Fontes de poluição do Estuário do Mondego: condicionantes para a aquacultura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/5579 |
Resumo: | Os bivalves, organismos que se alimentam por filtração, podem acumular nos seus tecidos bactérias e vírus patogénicos que podem ocorrer nas águas das zonas de produção, tendo como origem principal esgotos urbanos não tratados ou com tratamento insuficiente. O consumo de organismos crus ou insuficientemente cozinhados, colhidos em zonas de águas contaminadas, pode causar doenças como gastroenterites e ainda levar a surtos de doenças infecciosas. Com o objetivo de proteger a saúde pública, e sob o Regulamento (CE) nº 854/2004 de 29 de abril, as zonas de produção de moluscos bivalves são classificadas tendo por base a monitorização dos níveis de indicadores fecais (Escherichia coli). Esta classificação determina o nível de tratamento requerido antes do consumo humano, ou proíbe a sua apanha. De acordo com a regulamentação nº 854/2004 (CE), a classificação das zonas de produção envolve a elaboração de um inventário das fontes de poluição (incluindo se possível caracterização física, química e microbiológica dos efluentes libertados, variação sazonal das suas quantidades e dos seus padrões de dispersão espacial) responsáveis pela degradação ambiental destas áreas. O presente estudo constitui a base de trabalho de forma a contribuir para uma avaliação primária do risco sanitário duma zona de produção de bivalves, situada na região do Estuário do Mondego, realizando a caracterização do tipo de contaminação microbiológica da zona de apanha/cultura e combinando informações quanto às fontes de poluição de origem pontual e difusa, características de uso do solo, explorações de criação animal, fauna selvagem, embarcações e características meteorológicas na área. Os ensaios microbiológicos realizados recorreram a normas ISO utilizando a técnica do NMP para quantificação de E. coli. O trabalho de campo baseou-se na identificação georreferenciada dos bancos de moluscos bivalves, identificação de fontes de poluição bem como recolha de amostras em vários Bancos de bivalves no Braço Norte e Braço Sul do Estuário. Como resultado verificaram-se valores superiores de E. coli no Braço Sul relativamente ao Braço Norte jusificando-se pelo ponto de descarga de uma ETAR nesta mesma zona bem como devido à sua hidrodinâmica que leva a tempos de residência muito elevados para a manutenção do ecossistema. |
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De acordo com a regulamentação nº 854/2004 (CE), a classificação das zonas de produção envolve a elaboração de um inventário das fontes de poluição (incluindo se possível caracterização física, química e microbiológica dos efluentes libertados, variação sazonal das suas quantidades e dos seus padrões de dispersão espacial) responsáveis pela degradação ambiental destas áreas. O presente estudo constitui a base de trabalho de forma a contribuir para uma avaliação primária do risco sanitário duma zona de produção de bivalves, situada na região do Estuário do Mondego, realizando a caracterização do tipo de contaminação microbiológica da zona de apanha/cultura e combinando informações quanto às fontes de poluição de origem pontual e difusa, características de uso do solo, explorações de criação animal, fauna selvagem, embarcações e características meteorológicas na área. Os ensaios microbiológicos realizados recorreram a normas ISO utilizando a técnica do NMP para quantificação de E. coli. O trabalho de campo baseou-se na identificação georreferenciada dos bancos de moluscos bivalves, identificação de fontes de poluição bem como recolha de amostras em vários Bancos de bivalves no Braço Norte e Braço Sul do Estuário. Como resultado verificaram-se valores superiores de E. coli no Braço Sul relativamente ao Braço Norte jusificando-se pelo ponto de descarga de uma ETAR nesta mesma zona bem como devido à sua hidrodinâmica que leva a tempos de residência muito elevados para a manutenção do ecossistema.Bivalve, organisms that feed by filtration, can accumulate in their tissues bacteria and pathogenic viruses that may occur in the waters of the production areas, being the main source the untreated or poorly treated municipal sewage. Consumption of raw or insufficiently cooked organisms harvested in areas of contaminated water can cause diseases such as gastroenteritis and even lead to outbreaks of infectious diseases. In order to protect public health, and under the