Sequeiro, Casa e Campo em Barcelos Intervenção Arquitetónica para Agroturismo

• Autor(a) principal: Lopes, Marisa Fernandes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13747
• topic: Barcelos; Agroturismo; Arquitetura; Popular; Rural; Tradição Arquitetónica; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Arquitetura

As zonas rurais têm sofrido diversas transformações ao longo dos tempos, originando o desaparecimento de valores de uma entidade regional, que se tem vindo a desvanecer, em termos de tradições, culturas e memórias do local. Simultaneamente, a Arquitetura Popular Portuguesa, tem vindo a ser esquecida ou mesmo desvalorizada, certamente por não corresponder às aceleradas mudanças dos modos de vida contemporâneos. No entanto, deparamo-nos atualmente com algum reverso da situação. Numa época caracterizada pela globalização que promove a homogeneização das culturas e consequentemente os modos de construir, afirma-se cada vez mais a necessidade de retomar questões associadas à identidade e o interesse de voltar a uma construção adaptada ao lugar. Consciente desta realidade, a presente dissertação coloca como pressuposto fundamental compreender a importância da Arquitetura Popular portuguesa, com vista à preservação de uma identidade rural e agrícola, através da valorização e reinterpretação da sua arquitetura. O trabalho parte de uma inquietação da autora sobre esta temática e reflete-se na recolha de conhecimento e análise desta arquitetura de forma a absorver os seus ensinamentos. No contexto do Mestrado Integrado em Arquitetura da Universidade da Beira Interior, a intervenção prática a desenvolver consiste na realização de um projeto para alojamento local, assente no conceito de agroturismo. O local escolhido foi a Quinta da Torre, situada a 2,5 km do centro da cidade de Barcelos. Num lugar onde a tradição agrícola parece sobreviver às constantes mutações dos tempos, procurou-se desenvolver um projeto de arquitetura capaz de reafirmar a identidade do local. Numa ciente concordância da ação do Homem com a Natureza, trabalha-se e explora-se como conceito a metáfora associada à atividade de cultivo, desde a preparação da terra, a sementeira ao processo de colheita do produto final.