Utilização do equipamento de proteção individual pelos enfermeiros em isolamento de contacto : adesão e necessidades de formação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Loureiro, Sara Alexandra Pereira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/4858
Resumo: Enquadramento: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) constituem-se cada vez mais como um problema de saúde pública. A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) tem sido uma das formas de tentar minorar este problema. A formação dos profissionais de saúde é vista como essencial para melhorar os índices de adesão a esta prática, ainda longe dos desejáveis. Objetivos: Este estudo teve como objetivos principais: i) caracterizar a formação e as necessidades de formação em EPI dos enfermeiros, ii) caracterizar a adesão dos enfermeiros à correta utilização do EPI, e iii) analisar a influência das características demográficas e profissionais nas necessidade de formação e na adesão ao EPI. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, num serviço de Medicina Interna de um hospital universitário, composto por duas partes: a) questionário sobre necessidades de formação e b) observação da utilização de EPI em doentes em isolamento de contacto, com recurso a uma grelha de observação a 7 procedimentos, cujo score global varia entre 0 e 14 pontos. Resultados: Participaram 17 enfermeiros, observados em 50 situações. 76.5% dos enfermeiros receberam formação em EPI nos últimos 3 anos e todos consideram saber usar corretamente este equipamento. As prioridades em formação foram a higienização das mãos e a utilização de EPI. O acondicionamento de resíduos é uma área prioritária, mas apenas para os enfermeiros mais jovens. Relativamente às observações, a não higienização das mãos antes de entrar aconteceu em 66% das vezes, facto mais comum nos enfermeiros mais jovens. Na maior parte das vezes (70%) as luvas foram retiradas depois da bata. O Score global variou entre 9 e 13 pontos, com uma média de 10.4 (±1.2). Verificou-se que quanto maior o tempo de exercício profissional, quanto maior o número de doentes (incluindo totalmente dependentes) maior é a adesão a medidas de proteção individual ou vice-versa. Não se verificaram diferenças para o turno nem para o sexo do enfermeiro. Conclusão: Estes resultados permitiram identificar as necessidades de formação em EPI de uma equipa de enfermagem de um serviço de medicina, bem como identificar que apesar da boa adesão à utilização correta do EPI, existem alguns procedimentos que requerem discussão/formação. A generalização destes resultados a outros serviços é limitada pelo reduzido tamanho da amostra e pelo desenho do estudo. Palavras-chave: Infeção, IACS, prevenção, Equipamento Proteção Individual, Adesão.
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Objetivos: Este estudo teve como objetivos principais: i) caracterizar a formação e as necessidades de formação em EPI dos enfermeiros, ii) caracterizar a adesão dos enfermeiros à correta utilização do EPI, e iii) analisar a influência das características demográficas e profissionais nas necessidade de formação e na adesão ao EPI. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, num serviço de Medicina Interna de um hospital universitário, composto por duas partes: a) questionário sobre necessidades de formação e b) observação da utilização de EPI em doentes em isolamento de contacto, com recurso a uma grelha de observação a 7 procedimentos, cujo score global varia entre 0 e 14 pontos. Resultados: Participaram 17 enfermeiros, observados em 50 situações. 76.5% dos enfermeiros receberam formação em EPI nos últimos 3 anos e todos consideram saber usar corretamente este equipamento. As prioridades em formação foram a higienização das mãos e a utilização de EPI. O acondicionamento de resíduos é uma área prioritária, mas apenas para os enfermeiros mais jovens. Relativamente às observações, a não higienização das mãos antes de entrar aconteceu em 66% das vezes, facto mais comum nos enfermeiros mais jovens. Na maior parte das vezes (70%) as luvas foram retiradas depois da bata. O Score global variou entre 9 e 13 pontos, com uma média de 10.4 (±1.2). Verificou-se que quanto maior o tempo de exercício profissional, quanto maior o número de doentes (incluindo totalmente dependentes) maior é a adesão a medidas de proteção individual ou vice-versa. Não se verificaram diferenças para o turno nem para o sexo do enfermeiro. Conclusão: Estes resultados permitiram identificar as necessidades de formação em EPI de uma equipa de enfermagem de um serviço de medicina, bem como identificar que apesar da boa adesão à utilização correta do EPI, existem alguns procedimentos que requerem discussão/formação. A generalização destes resultados a outros serviços é limitada pelo reduzido tamanho da amostra e pelo desenho do estudo. Palavras-chave: Infeção, IACS, prevenção, Equipamento Proteção Individual, Adesão.ABSTRACT Title: Training needs and adherence of nurses to the use of Personal Protective Equipment in patiens in isolation of contact. Background: Health Care Associated Infections (IACS) are increasingly becoming a public health problem. The use of Personal Protective