Sensores químicos para antibióticos em aquicultura

• Autor(a) principal: Sousa, Ana Sofia Correia de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/30981
• topic: Antibióticos; Aquicultura; Oxitetraciclina; Sensores de massa; Cristais piezoeletricos de quartzo; Polímeros molecularmente impressos

A oxitetraciclina é um dos antibióticos mais usados no tratamento de peixes de aquicultura na Europa. A presença de elevadas quantidades deste antibiótico em águas de aquicultura pode levar à contaminação dos recursos hídricos e ao aparecimento de resistência bacteriana. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de um sensor de massa para detetar a oxitetraciclina (OTC) nas águas da aquicultura, tendo por base os cristais de quartzo piezoelétricos (QCM) com polímeros molecularmente impressos (MIP) como elemento de reconhecimento. Sintetizaram-se quatro polímeros molecularmente impressos (MIP-1, MIP-2, MIP-3, MIP-4) descritos na literatura para a deteção da OTC. Para imobilizar os MIPs na superfície do cristal de quartzo, estes foram introduzidos numa membrana de PVC e plastificante, dissolvida em tetrahidrofurano (THF), que posteriormente foi colocada na superfície de ouro do elétrodo do cristal piezoelétrico. Os cristais depois de revestidos e secos foram avaliados num sistema de injeção em fluxo (FIA). A injeção de soluções padrão com diferentes concentrações da oxitetraciclina e dos seus possíveis interferentes, permitiu construir as várias curvas de calibração e estudar o comportamento do sensor. O objetivo era perceber qual o polímero molecularmente impresso que melhor se adequa para a deteção da OTC. Os sensores revestidos com o MIP-1 e o MIP-2 foram os que se mostraram ser mais seletivos para a OTC face à tetraciclina (TC), à ciprofloxacina (CIP), à enrofloxacina (ENR) e ao ácido oxolínico (AO). No entanto o MIP-2 respondeu mais ao NaCl do que o MIP-1, o que torna a sua aplicação desaconselhada em águas estuarinas O sensor revestido com o MIP-1 apresenta uma sensibilidade para a OTC em tampão HEPES de 502275 Hz L mol-1, um limite de quantificação (LOQ) de 4,91 ppm e um limite de deteção (LOD) de 1,47 ppm. Contudo estes valores podem ser otimizados no futuro, otimizando o revestimento do sensor, na quantidade, disposição de MIP e o modo como este se encontra incorporado do PCV.