Os efeitos da manobra de Kristeller no segundo período de trabalho de parto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/9509 |
Resumo: | Pela redação do presente relatório, procuramos descrever as atividades desenvolvidas ao longo do Estágio: Gravidez, trabalho de parto, parto e pós-parto, com objetivo de dar cumprimento às competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, descritas e aprovadas pela Ordem dos Enfermeiros. Tratando-se de um estágio profissionalizante, planeamos estratégias e intervenções para a prestação de cuidados especializados, procurando dar resposta à mulher nas diferentes fases do ciclo vital, nomeadamente gravidez com complicações, parto e puerpério, desejando atingir as referidas competências. No decorrer do trabalho de parto, surge, por vezes, a necessidade de “ajudar” a parturiente procurando encurtá-lo. Esta “ajuda” é fornecida através da aplicação de uma pressão externa no fundo uterino denominada de Manobra de Kristeller. Esta técnica, realizada geralmente pelo médico ou por um enfermeiro ESMO, é executada pela aplicação manual de uma pressão no fundo do útero, é realizada concomitantemente com as contrações uterinas e esforços expulsivos por parte da parturiente. O facto de ser aplicada deliberadamente, sem um controlo efetivo da pressão aplicada, associada à não existência de um registo nos processos clínicos das parturientes da aplicação da técnica, dificulta a associação de possíveis complicações materno-fetais. A literatura consultada permitiu-nos afirmar que a manobra de Kristeller não encurta o segundo período de trabalho de parto. Encontra-se intimamente acoplada a aplicação de partos por ventosas o que potencia o aumento das taxas de episiotomia e lacerações perineais severas. No que se refere aos riscos ou benefício materno fetais não verificamos, a partir da análise dos artigos em estudo, qualquer benefício, todavia não é possível a obtenção de dados efetivos sobre a temática pela escassez de evidências. Neste sentido, pareceu-nos pertinente a realização de uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de clarificar os reais efeitos e potenciais riscos intrínsecos à manobra de Kristeller, no segundo período de trabalho de parto. |
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