Equipment (PPE) has been one of the ways to try to mitigate this problem. The training of health professionals is seen as essential to improve adherence rates to this practice, still far from desirable. Objectives: The main objectives of this study were: i) to characterize the training and training needs on PPE of nurses; ii) to characterize nurses' adherence to the correct use of PPE; and iii) to analyze the influence of demographic and professional characteristics on the need for training and adherence to PPE. Methods: A quantitative, descriptive-correlational and cross-sectional study was carried out in an Internal Medicine department of an university hospital, consisting of two parts: a) questionnaire on training needs and b) observation of the use of PPE in patients in contact isolation, with an observation grid with 7 procedures, whose overall score varies between 0 and 14 points. Results: Seventeen nurses participated, observed in 50 situations. 76.5% of the nurses received training in PPE in the last 3 years and all consider knowing how to use this equipment correctly. The priorities in training were hand hygiene and the use of PPE. Wrapping waste is a priority area, but only for younger nurses. Regarding the observations, the non-higyene of the hands before entering occurred in 66% of the observations, a fact that is more common in younger nurses. In most cases (70%) the gloves were removed after the gown. The overall score varied between 9 and 13 points, with an average of 10.4 (±1.2). It has been found that professionals with longer time of profession and professinals with greater number patients (including totally dependent) under their responsability had higher adherence to individual protection measures or vice-versa. No statistical differences were found for shifts or for the nurse's gender. Conclusion: These results allowed to identify the PPE training needs of a nursing team of a internal medicine ward, as well as to identify that despite good adherence to the correct use of PPE, there are some procedures that require discussion/training. The generalization of these results to other services is limited by the small sample size and study design. Key words: Infection, IACS, prevention, Equipment, Individual Protection, adherence.Ribeiro, Olivério de PaivaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuLoureiro, Sara Alexandra Pereira2019-02-09T01:30:11Z2018-02-092017-10-032018-02-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4858TID:201858843porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:40Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4858Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:22.760438Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS) constituem-se cada vez mais como um problema de saúde pública. A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) tem sido uma das formas de tentar minorar este problema. A formação dos profissionais de saúde é vista como essencial para melhorar os índices de adesão a esta prática, ainda longe dos desejáveis. Objetivos: Este estudo teve como objetivos principais: i) caracterizar a formação e as necessidades de formação em EPI dos enfermeiros, ii) caracterizar a adesão dos enfermeiros à correta utilização do EPI, e iii) analisar a influência das características demográficas e profissionais nas necessidade de formação e na adesão ao EPI. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, num serviço de Medicina Interna de um hospital universitário, composto por duas partes: a) questionário sobre necessidades de formação e b) observação da utilização de EPI em doentes em isolamento de contacto, com recurso a uma grelha de observação a 7 procedimentos, cujo score global varia entre 0 e 14 pontos. Resultados: Participaram 17 enfermeiros, observados em 50 situações. 76.5% dos enfermeiros receberam formação em EPI nos últimos 3 anos e todos consideram saber usar corretamente este equipamento. As prioridades em formação foram a higienização das mãos e a utilização de EPI. O acondicionamento de resíduos é uma área prioritária, mas apenas para os enfermeiros mais jovens. Relativamente às observações, a não higienização das mãos antes de entrar aconteceu em 66% das vezes, facto mais comum nos enfermeiros mais jovens. Na maior parte das vezes (70%) as luvas foram retiradas depois da bata. O Score global variou entre 9 e 13 pontos, com uma média de 10.4 (±1.2). Verificou-se que quanto maior o tempo de exercício profissional, quanto maior o número de doentes (incluindo totalmente dependentes) maior é a adesão a medidas de proteção individual ou vice-versa. Não se verificaram diferenças para o turno nem para o sexo do enfermeiro. Conclusão: Estes resultados permitiram identificar as necessidades de formação em EPI de uma equipa de enfermagem de um serviço de medicina, bem como identificar que apesar da boa adesão à utilização correta do EPI, existem alguns procedimentos que requerem discussão/formação. A generalização destes resultados a outros serviços é limitada pelo reduzido tamanho da amostra e pelo desenho do estudo. Palavras-chave: Infeção, IACS, prevenção, Equipamento Proteção Individual, Adesão.
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