O comportamento ético e a aceitabilidade de práticas antiéticas de GRH: o papel moderador das Infraestruturas éticas e da sua saliência no contexto organizacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Ana Rita de Jesus
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/19735
Resumo: Na sociedade atual observa-se uma crise ética nas organizações, fazer frente a esta crise implica dotar as organizações de mecanismos que permitam orientar e promover o comportamento ético dos seus membros. Os acontecimentos recentes no mundo empresarial demonstram, de forma clara, que o comportamento ético tem um impacto determinante nos resultados organizacionais, nomeadamente na sustentabilidade, imagem pública, cultura e clima das empresas. Neste contexto, os gestores de recursos humanos podem ser atores na promoção da ética ou da falta dela. O presente estudo tem como objetivo analisar em que medida a propensão dos gestores de recursos humanos para adotar comportamentos não éticos em termos gerais reflete-se na adoção de práticas antiéticas na gestão das pessoas na organização. Adicionalmente, procurou-se avaliar o impacto das infraestruturas éticas nesta relação. Especificamente, analisámos em que medida a existência de mecanismos de controlo ético e a saliência destes para os gestores de recursos humanos aumentava ou diminuía a tendência para considerar aceitáveis ou não aceitáveis algumas práticas de gestão antiéticas. Os resultados obtidos no estudo sugerem que a propensão para adotar alguns comportamentos não éticos em termos gerais reflete-se numa maior tendência para avaliar como aceitáveis algumas práticas antiéticas na gestão de pessoas. No entanto, existência de mecanismos de controlo ético e a perceção da sua eficácia parece desempenhar um papel importante na promoção da ética organizacional. Especificamente, os gestores de recursos humanos tendem a considerar como menos aceitáveis as práticas de gestão antiéticas caso percecionem que o seu comportamento poderá vir a ter consequências por via da ativação dos mecanismos da infraestrutura ética. Os resultados são discutidos à luz do potencial impacto no contexto da mudança e adaptação das empresas tendo em vista a promoção da ética organizacional.
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