A arte em educação e um modelo pedagógico alternativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/12053 |
Resumo: | O presente artigo estrutura-se em dois pilares articulados: a observação participante de um modelo pedagógico alternativo – uma escola privada em regime de ensino doméstico, com mais de uma década de funcionamento (1º e 2º ciclos), apoiada numa filosofia pedagógica de educação pela arte – e a apropriação reflexiva de contributos de alguns autores importantes para a compreensão da arte em educação. Rancière (2010) falava d‘o comum, lugar de partilha de um sensível. Deve a escola, na ordem líquida hipermoderna (Bauman, 2011), com o contributo da arte, ser o lugar desse comum fundamental, para além de uma aprendizagem tecnicista esvaziada de significado cultural e ontológico? Se partirmos do princípio que a arte é essencial para o desenvolvimento integral do sujeito e que é secundarizada nos currículos da escolaridade ‗regular‘, devemos procurar modelos possíveis da sua integração a bem desse desenvolvimento desejável. Efland (2004) e Parsons (2010) remetem para possibilidades de integração, o nosso propósito é o de apresentar a da instituição observada que propõe (e pratica) um modelo global e integrado de pensar a arte na estrutura curricular e, sobretudo, na ideia pedagógica. A partir de um currículo com forte presença de disciplinas artísticas (não sendo uma escola de ensino artístico) e outras como o xadrez ou a filosofia, há um tema anual que estrutura todo o trabalho interdisciplinar. O resultado, em forma de produtos artísticos ao longo e no final do ano, não é mais importante do que o processo. A chave deste modelo é a arte no que esta propõe de mais reflexivo: procura-se a pergunta melhor e não a resposta esperada. Da diferença à liberdade interferidora, da cognição ao desenvolvimento de todos os sentidos a prioridade é a conscientização (Freire, 1967) crítica e sensível dos alunos, um modelo de interpretação holística do sujeito e da educação que encontrou na arte um lugar privilegiado para a intenção. |
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