Reconhecimento de emoções faciais na esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madeira, Mariana Amaral Matos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2743
Resumo: A presente investigação apresenta como principal objectivo, o estudo da cognição social na esquizofrenia, mais especificamente a identificação e reconhecimento de emoções básicas por parte de pacientes diagnosticados com uma perturbação esquizofrénica. Pretendeu-se avaliar também quais as emoções mais e menos reconhecidas; bem como diferenças relativas à valência das emoções; género do estímulo apresentado; género e idade do respondente; sintomatologia, fase e condição clínica e subtipo de esquizofrenia. Para tal foram avaliados 30 sujeitos previamente diagnosticados com uma perturbação esquizofrénica e 30 sujeitos pertencentes ao grupo normativo. Assim, os 60 indivíduos que participaram no presente estudo foram avaliados através de um questionário sociodemográfico, com o objectivo de recolher dados pessoais que permitissem a posterior correlação com o reconhecimento das emoções. A segunda parte consistia na aplicação da BPRS (Brief Psychiatry Rating Scale), que visava a avaliação da sintomatologia positiva e negativa. Por fim, foi utilizada uma plataforma informática (I-emotions) elaborada e disponibilizada pelo Prof. Freitas-Magalhães. Através da mesma foram apresentadas as 7 emoções básicas (alegria, aversão, cólera, desprezo, tristeza, medo, surpresa) e a face neutra, por 2 estímulos de ambos os sexos. Os resultados apontam para défices no reconhecimento de emoções por parte dos pacientes com esquizofrenia (principalmente na aversão, surpresa e face neutra). As emoção mais reconhecida foi a alegria, sendo o medo a que mais dificuldades suscitou no seu reconhecimento. Não se verificaram diferenças significativas quanto às variáveis pessoais (idade e género) ou características clínicas (sintomatologia, fase e condição clínica e subtipo de esquizofrenia). Contudo acerca destas últimas pode-se inferir algumas conclusões gerais, nomeadamente os pacientes com esquizofrenia em fase de descompensação, ou com maior sintomatologia, têm mais dificuldade em reconhecer as emoções básicas, apresentando maior relutância no fornecimento de uma resposta.
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