todo o mundo. Nos últimos anos, o seu tratamento teve bastantes progressos, a par deste facto temos o aumento do número de sobreviventes. Apesar dos resultados dos tratamentos serem maioritariamente positivos, há inevitavelmente, repercussões a nível biológico e funcional, afetando igualmente a sexualidade e aspetos psicológicos, nomeadamente: a depressão, a autoestima, a qualidade de vida, a imagem corporal e a sexualidade. A literatura tem mostrado que o exercício físico parece ter um papel importante no processo de recuperação desta doença. Desta forma, a presente investigação tem como principal objetivo analisar o efeito de um programa de exercício físico na qualidade de vida (imagem corporal, sexualidade, perspetivas futuras, efeitos secundários da quimioterapia, sintomas na mama e no braço), autoestima e depressão em mulheres sobreviventes do cancro da mama. A amostra foi constituída por 13 mulheres com diagnóstico de doença oncológica mamária (46,54±6,31 anos) que participaram num programa de exercício físico durante 12 semanas, 2 vezes por semana (60’/sessão). Como instrumentos de recolha de dados, foram utilizados: o Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module (QLQ-BR23,) o Inventário de Depressão de Beck, a Escala de Autoestima de Rosenberg e o Questionário de História da Doença Oncológica. Como principais resultados, verificou-se que o programa de exercício melhorou significativamente a autoestima (p=0,004), no entanto ao nível da depressão não se verificaram alterações significativas. Relativamente à qualidade de vida, as subescalas do EORTC QLQ- BR23, foram constatadas melhorias significativas nas “perspetivas futuras” (p= 0,047) e nos “sintomas do braço” (p=0,015). Nas restantes variáveis não se verificaram alterações significativas. A intervenção com o exercício físico parece induzir melhorias na autoestima e em algumas variáveis da qualidade de vida de mulheres sobreviventes do cancro da mama, no entanto é necessário realizar estudos com programas de exercício físico de maior duração, constituídos por amostras de maior dimensão e com um grupo controlo para se poder tirar conclusões mais consistentes.
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Desta forma, a presente investigação tem como principal objetivo analisar o efeito de um programa de exercício físico na qualidade de vida (imagem corporal, sexualidade, perspetivas futuras, efeitos secundários da quimioterapia, sintomas na mama e no braço), autoestima e depressão em mulheres sobreviventes do cancro da mama. A amostra foi constituída por 13 mulheres com diagnóstico de doença oncológica mamária (46,54±6,31 anos) que participaram num programa de exercício físico durante 12 semanas, 2 vezes por semana (60’/sessão). Como instrumentos de recolha de dados, foram utilizados: o Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module (QLQ-BR23,) o Inventário de Depressão de Beck, a Escala de Autoestima de Rosenberg e o Questionário de História da Doença Oncológica. Como principais resultados, verificou-se que o programa de exercício melhorou significativamente a autoestima (p=0,004), no entanto ao nível da depressão não se verificaram alterações significativas. Relativamente à qualidade de vida, as subescalas do EORTC QLQ- BR23, foram constatadas melhorias significativas nas “perspetivas futuras” (p= 0,047) e nos “sintomas do braço” (p=0,015). Nas restantes variáveis não se verificaram alterações significativas. A intervenção com o exercício físico parece induzir melhorias na autoestima e em algumas variáveis da qualidade de vida de mulheres sobreviventes do cancro da mama, no entanto é necessário realizar estudos com programas de exercício físico de maior duração, constituídos por amostras de maior dimensão e com um grupo controlo para se poder tirar conclusões mais consistentes.Breast cancer is the most common type of cancer in women. In recent years, breast cancer treatment had substantial progress, with a consequent increase in the number of survivors. Although the results of the treatments are mostly positive, there are inevitably repercussions at a biological and functional level, also affecting psychological aspects, namely: depression, self-esteem, quality of life, body image and sexuality. The literature has shown that physical exercise seems to have an important role in the recovery process from this disease. Therefore, the aim of this study was to analyse the effect of a physical exercise program on the quality of life (body image, sexuality, future perspectives, side effects of chemotherapy, symptoms in the breast and arm, concern about hair loss), self-esteem and depression in women breast cancer survivors. The sample comprised 13 women diagnosed with breast cancer (aged of 46,54± 6,31 years) who have taken part in a physical training program with a duration of 12 weeks and a frequency of 2 times a week. The duration of each training session was 60 minutes. Two evaluations were conducted, one before and the other after the intervention program. The following instruments were used: The Supplementary Breast Cancer Module Questionnaire – (QLQ-BR23), the Beck Depression Inventory (BDI-I), Rosenberg’s Self Esteem Scale and the Cancer Disease History Questionnaire. The analysis of the results shows that the intervention significantly improved self-esteem (p = 0,004), however, there were no significant changes regarding depression. Regarding the EORTC QLQ- BR23 subscales, substantial improvements were found in “future perspectives” (p = 0,047) and “arm symptoms” (p = 0,015). The remaining variables showed no significant changes. The intervention with physical exercise seems to induce enhanced self-esteem and some variables regarding quality of life of women diagnosed with breast cancer. Longer studies, larger samples and a control group are needed to draw more consistent conclusions.2020-06-15T15:21:23Z2020-05-20T00:00:00Z2020-05-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/9955porMendes, Helena Isabel Azevedoinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:40:53Zoai:repositorio.utad.pt:10348/9955Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:41.784516Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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