Estudo intertextual do monólogo Effis Nacht de Rolf Hochhuth

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Rui Manuel Coutinho Nascimento de
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10216/19321
Resumo: O exercício de memória sobre os acontecimentos históricos que ensombram o património colectivo do povo alemão e a história mundial no século vinte continua vivo sob a escrita de Rolf Hochhuth. >Effis Nacht< responde fielmente ao compromisso histórico assumido pelo escritor para o conjunto da sua obra literária. Entregue à forma monológica, o texto tira partido do seu estado não accional para articular a necessidade informativa com uma propensão para o comentário e a crítica. Else von Ardenne foi o modelo real inspirador dos romances finisseculares, >Effi Briest< de Fontane e >Zum Zeitvertreib< de Spielhagen, antes de se transformar também na protagonista eleita por Hochhuth para a ficção do seu monólogo e de ver a sua história tratada em diferentes estudos biográficos. Todavia, o encontro com a realidade serve apenas para assegurar ao drama uma pretensa objectividade e não o alcance da verdade biográfica total. A informação histórica parece não desistir de veicular a verdade dos factos concretos, escolhidos minucuisamente por Hochhuth para validar as afirmações da Else ficcional. Em >Effis Nacht< mantém-se assim inalterável o princípio que rege a escrita do dramaturgo desde a década de sessenta: dar voz a um passado esquecido, denunciar, personalizar a culpa.
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