Intimate Partner Femicide in Portugal: The perception of intervention professionals with intimate partner violence
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/28120 |
Resumo: | A presente investigação teve com objetivo analisar as perceções e impactos das narrativas mediáticas do femicídio na intimidade a partir das representações de profissionais que intervêm com vítimas, nomeadamente Órgãos de Polícia Criminal e Técnicos/as de Apoio à Vítima. A recolha dos dados realizou-se através de entrevistas semi-estruturadas a 25 profissionais a nível nacional, 11 do sexo feminino e 14 do sexo masculino, com uma média de idades de 42 anos (SD=7.05). Da análise temática realizada emergiram discursos que sublinham a proliferação do sensacionalismo que reveste estas narrativas, alertando para o seu potencial mimético nas pessoas agressoras, assim como a inibição do pedido de ajuda junto de vítimas e a construção social enviesada do femicídio na intimidade. Assentes nas representações dos/as entrevistados/as, foram listadas recomendações para a cobertura noticiosa deste crime, destacando-se a urgência em definir o rigor jornalístico como matriz subjacente à produção noticiosa. Também evidenciada a necessidade em formar e especializar jornalistas na temática e recomendada ainda uma abordagem positiva, relevando-se antes casos de mulheres que sobreviveram e casos de superação do histórico de vitimação. As perceções e impactos problematizados pelos/as participantes vão de encontro ao relatório nacional de acompanhamento do grupo de peritos/as independentes para avaliação da execução da Convenção de Istambul, que assinala a necessidade em uniformizar conhecimentos e procedimentos, reconhecendo que a cobertura mediática varia em função das crenças, nível de formação e interesses pessoais dos/as jornalistas (Grevio, 2019). Percebe-se assim a imprescindibilidade no respeito pelos princípios éticos e deontológicos da comunicação, à qual deve associar-se uma regulação robusta e um consumo mediático crítico, reflexivo e consciente – literacia crítica mediática. |
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Intimate Partner Femicide in Portugal: The perception of intervention professionals with intimate partner violenceFemicídio na Intimidade em Portugal: Perceções de profissionais que intervêm com vítimasFemicídio; media; impacto socialA presente investigação teve com objetivo analisar as perceções e impactos das narrativas mediáticas do femicídio na intimidade a partir das representações de profissionais que intervêm com vítimas, nomeadamente Órgãos de Polícia Criminal e Técnicos/as de Apoio à Vítima. A recolha dos dados realizou-se através de entrevistas semi-estruturadas a 25 profissionais a nível nacional, 11 do sexo feminino e 14 do sexo masculino, com uma média de idades de 42 anos (SD=7.05). Da análise temática realizada emergiram discursos que sublinham a proliferação do sensacionalismo que reveste estas narrativas, alertando para o seu potencial mimético nas pessoas agressoras, assim como a inibição do pedido de ajuda junto de vítimas e a construção social enviesada do femicídio na intimidade. Assentes nas representações dos/as entrevistados/as, foram listadas recomendações para a cobertura noticiosa deste crime, destacando-se a urgência em definir o rigor jornalístico como matriz subjacente à produção noticiosa. Também evidenciada a necessidade em formar e especializar jornalistas na temática e recomendada ainda uma abordagem positiva, relevando-se antes casos de mulheres que sobreviveram e casos de superação do histórico de vitimação. As perceções e impactos problematizados pelos/as participantes vão de encontro ao relatório nacional de acompanhamento do grupo de peritos/as independentes para avaliação da execução da Convenção de Istambul, que assinala a necessidade em uniformizar conhecimentos e procedimentos, reconhecendo que a cobertura mediática varia em função das crenças, nível de formação e interesses pessoais dos/as jornalistas (Grevio, 2019). Percebe-se assim a imprescindibilidade no respeito pelos princípios éticos e deontológicos da comunicação, à qual deve associar-se uma regulação robusta e um consumo mediático crítico, reflexivo e consciente – literacia crítica mediática.Repositório da Universidade de LisboaNeves, SofiaCorreia, Ariana Pinto2023-08-21T11:24:55Z2022-06-092022-06-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/28120porNeves, S., & Correia, A. (2022). Intimate Partner Femicide in Portugal: The perception of intervention professionals with intimate partner violence. Observatorio (OBS*), 16(2). https://doi.org/10.15847/obsOBS1622022191610.15847/obsOBS16220221916info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-27T01:31:46Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/28120Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:27:33.484677Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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