Mediação e Exemplificação. Da discursividade da Chamada “Arte Interactiva”
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/89094 |
Resumo: | Se há conceito que melhor pode representar as práticas discursivas em torno dos novos meios tecnológicos, é, sem dúvida, o de “interactividade”. Pela sua abrangência semântica – e este é um dos predicados que justificam o sucesso da sua recepção –, revela-se tal conceito portador de uma tripla dimensão: relação entre médium e observador; natureza tecnológica do primeiro; tipologia das formas de mediação. É no âmbito desta última di- mensão que podemos situar o discurso da “imagem interactiva”. Nas reflexões estéticas – principalmente naquelas com um pendor teórico ligado à análise dos media –, o conceito de imagem inte- ractiva tem vindo a ganhar um primado face a outras tipologias imagéticas ainda marcadas pelo tradicional conceito de figuração. Mas, quando se analisa as inúmeras exposições teóricas sobre a chamada “arte interactiva”, o que tende a ocupar o pensamento está situado num horizonte estético que ultrapassa a vocação sensível da própria arte. É sob o signo da comunicação que as vivências e os objectos artísticos são propostos, antevendo-se em ambos – assim profetizam vários autores – uma correspondência efectiva com os ideais dialógicos de uma sociedade plenamente emancipada. A questão que aqui se pode colocar não abrange somente a depreensão do primado da comunicação sobre a sensibili- dade e, com este, a redefinição paradigmática do conceito de aisthesis. De tal primado deve igualmente redundar uma aferi- ção da nova condição imputada à sensibilidade, bem como do discurso que a legitima. |
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