Efeito da fisioterapia na dor crónica pélvica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pais, Joana Boa-Alma
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/46185
Resumo: Introdução: A dor e a hiperatividade muscular do PP, parecem ser os sintomas mais evidenciados em indivíduos com DCP. Existem várias técnicas de fisioterapia em programas de longa duração, capazes de melhorar esta condição. Músculos mais relaxados estão também associados a contrações mais eficazes reduzindo assim a probabilidade de surgirem outras disfunções/lesões. Objetivo: Avaliar o tónus muscular do PP antes e após uma sessão de fisioterapia em indivíduos com dor pélvica. Perceber ainda de que forma uma sessão de fisioterapia contribui para a diminuição da dor. Metodologia: Participaram deste estudo 17 sujeitos (sexo masculino e feminino) com DCP. Previamente à intervenção fisioterapêutica foi feita EMG com uma sonda endocavitária e avaliado o tónus muscular em repouso e a máxima contração voluntária. Aplicou-se ainda o Pain Impact Questionaire e a escala analógica da dor. Após a intervenção da fisioterapia fez-se novamente a medição do tónus e da dor, comparando assim os dois momentos. Resultados: Na avaliação da média do tónus muscular em repouso houve uma diminuição estatisticamente significativa apenas para o lado direito embora se verifique uma diminuição também para o lado esquerdo. Podemos verificar que estas diferenças só foram significativas no grupo do sexo masculino. Nas máximas contrações voluntárias as diferenças nos dois momentos não foram significativas. No parâmetro da dor, quando comparados os dois momentos, obteve-se uma diminuição das médias de 5,88±1,83 para 3,76±1,71, sendo esta diferença estatisticamente significativa (p < 0,01) para ambos os sexos. No impacto da dor (PIQ-6), obteve-se um valor maior para o sexo masculino (56,82±6,49 para feminino e 60,63±5,902). Quando relacionado com a dor, obteve-se uma correlação moderada e estatisticamente significativa (p=0,18 e r=0,564). Não houve significância na relação entre a prática de exercício físico e a dor nem com o PIQ-6 assim como na relação entre a força muscular e a dor nem com o tónus muscular em repouso (p > 0,05). Conclusão: Com apenas uma sessão de fisioterapia consegue-se reduzir a intensidade da dor e o tónus dos músculos do PP em repouso e aumentar a capacidade contráctil das fibras musculares. Percebeu-se ainda que a intensidade da dor tem um impacto moderado na vida dos sujeitos. Uma das limitações deste estudo prende-se com o tamanho da amostra e com a falta de grupo de controlo.
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Previamente à intervenção fisioterapêutica foi feita EMG com uma sonda endocavitária e avaliado o tónus muscular em repouso e a máxima contração voluntária. Aplicou-se ainda o Pain Impact Questionaire e a escala analógica da dor. Após a intervenção da fisioterapia fez-se novamente a medição do tónus e da dor, comparando assim os dois momentos. Resultados: Na avaliação da média do tónus muscular em repouso houve uma diminuição estatisticamente significativa apenas para o lado direito embora se verifique uma diminuição também para o lado esquerdo. Podemos verificar que estas diferenças só foram significativas no grupo do sexo masculino. Nas máximas contrações voluntárias as diferenças nos dois momentos não foram significativas. No parâmetro da dor, quando comparados os dois momentos, obteve-se uma diminuição das médias de 5,88±1,83 para 3,76±1,71, sendo esta diferença estatisticamente significativa (p < 0,01) para ambos os sexos. No impacto da dor (PIQ-6), obteve-se um valor maior para o sexo masculino (56,82±6,49 para feminino e 60,63±5,902). Quando relacionado com a dor, obteve-se uma correlação moderada e estatisticamente significativa (p=0,18 e r=0,564). Não houve significância na relação entre a prática de exercício físico e a dor nem com o PIQ-6 assim como na relação entre a força muscular e a dor nem com o tónus muscular em repouso (p > 0,05). Conclusão: Com apenas uma sessão de fisioterapia consegue-se reduzir a intensidade da dor e o tónus dos músculos do PP em repouso e aumentar a capacidade contráctil das fibras musculares. Percebeu-se ainda que a intensidade da dor tem um impacto moderado na vida dos sujeitos. Uma das limitações deste estudo prende-se com o tamanho da amostra e com a falta de grupo de controlo.Introduction: Pain and overactive muscles in the pelvic floor seem to be the most common symptoms in individuals with chronic pelvic pain. There are several physiotherapy techniques in long-term programs capable of improving this condition. More relaxed muscles are also associated with more effective contractions, thus reducing the likelihood of further dysfunctions/injuries. Objective: To evaluate the muscle tone of the Pelvic Floor before and after a physiotherapy session in individuals with pelvic pain. Also understand how a physiotherapy session contributes to the reduction of pain. Methodology: 17 subjects (male and female) diagnosed with CPP participated in this study. Electromyography was performed with an endocavitary probe and resting muscle tone and maximum voluntary contraction were evaluated. The Pain Impact Questionnaire (PIQ-6) and the pain analogue scale were also applied. After the physiotherapy intervention, tonus and pain were again measured, thus comparing the two moments. Results: In the evaluation of the mean muscle tone at rest, there was a statistically significant decrease only for the right side, although there was also a decrease for the left side. We can also verify that these differences were only significant in the male group. In maximum voluntary contractions, the differences in the two moments were not significant. In the pain parameter, when comparing the two moments, a decrease in means was obtained: 5,88±1,83 before physiotherapy and after an average of 3,76±1,71, this difference was statistically significant (p< 0,01 ) for both sexes. In the PIQ-6, a higher value was obtained for males (56,82±6,49 for females and 60,63±5,902). When relating this result to pain, a moderate and statistically significant correlation was obtained (p=0,18 and r=0,564). There was no significance in the relationship between physical exercise and pain, nor with the PIQ-6, nor in the relationship between muscle strength and pain, nor with muscle tone at rest (p > 0,05). Conclusion: With just one physiotherapy session, it is possible to reduce the intensity of pain, the tone of the PP muscles at rest and the contractile ability of the pelvic floor muscles. It was also noticed that the intensity of pain has a moderate impact on the subjects' lives. One of the limitations of this study is related to the sample size and the lack of a control group.Castro, Maria AntónioRepositório ComumPais, Joana Boa-Alma2023-08-23T15:19:36Z20232023-07-062023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/46185TID:203343689porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-31T02:15:32Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/46185Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:27:24.855543Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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