Regulation (EC) No. 854/2004 of April 29th, the bivalve mollusk production areas are classified based on the monitoring of fecal indicator levels (Escherichia coli). This classification determines the level of treatment required before human consumption, or prohibits their harvesting. According to the regulation No. 854/2004 (EC), the classification of the production areas involves the establishment of an inventory of pollution sources (including, if possible, physical, chemical and microbiological characterization of the released effluents, seasonal variation of their quantities and their spatial dispersion patterns) responsible for environmental degradation of these areas. This study constitutes the groundwork in order to contribute to a primary assessment of the health risk on a shellfish production area, located in the Mondego Estuary region, performing the characterization of the microbiological contamination of the harvesting / culture area and combining information on the sources of pollution either with point or diffuse origin, land use characteristics, animal husbandry farms, wildlife, boats and meteorological characteristics in the area. The microbiological tests carried out recurred to ISO standards using the NMP technique for E. coli quantitation. The work field was based on geo-referenced identification of deposits of bivalve mollusks, identification of pollution sources and sampling in several bivalve Banks in the North arm and the South arm of the Estuary. As a result higher values of E. coli were verified in the south arm comparing to the north arm what can be explained by the presence of a wastewater treatment facility discharge point on this zone as well as due to its hydrodynamics which leads to very high residence times to the ecosystem maintenance.2016-02-25T13:51:26Z2016-02-25T00:00:00Z2016-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/5579porFerreira, Vera Mónica Monteiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:36:57Zoai:repositorio.utad.pt:10348/5579Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:01:37.212121Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Os bivalves, organismos que se alimentam por filtração, podem acumular nos seus tecidos bactérias e vírus patogénicos que podem ocorrer nas águas das zonas de produção, tendo como origem principal esgotos urbanos não tratados ou com tratamento insuficiente. O consumo de organismos crus ou insuficientemente cozinhados, colhidos em zonas de águas contaminadas, pode causar doenças como gastroenterites e ainda levar a surtos de doenças infecciosas. Com o objetivo de proteger a saúde pública, e sob o Regulamento (CE) nº 854/2004 de 29 de abril, as zonas de produção de moluscos bivalves são classificadas tendo por base a monitorização dos níveis de indicadores fecais (Escherichia coli). Esta classificação determina o nível de tratamento requerido antes do consumo humano, ou proíbe a sua apanha. De acordo com a regulamentação nº 854/2004 (CE), a classificação das zonas de produção envolve a elaboração de um inventário das fontes de poluição (incluindo se possível caracterização física, química e microbiológica dos efluentes libertados, variação sazonal das suas quantidades e dos seus padrões de dispersão espacial) responsáveis pela degradação ambiental destas áreas. O presente estudo constitui a base de trabalho de forma a contribuir para uma avaliação primária do risco sanitário duma zona de produção de bivalves, situada na região do Estuário do Mondego, realizando a caracterização do tipo de contaminação microbiológica da zona de apanha/cultura e combinando informações quanto às fontes de poluição de origem pontual e difusa, características de uso do solo, explorações de criação animal, fauna selvagem, embarcações e características meteorológicas na área. Os ensaios microbiológicos realizados recorreram a normas ISO utilizando a técnica do NMP para quantificação de E. coli. O trabalho de campo baseou-se na identificação georreferenciada dos bancos de moluscos bivalves, identificação de fontes de poluição bem como recolha de amostras em vários Bancos de bivalves no Braço Norte e Braço Sul do Estuário. Como resultado verificaram-se valores superiores de E. coli no Braço Sul relativamente ao Braço Norte jusificando-se pelo ponto de descarga de uma ETAR nesta mesma zona bem como devido à sua hidrodinâmica que leva a tempos de residência muito elevados para a manutenção do ecossistema. |
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